Gilda Abreu: diferenças entre revisões

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Filha de um [[diplomata]] [[brasil]]eiro e de uma cantora lírica, começou como atriz de teatro em [[1933]], passando ao cinema no papel principal da comédia romântica "[[Bonequinha de Seda]]", produzida por [[Ademar Gonzaga]], em [[1936]].
 
Gilda de Abreu nasceu na França em 23 de setembro de 1904, sua mãe era uma cantora lírica portuguesa e seu pai um médico e diplomata. Filha de família burguesa e católica, foi batizada aos 4 anos de idade aqui no Brasil, pra onde só retornou com o início da primeira guerra mundial, dez anos depois. No Brasil, morava na Tijuca bairro do Rio de Janeiro com seus avôs, sendo educada nos moldes europeus e passando por colégios de elite.
Foi uma das primeiras mulheres a dirigir filmes no Brasil, fazendo estrondoso sucesso com o melodrama "[[O Ébrio (filme)|O Ébrio]]" de [[1946]], sobre a ascensão e decadência de um cantor em virtude de uma decepção amorosa e do [[alcoolismo]]. O papel principal foi de seu marido, o cantor e compositor [[Vicente Celestino]], com quem se casou em 1933.
Em 1922, já com dezoito anos ingressou no Instituto Nacional de Música no Rio de Janeiro, formando-se em 1927 em canto lírico com medalha de ouro. Gilda iniciou então sua carreira como cantora lírica, nesse período, mesmo sendo apaixonada por teatro não protagonizou nenhuma peça até o falecimento de seu pai e avô. A carreira teatral na época era muito mal vista, devido a parte das atrizes serem também acompanhantes. Logo, para uma família burguesa da época era um absurdo Gilda ingressar nesse ramo.
Em 1933 estréia a primeira opereta protagonizada por ela, “A canção brasileira”, para essa mesma opereta escreveu um ato “A princesa esfarrapada ou A princesa maltrapilha” acrescentado no dia 25 de abril de 1933. Após “A canção brasileira”, nesse mesmo ano protagonizou “Maria” de Viriato Corêa, “A Casa Branca” de Freire Júnior, “A Cantora do rádio” e “Jurity” também de Viriato Corêa
Casou-se aos 29 anos no dia 25 de setembro de 1933, segunda-feira com Vicente Celestino, com quem contracenou em A canção Brasileira. A escolha da data se deu, principalmente, pelo fato de que durante o final de semana eles tinham apresentações em muitos horários o que tornava quase impossível a realização do casamento, e mesmo a cerimônia ocorrendo na segunda feira, ao seu término o casal foi trabalhar. Gilda permanece casada com Vicente até 1968 quando ele morre.
Em 1936, Gilda estréia no cinema com o filme Bonequinha de Seda dirigido por Oduvaldo Vianna. O filme foi de grande impacto na vida da atriz, devido ao fato de ter sido inspirado e pensado para que Gilda o interpretasse, existem, inclusive, cenas quase biográficas de sua vida no filme. Bonequinha de seda foi de extrema significação para o cinema brasileiro sendo visto como um ponto de retomada dos filmes de qualidades feitos no Brasil, além da exibição no Cine Palácio foi exibido em alguns outros países como Argentina, Chile, Portugal e Uruguai.
No início da década de 40, com o sucesso das radionovelas, Gilda passa a escrevê-las. Para a rádio Nacional escreve Mestiça, Aleluia, a cigana, Pinguinho de gente, e outras, além de escrever Alma de palhaço para a rádio Tamoio. Ainda na década de 40, mais especificamente em 1945 começou a trabalhar no filme, do qual seria diretora, O Ébrio obtendo um enorme sucesso de bilheteria.
Em 1947 junto com a Cinédia iniciou as filmagens de seu segundo filme Pinguinho de gente, este não obteve tanto sucesso quanto o primeiro. Seu terceiro filme foi Coração materno, adaptação de uma canção de Vicente que também não foi bem recebido pela crítica. Com o fracasso do filme, Gilda adoece e passa a se dedicar à escrita, escrevendo poemas, radionovelas e até contribuindo com roteiros.
Em 1968 morre Vicente e em 1977 ela filma Canção de amor, um curta em homenagem ao falecido marido. Nesse mesmo ano se casa com José Spintto e posteriormente, entre 1977 e 1979 funda o Centro Cultural Artístico Nícia Silva em homenagem a sua mãe. No dia 3 de julho de 1979 Gilda Abreu morre devido a uma trombose cerebral, esta já estava em hospitais desde 3 de maio desse mesmo ano.
 
Dirigiu também os dramas "Pinguinho de Gente", uma história ingênua e simplória, em [[1947]], "Coração Materno", onde também atuou como [[atriz]] e [[roteirista]], em [[1951]], ao lado de Vicente Celestino, e "[[Chico Viola não Morreu]]", [[documentário]] sobre a vida e as canções de [[Francisco Alves]].
 
Foi cantora lírica e de operetas, autora de [[radionovela]]s, das peças teatrais "[[Aleluia]]", "A Mestiça", "[[Arca de Noé]]" e "Alma de Palhaço" e de vários livros, dois deles sobre o marido, que morreu em [[1968]]. Quando ela morreu estava casada com José Spinto.
 
== {{Ligações externas}} ==
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