Alagados (canção): diferenças entre revisões

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Em “Alagados”, Herbert Viana faz uma crítica à situação de desumana de [[desigualdade social]] e ao que parece um [[capitalismo selvagem]].
 
Como pano de fundo ele usou as imagens dos grandes bolsões de [[miséria]] instalados em orlas paradisíacas existentes mundo afora, como a favela dos Alagados, em [[Salvador (Bahia)|Salvador]]; a favela de [[Trenchtown]], em [[Kingston]], capital da [[Jamaica]]; e a [[favela da Maré]], no [[Rio de Janeiro (estado)|Rio de Janeiro]]. Esta escolha é proposital, justamente para mostrar o contraste entre a alegria (estas três cidades são sinônimos de festa) e a tristeza (a situação deprimente dos moradores dessas favelas).
 
Na primeira estrofe, ele mostra que para as pessoas que vivem nessas condições sub-humanas, o amanhecer de um dia já é um grande desafio, pois o despertar lhes tira do mundo da fantasia (os [[sonho]]s) para as suas duras e miseráveis realidades, aqui exemplificadas por [[palafita]]s, [[trapiche]]s e farrapos. Além, é claro, dos filhos (nestes conglomerados, invariavelmente, a quantidade de crianças é imensa, sendo estas as principais vítimas do descaso).
 
Na segunda [[estrofe]], para fixar a insensibilidade das autoridades, Herbert usou uma imagem forte: a figura do [[Cristo Redentor]] de braços abertos, tão explorada pelos governantes do [[Rio de Janeiro (estado)|Rio de Janeiro]] como um símbolo de acolhimento, na verdade é uma falácia, pois a triste realidade daquelas pessoas mostra que a cidade (a sociedade), além de não acolhê-las, abandonou-as à própria [[sorte]].
 
O trecho “a esperança não vem do mar, NEM das antenas de TV” garante que a resolução daqueles problemas não virá por qualquer uma dessas opções.