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Kazuo Ohno utilizava termos bastante sugestivos para a transmissão de seus conhecimentos aos seus discípulos, tais quais: o corpo morto – o qual sugere um corpo e uma alma vazia, livre, leve, sem empecilhos que o impeça de expressar-se. Aqui também está incluso a ideia do “olho de peixe” que lembra os olhos de um cadáver, sem vida e estático, porém, assim como o peixe, extremamente vivo e pronto para reagir, assim como deve ser o butoka; crazy dance, free style – referindo-se ao livrar-se de convenções que estipulam os movimentos do corpo e da mente, uma expressão pura, completamente concernente à peculiaridade de cada butoka; o passado, os mortos – segundo Kazuo, só somos hoje o que somos, graças aos nossos mortos; aqui está inclusa a ideia do zen budismo da transitoriedade das coisas, de que é necessário a morte para que haja a vida.
Como toda a arte que fica grafada nas páginas da história, o Butoh expressa o que é universal, expressa o que é o ser humano com a sua torpe verdade. Assim, tanto para o butoka quanto para aqueles que o vêem dançar, as máscaras sociais são arrancadas e a verdade de cada um é brutalmente desvendada causando, consequentemente, uma espécie de alvoroço interior que nos
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