Terreiro do Bogum: diferenças entre revisões

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'''Terreiro do Bogum''' ou '''Zoogodô Bogum Malê Rundó'''<ref>{{Citar livro|url=https://books.google.com/books?id=SURZAQAAQBAJ|titulo=The Formation of Candomble: Vodun History and Ritual in Brazil|ultimo=Parés|primeiro=Luis Nicolau|data=2013-01-01|editora=UNC Press Books|isbn=9781469610924|lingua=en}}</ref><ref>[http://ordepserra.files.wordpress.com/2008/09/bogum-vii.pdf Terreiro do Bogum, Zoogodô Bogum Malê Rundó pelo Prof. Dr. Ordep Serra]</ref> está localizado na Ladeira do Bogum, antiga Manoel do Bonfim, no Bairro do [[Engenho Velho da Federação (Salvador)|Engenho Velho da Federação]], em [[Salvador (Bahia)|Salvador]], [[Bahia]], [[Brasil]].
 
O Terreiro de Bogum, de Nação [[Jeje]], [[Candomblé]] de tradição Jeje Mahin, tem muitas diferenças em relação aos outros terreiros de Salvador. A principal diferença é a língua falada nos rituais. Como explica '''[[Jaime Sodré]]''' ([[Ogan|ogã]] da casa há 35 anos), no culto dos [[Vodun]]s do [[Reino do Daomé|Daomé]]a a língua falada pelos jeje é o [[Língua ewe|éwé]], do povo [[fons|fon]], com tradição ligada ao [[Benim]]. A maioria dos candomblés baianos é de tradição [[nagô]] e utiliza como língua o [[yorubaLíngua iorubá|iorubá]]. Além da língua, alguns rituais dos jeje são diferentes. No Terreiro do Bogum não existem [[Orixá]]s, lá se cultuam os Voduns e recebem outras denominações. Tem alguma semelhança com o [[Vodou haitiano]].<ref>[http://www.palmares.gov.br/003/00301009.jsp?ttCD_CHAVE=220 Visita da Federação Nacional dos Praticantes de Vodu Haitiano]</ref>
 
Segundo historiadores,<ref>{{Citar livro|url=https://books.google.com/books?id=6Zcz0fIj91cC|titulo=Dicionário da escravidão negra no Brasil|ultimo=Moura|primeiro=Clóvis|data=2004-01-01|editora=EdUSP|isbn=9788531408120}}</ref> foi no local onde está o Bogum que '''Joaquim Jêje'''<ref>{{Citar livro|url=https://books.google.com/books?id=ToVDAQAAIAAJ|titulo=Revista de história|ultimo=|primeiro=|data=2008-01-01|editora=USP|ano=|edicao=158-159|local=|paginas=312|acessodata=}}</ref> herói do movimento de insurreição de [[escravatura|escravos]] [[malêmalês]]s, deixou o '''bogum''' (baú) onde estavam os donativos que permitiram a famosa [[Revolta dos Malês]] ocorrida em [[Salvador (Bahia)|Salvador]] em janeiro de [[1835]].
 
Esses escravos sabiam ler e escrever em [[Língua árabe|árabe]], tinham grande poder de organização e articulação e pretendiam fundar um "reino africano" em terras brasileiras, mas foram traídos e a "revolução" foi descoberta.
 
O termo "bogum" também pode ser explicado pelo dialeto Gun<ref>{{Citar web|url=http://www.ethnologue.com/show_language.asp?code=GUW|titulo=Gun|acessodata=2016-08-17}}</ref> (dialeto do [[Língua fon|fon]] com muitos elementos do [[yorubaLíngua iorubá|iorubá]]), falado na região de [[Porto Novo (Benim)|Porto Novo]], no [[Benim]], significando "lugar (''igbo'') dos fon (''gun'')".
 
A missa em homenagem a [[São Bartolomeu]]<ref>[http://ilarioba.tripod.com/media/correio12-15-02.htm Missa do Bogum]</ref> é feita anualmente há 200 anos, tendo-se tornado uma tradição do Terreiro do Bogum, segundo informações da [[Fundação Cultural Palmares]].