Caio Prado Júnior: diferenças entre revisões

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|prémios = [[Prêmio Juca Pato]] (1966)
}}
'''Caio da Silva Prado Júnior''' ([[São Paulo (cidade)|São Paulo]], [[11 de fevereiro]] de [[1907|1910]] — São Paulo, [[23 de novembro]] de [[1990]]) foi um [[historiador]], [[geógrafo]], [[escritor]], [[político]] e editor [[brasil]]eiro.
 
As suas obras inauguraram, no país, uma tradição [[historiografia|historiográfica]] identificada com o [[marxismo]], buscando uma explicação diferenciada da sociedade colonial brasileira.<ref name="InfoEscola"/>
 
== Biografia ==
Caio da Silva Prado Júnior nasceu em São Paulo, em 11 de fevereiro de 1907.<ref name="InfoEscola">{{citar web |url=http://www.infoescola.com/biografias/caio-prado-junior/ |título=Caio Prado Júnior |acessodata=23 de novembro de 2012 |autor=Miriam Ilza Santana |coautores= |data=06 de novembro de 2008 |ano= |mes= |formato= |obra= |publicado=InfoEscola |páginas= |língua= |língua2=pt |língua3= |lang= |citação= }}</ref> Proveniente de uma família de políticos e da sociedade nobre paulista, vários parentes seus exerceram papel de destaque na vida político-econômica de [[São Paulo]], como por exemplo, seu avô [[Martinho Prado Júnior]] e seus tios-avós [[Antônio da Silva Prado|Antônio Prado]] e [[Eduardo Prado]]; sendo que os dois primeiros também possuíram mandatos na [[Assembleia Legislativa de São Paulo]].<ref name=bioal>[http://www.al.sp.gov.br/web/acervo2/caio_prado/Perfil_biografico/perfil_biografico.htm Caio da Silva Prado Junior - um perfil biográfico. Página da Assembleia Legislativa de São Paulo.]</ref>120
 
Bacharelou-se em [[Direito]] pela [[Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo|Faculdade do Largo de São Francisco]] em 1928,<ref name=bioal/> onde mais tarde seria [[Livre-docência|livre-docente]] de [[Economia Política]].<ref name="Brasil Escola">{{citar web |url=http://www.brasilescola.com/biografia/caio-prado-junior.htm |título=Caio Prado Júnior |acessodata=23 de novembro de 2012 |autor= |coautores= |data= |ano= |mes= |formato= |obra=R7 |publicado=Brasil Escola |páginas= |língua= |língua2=pt |língua3= |lang= |citação= }}</ref>
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Em [[1942]] publicou o clássico ''[[Formação do Brasil Contemporâneo - Colônia]]'', divisor de águas da [[historiografia]] brasileira.<ref name=ditesc/> O livro deveria ter sido a primeira parte de uma coletânea sobre a evolução histórica brasileira, a partir do período colonial. Entretanto, os demais volumes jamais foram escritos. Neste livro, alcança superar uma prática até então usual na Historiografia brasileira, qual seja, a da anacronia, consistente em se se analisarem os fatos passados sem perder de vista o seu desenlace presente. Caio Prado Júnior, por seu turno, é capaz de analisar os processos históricos a partir do mundo em que se desenvolveram, elaborando o mais completo quadro do Brasil Colônia até então traçado.<ref name="Brasil Escola"/> Pautando a sua investigação em relatos coetâneos ao período do Brasil Colônia, pinta um retrato sem retoques de uma plano geográfico de que se encontram não poucas marcas no Brasil de hoje. O livro, ao lado de "[[Casa-Grande e Senzala]]", de [[Gilberto Freyre]], e de "[[Raízes do Brasil]]", de [[Sérgio Buarque de Holanda]], forma uma tríade inelutável para se alcançar um conhecimento de como funcionam as estruturas sociais do país. Entrementes, em diferenciação a seus pares, Prado Júnior tende a dar as costas a um certo subjetivismo e a um certo tom redentor - apegando-se a evidências e evitando elucubrações simplistas, acaba por elaborar o livro que mais solidamente caracteriza a formação da sociedade brasileira.
 
Em [[1945]] foi eleito [[deputado estadual]], como quartoterceiro suplente pelo [[Partido Comunista Brasileiro]] e, em 1948 como deputado da Assembleia Nacional Constituinte.<ref name=esp1>{{Link||2=http://www.espacoacademico.com.br/070/70esp_santos.htm |3=Caio Prado Júnior: nosso clássico publicista}}</ref> Todavia, este último mandato lhe seria cassado em 1948, na sequência do cancelamento do registro do partido pelo [[Tribunal Superior Eleitoral]]. Na condição de membro da Assembleia Constituinte Paulista de 1947, foi responsável, junto com [[Mário Schenberg]], pela inclusão do artigo 132 da [[Constituição Política do Estado de São Paulo#Histórico das constituições de São Paulo|constituição estadual]]: "O amparo à pesquisa científica será propiciado pelo Estado por intermédio de uma fundação organizada em moldes a serem estabelecidos por lei." Ao ser regulamentado em 1962, esse artigo levou à criação da [[Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo]].<ref>{{Citar livro |sobrenome=Silva |nome=Luiz Hildebrando Pereira |autorlink=Luiz Hildebrando Pereira da Silva |título=Crônicas Subversivas de um Cientista |local=Rio de Janeiro |editora=Vieira & Lent |ano=2012 |página=150 |isbn=978-85-88782-99-0}}</ref>
 
Dirigiu o vespertino A Plateia e, em 1943, juntamente com Arthur Neves e [[Monteiro Lobato]], fundou a [[Editora Brasiliense]], na qual lançou, posteriormente, a [[Revista Brasiliense]], editada entre 1956 e 1964.