Tratado Interamericano de Assistência Recíproca: diferenças entre revisões

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[[Ficheiro:Rio Pact members.png|thumb|300px|Membros do TIAR em azul escuro. Países que deixaram o tratado em azul-claro.]]
 
O '''Tratado Interamericano de Assistência Recíproca''' (em [[língua inglesa|inglês]]: ''Inter-American Treaty of Reciprocal Assistance''; em [[língua espanhola|espanhol]]: ''Tratado Interamericano de Asistencia Recíproca''), também conhecido pela sigla '''TIAR''' ou como '''Tratado do Rio''', é um [[tratado]] de defesa mútua celebrado em [[1947]] na cidade do [[Rio de Janeiro (estado)|Rio de Janeiro]] entre diversos [[América|países americanos]].<ref>[http://columbia.thefreedictionary.com/Inter-American+Treaty+of+Reciprocal+Assistance Inter-American Treaty of Reciprocal Assistance definition of Inter-American Treaty of Reciprocal Assistance in the Free Online Encyclopedia.]</ref> O princípio central do acordo é que um ataque contra um dos membros será considerado como um ataque contra todos, com base na chamada "doutrina da defesa hemisférica". O TIAR entrou em vigor em [[3 de dezembro]] de [[1948]], conforme o seu artigo 22.<ref>[http://www2.mre.gov.br/dai/tiar.htm Texto em português do tratado].</ref>
 
O [[Brasil]] é o Estado depositário original do tratado, enquanto que a [[Organização dos Estados Americanos]] é a depositária para fins de administração do acordo.
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== Histórico ==
 
O [[tratado]] foi adotado pelos signatários originais em [[2 de setembro]] de [[1947]], no [[Rio de Janeiro (estado)|Rio de Janeiro]], e entrou em vigor em [[3 de dezembro]] de [[1948]]. Foi registrado nas [[Nações Unidas]] em [[20 de dezembro]] daquele ano.<ref>[http://www.oas.org/juridico/english/Sigs/b-29.html OEA: Informação geral sobre o tratado: B-29]</ref> O acordo representa a formalização da [[Acta de Chapultepec|Ata de Chapultepec]], adotada na Conferência Interamericana sobre os Problemas de Guerra e Paz, realizada em [[1945]] na [[Cidade do México]]. Os [[Estados Unidos]] mantinham uma política de defesa hemisférica conforme a [[Doutrina Monroe]] e, durante os [[anos 1930]], preocuparam-lhe as tentativas de aproximação militar do [[Potências do Eixo|Eixo]] com governos [[América Latina|latino-americanos]], em especial o que via como uma ameaça estratégica contra o [[canal do Panamá]]. Durante a [[Segunda Guerra Mundial]], os EUA haviam logrado assegurar apoio aliado de cada um dos governos do hemisfério, exceto o [[Uruguai]], que se manteve neutro, e Washington desejava tornar permanentes estes compromissos.
O estreitamento das relações entre os militares norte-americanos e latino-americanos, na palavras do historiador [[Voltaire Schilling]], gerada por este tratado, fazendo com que os generais latino-americanos passassem a ver seus países em função da estratégia da Guerra Fria, a luta contra a "subversão interna" estendida tanto a comunistas como a governos "populistas" levou-os a instituírem, por meio de golpes militares, os [[Estados de Segurança Nacional]] (Brasil em 1964, Argentina em 1966 e 1976, Peru e Equador em 1968, Uruguai e Chile em 1973).