Getúlio Vargas: diferenças entre revisões

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Getúlio Vargas provém de uma família de [[estancieiro]]s<ref>{{Citar periódico|ultimo=Cidadania|primeiro=Correio da|titulo=“O pântano no volume morto: degradação institucional brasileira atinge ponto mais agudo"|jornal=Correio da Cidadania|url=http://www.correiocidadania.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=11554:2016-04-02-16-38-22&catid=34:manchete&}}</ref> da [[zona rural]] da fronteira com a Argentina. Os Vargas são originários do Arquipélago dos [[Açores]].<ref>KOIFMAN, Fábio. Presidentes Do Brasil: De Deodoro A FHC.</ref> Uma genealogia detalhada de Getúlio Vargas foi escrita pelo genealogista Aurélio Porto, ''Getúlio Vargas à luz da Genealogia'', publicada pelo Instituto Genealógico Brasileiro em 1943.<ref>_____Porto, Aurélio, “''Getúlio Vargas à luz da Genealogia''”, Separata do “Anuário Genealógico Brasileiro”, São Paulo, 1943.</ref>
 
Pelo lado paterno, seu pai é também descendente de famílias [[paulista]]s: era descendente, por exemplo, de [[Amador Bueno]], personagem de destaque na história de [[São Paulo (estado)|São Paulo]] e, patriarca de muitas famílias não apenas de São Paulo, mas também de [[Minas Gerais]], [[Goiás]] e do [[Sul do Brasil]].<ref>_____Porto, Aurélio, “''Getúlio Vargas à luz da Genealogia''”, página 17, Separata do “Anuário Genealógico Brasileiro”, São Paulo, 1943</ref> Uma vez na presidência, vários pesquisadores quiseram encontrar alguma origem [[Nobreza|nobre]] na sua [[árvore genealógica]], mas Getúlio Vargas demonstrou falta de interesse no assunto. Na ocasião, Vargas disse: "Nesta matéria de genealogia é melhor não aprofundar muito, porque às vezes pode-se ter a surpresa de acabar no mato (índios) ou na cozinha (negros)".<ref name="genealogia">{{citar web|título=VARGAS Uma biografia política|data=|url=http://lpm-editores.com.br/livros/Imagens/vargas_uma_biografia_politica.pdf|acessodata=2016-10-01}}</ref>
 
Getúlio manteve-se sempre ligado à principal atividade econômica dos [[pampas]], a [[pecuária]], e, assim iniciou seu discurso, em [[Uberaba]], durante a campanha presidencial de 1950:
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Getúlio foi eleito presidente da república, como candidato do PTB, em 3 de outubro de 1950, derrotando a UDN, que tinha como candidato novamente Eduardo Gomes, e o [[Partido Social Democrático (1945-2003)|Partido Social Democrático]], que tinha como candidato, o mineiro [[Cristiano Machado]]. Muitos membros do PSD abandonaram o candidato Cristiano Machado e apoiaram Getúlio. Desse episódio é que surgiu a expressão "''cristianizar um candidato''", que significa que um candidato foi abandonado pelo próprio partido político, como relata o jornalista Carmo Chagas em ''Política Arte de Minas''.
 
A data das eleições: 3 de outubro, era uma homenagem à data do início da Revolução de 1930. Fundamental para sua eleição foi o apoio do governador de [[São Paulo (estado)|São Paulo]], [[Ademar Pereira de Barros]], que tinha sido nomeado por Getúlio, durante o Estado Novo, em 1938, interventor federal em São Paulo. Em 1941 Ademar foi exonerado, por Getúlio, do cargo de interventor. Assim a aliança com Ademar foi mais um ato de reconciliação praticado por Getúlio.
 
Ademar transferiu a Getúlio Vargas um milhão de votos paulistas, mais de 25% da votação total de Getúlio. Ademar esperava que, em troca desse apoio em 1950, Getúlio o apoiasse nas eleições de 1955 para a presidência da república. O resultado final deu a Getúlio, 3.849.040 votos contra 2.342.384 votos dados ao Brigadeiro Eduardo Gomes e 1.697.193 votos dados a Cristiano Machado.<ref>COSTA PORTO, Walter, ''O voto no Brasil'', Topbooks, Rio de Janeiro, 2002</ref> [[João Batista Luzardo]] garantiu, em agosto de 1978, que foi Dutra que garantiu a posse de Getúlio, não permitindo que nenhuma conspiração militar fosse adiante. A declaração de Luzardo está no livro ''Dutra e a democratização de 45'', de Osvaldo Trigueiro do Vale: ''"Havia uma corrente dentro do Exército que não queria empossar o Getúlio. Mas foi Dutra que mandou dizer, lá na minha estância em Santa Fé, em São Pedro, que ele ficasse tranquilo, pois ele na presidência cumpriria a constituição até o último dia de seu mandato, e passaria o governo a Getúlio, eleito pelo povo"''.