A Terceira Margem do Rio: diferenças entre revisões

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===Oralidade===
Sobre a [[oralidade]], Rónai, em seu artigo de 1966, observa que os contos de ''Primeiras Estórias'' "porejam [[modismo]]s e fórmulas que estamos habituados a ouvir na boca de pessoas do povo e que, em seu frusto vigor, dão à [[Coloquialismo|fala popular]] sabor e energia deliciosos", destacando, por exemplo, as frases de "A Terceira Margem do Rio": "Nosso pai nada não dizia.", "Do que eu mesmo me alembro", "Nossa casa, no tempo, ainda era mais próxima do rio, obra de nem quarto de légua", "perto e longe de sua família dele", "avisado que nem [[Noé]]".<ref>Rónai, 1966, p.31-32.</ref> Rosa, assim, não seria um escritor que meramente reproduz a [[linguagem popular]], pois também lança mão de [[neologismo]]s, numa arte que, para Rónai, torna-se "tão provocativamente original".<ref name="Ronai32">Rónai, 1966, p.32.</ref> Destaca outras frases dos outros contos do livro junto às frases "a alguma recomendação" e "pelas certas pessoas", presentes no "A Terceira Margem do Rio", para notar o uso do [[artigo definido]] na frente dos [[adjetivo]]s indefinidos, prática comum na aparência [[popular]] e [[Regionalismo|regional]] e no estilo [[oral]].<ref name="Ronai32" />
 
===Neologismos===
Como dito anteriormente, Rosa não só retrata um falar popular e sertanejo, como também inventa novas palavras e termos em suas obras. Em "A Terceira Margem do Rio", o [[neologismo]] "diluso" é uma variante possível de "diluto", "diluído".<ref name="passeiweb">[https://www.passeiweb.com/na_ponta_lingua/livros/analises_completas/a/a_terceira_margem_do_rio_conto A terceira margem do rio (Conto de Primeiras estórias), de Guimarães Rosa]. Passeiweb. Acesso: 8 de julho de 2018.</ref>
 
==Influência==