Império Italiano: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Linha 113:
** [[Imagem:Flag of Italy (1861-1946).svg|22px]][[Governatorato da Dalmácia|Dalmácia]] (1941-1943)
** [[Imagem:Flag of Italy (1861-1946).svg|22px]][[Província de Liubliana|Província Italiana de Liubliana]] (1941-1943)
** [[Imagem:Blason Ordre Malte 3D.svg|22px]][[Ilhas Italianas do Egeu]] no [[arquipélago]] do [[Dodecaneso]] (1912-1943)
* [[Imagem:Flag of Albania (1939–1943).svg|22px]][[Reino da Albânia]] (protetorado e dependência italiana entre 1939-1943)
* [[Imagem:Flag of Croatia Ustasa.svg|22px]][[Estado Independente da Croácia|Reino da Croácia]] (protetorado, 1941-1943)
Linha 140:
* [[Imagem:Flag of Italy (1861-1946).svg|22px]][[Concessão Italiana de Tientsin]] (1901-1943)
* [[Imagem:Flag of Italy (1861-1946).svg|22px]][[Concessão Internacional de Xangai|Concessões da Itália na China]]
 
=== Ambições não realizadas ===
A segunda tentativa de criar um vasto império colonial tinha como objetivo o controle de uma zona de território que fosse do [[Mar Mediterrâneo]] ao [[Golfo da Guiné]]. Ao mesmo tempo, se considerou obter a Angola de Portugal.
 
* '''Chade'''
O projeto nunca foi divulgado explicitamente mas foi estrategicamente claro durante as conversas do [[Tratado de Versalhes (1919)|Tratado de Versalhes]] e causou atrito diplomático com a [[França]]. Para realizar esse projeto já tendo formalmente a possessão da Líbia, o corpo diplomático italiano pediu a obtenção da colônia alemã do [[Kamerun]] (ou o Togo<ref>[http://www.bv.ipzs.it/bv-pdf/0061/MOD-VP-06-1-26_963_1.pdf Ministero Affari Esteri: ''Documenti Diplomatici italiani'' p.746]</ref>) e visou obter como compensação pela participação na Primeira Guerra Mundial, a passagem da soberania do Chade da França para a Itália. O plano caiu por si quando a França obteve os Camarões, com a Itália obtendo apelas a [[Oltregiuba]] do Reino Unido (ao sul da atual Somália), a [[faixa de Aouzou]] no sul da Líbia das colônias francesas.
 
* '''Angola'''
A Angola portuguesa também foi cobiçada pelos italianos que tentaram obtê-la no Tratado de Versalhes.<ref>[http://www.ilcornodafrica.it/rds-01emigrazione.pdf Ambizioni italiane sull'Angola (p.10-11)]</ref> Um programa alternativo de reivindicações coloniais italianas incluía a Angola (um pedido análogo foi feito pelo [[Congo Belga]]).<ref>Ministero Affari Esteri: ''Documenti Diplomatici italiani'' p.739</ref> De fato, o governo italiano em Paris declarava que Portugal tinha um império desproporcional com relação a suas dimensões, ao contrário da Itália, que se encontrava na situação oposta. Duas propostas avançaram:
* o reconhecimento por parte de Portugal à Itália de concessões agrícolas na Angola aos emigrantes italianos;
* Em caso de se privar Portugal de alguma das suas colônias, a Grã-Bretanha e a França reconheceriam o direito italiano à Angola.
 
Ao mesmo tempo, o governo italiano promoveu a constituição por parte dos 11 bancos italianos mais importantes uma "Società Coloniale per l'Africa Occidentale" (Sociedade Italiana para a África Ocidental) para a gestão das concessões agrícolas na Angola. No entanto, esse projeto encontrou firma oposição por parte das autoridades portuguesas.<ref>Ministero Affari Esteri: ''Documenti Diplomatici italiani'' p.759,847,854</ref> A proposta italiana foi definida como absurda e repreendida pelo Reino Unido e França em defesa de Portugal, argumentando que as colônias portuguesas eram fruto de uma conquista secular por parte dos portugueses e que não havia alguma razão concreta para Portugal seja privado de qualquer colônia, sendo que o país também participou da Primeira Guerra Mundial ao lado dos Aliados.
 
* '''Geórgia'''
Em 1919, o rei da Itália [[Vitor Emanuel III]], invocando um dos direitos italianos estabelecidos em favor das potências vitoriosas da Grande Guerra, no artigo n. 9 do Pacto de Londres, pedindo e obtendo de uma outra potência vencedora, o Império Britânico, através do bom ofício de [[Lloyd George]] o envio a [[Geórgia]] um contingente de 85 mil homens sob as ordens do General [[Giuseppe Pennella]], em apoio a independência do país do [[Império Russo]] e contra a [[Turquia]].<ref>[http://digilander.libero.it/trombealvento/guerra2/varie/disfacimentoitaliani.htm Gli italiani nel Caucaso]</ref> O Governo orlando, pouco antes de cair, decide com decreto que a expedição italiana à Geórgia, estabelecendo os termos e as datas. Contudo o Governo Nitti que lhe sucedeu, decide adiar os planos para não comprometer as relações da Itália com a [[União Soviética]] recém criada. Sucessivamente, Mussolini em 1941 buscou criar na Geórgia um protetorado italiano desfrutando das ligação entre as duas nações originado por Pennella em 1919.<ref>[http://pizeroblog.splinder.com/post/20727704/piano-geopolitico-di-mussolini-sulla-georgia Mussolini e la Georgia] {{webarchive|url=https://web.archive.org/web/20110716120537/http://pizeroblog.splinder.com/post/20727704/piano-geopolitico-di-mussolini-sulla-georgia |data=16 luglio 2011 }}</ref>
 
* '''Iêmen'''
A já formada colônia da Eritreia, sob a administração do Governador [[Jacopo Gasparini]], buscou obter em 1926 um protetorado sobre o [[Iêmen]] e criar uma base para um império colonial na Península Arábica.<ref>Ministero Affari Esteri: ''Documenti Diplomatici italiani'' p.733,778</ref> No entanto, Mussolini parou o projeto para não despertar a inimizade do Reino unido. isso deixou escapar a chance da Itália controlar uma interessante área petrolífera. Naqueles anos Mussolini mantinha contato frequente com [[Winston Churchill]] por meio de cartas, que o convence a não apoiar o governador Gasparini.<ref>Nicola D'Aroma. ''Vite parallele: Churchill e Mussolini''. Roma, 1962 p.47</ref>
 
* '''Europa central e Bálcãs'''
O regime fascista não se limitou a reivindicar o território que era habitado por séculos pelos italianos sob o regime da [[República de Veneza]] na Dalmácia, objetivo dos pais do Risorgimento no contexto do processo de unificação nacional, mas cultivou projetos imperialistas em territórios habitados por outras etnias visando anexar muitos de seus protetorados e estados fantoches à época da Segunda Guerra Mundial como a [[Albânia]], grande parte da [[Eslovênia]], [[Croácia]], [[Bósnia e Herzegovina]] e [[Grécia]]; usando a antiga dominação romana como base das reclamações territoriais.<ref name="Robert Bideleux 1998. Pp. 467">Robert Bideleux, Ian Jeffries. ''A history of eastern Europe: crisis and change''. London, England, UK; New York, New York, USA: Routledge, 1998. Pp. 467.</ref> O regime procurou estabelecer relacionamento de proteção do tipo patrono-cliente com a [[Áustria]], [[Hungria]], [[Romênia]] e [[Bulgaria]], negligenciando as tensões étnicas históricas entre a Hungria e a Romênia e que a Romênia antes estava sobre proteção francesa e deois de 1941, controlada pela Alemanha nazista pelas suas matérias primas.<ref name="Robert Bideleux 1998. Pp. 467"/>
 
== Canções a respeito do Império Italiano ==