Luís XIV de França: diferenças entre revisões

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[[File:Rigaud Hyacinthe - Louis XIV, roi de France.jpg|thumb|318x318px|Luís XIV, o Grande em [[1701]]]]
Esta oferta deixava Luis XIV ante uma difícil decisão: por um lado podia aceitar todo o Império Espanhol, descumprindo assim os Tratados de Participação que previamente havia firmado com Guilherme III, ou podia recusar a oferta, aceitando o Segundo Tratado, deixando a Europa em um estado de paz. Luís XIV havia assegurado a Guilherme III que cumpriria os termos do Tratado e partiria os domínios espanhóis. Contudo, aceitar só uma parte do legado espanhol poria a França em grave perigo de entrar em guerra com o Sacro Império; além do mais Guilherme III havia deixado claro que não apoiaria Luis em uma guerra para obter os territórios estipulados no Tratado de Partição. Luís XIV, sabia que em qualquer circunstancia a guerra era inevitável, era mais proveitoso aceitar a oferta sucessória proposta por Carlos II. Assim, quando Carlos II morreu em [[1 de novembro]], Filipe, Duque de Anjou, foi proclamado [[Filipe V de Espanha|Filipe V]], rei de Espanha.
Os oponentes de Luís XIV aceitaram Filipe como rei espanhol a contragosto. Mas, Luís atuou precipitadamente em [[1701]] quando transferiu o Acento, uma permissão para vender escravos às colônias espanholas, a França, movimento que supunha um grande risco para o comércio inglês. Além disto, Luís XIV deixou de reconhecer o reinado de Guilherme III, depois da morte de [[Jaime II de Inglaterra|Jaime II]], reivindicando ao filho deste [[Jaime Francisco Eduardo Stuart]] (conhecido como «o Velho Pretendente») o trono da Inglaterra e Irlanda. Depois, Luís mandou tropas aos Países Baixos espanhóis para assegurar sua lealdade a Filipe V e para guarnecer as fortalezas espanholas, que haviam estado durante um tempo sob o controle holandês como parte da ''Barreira'' que protegia as Províncias Unidas de potenciais ataques franceses. Em consequência, se formou uma aliança entre Grã-Bretanha, as Províncias Unidas, o Sacro Império Romano Germânico e a maioria de estados germânicos. [[Reino da Baviera|Baviera]], [[Reino de Portugal e Algarves|Portugal]] e [[Saboia]] se aliaram a Luis XIV e Felipe V.
 
A subsequente [[Guerra de Sucessão Espanhola]] continuou durante praticamente o resto do reinado de Luís. Os franceses tiveram algum êxito, chegando quase a capturar [[Viena]], mas a vitória do [[John Churchill, 1.° Duque de Marlborough|Duque de Marlborough]] e de [[Eugênio de Savoia]] na [[Batalha de Blenheim]] ([[13 de agosto]] de [[1704]]) e outras derrotas como a Batalha de Ramillies e a Batalha de Oudenarde unido a divida crescente fez com que a França tomasse uma postura defensiva. Além disso duas grandes crises de [[fome]] atingiram a França em 1693 e 1710, causadas por perdas nas safras e também pelas demandas dos tempos de guerra, levando a morte de mais de 20 milhões de pessoas.<ref>{{citar periódico|ultimo=Ó Gráda|primeiro=Cormac|ano=2002|titulo=Famine And Market In ''Ancient Régime'' France|volume=62|numero=3|paginas=706–733|doi=10.1017/S0022050702001055|pmid=17494233|coautores=Chevet, Jean-Michel|periodico=The Journal of Economic History}} [http://journals.cambridge.org/action/displayAbstract?fromPage=online&aid=122547]</ref>