Sérvios da Croácia: diferenças entre revisões

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Um grande número de sérvios migraram para o norte e oeste, em [[1538]], quando o [[Fernando I, Sacro Imperador Romano-Germânico|Kaiser Fernando I]], governante do [[Império Habsburgo]] ofereceu refúgio e solução permanente para os sérvios deslocados (''[[Rasca]]''), fugindo dos turcos, colocando-os sob a administração militar austríaca. A nova região militar estabelecida foi chamada ''Militärgrenze'' ou [[fronteira militar]]. Em troca de serviços militares, os sérvios receberam terra e não eram tributados.<ref>{{citar jornal| url=http://uk.reuters.com/article/worldNews/idUKL1187232120080311 |obra=Reuters |título=FACTBOX - Brief history of Croatia's rebel Serb Krajina region |data=11 de março de 2008}}</ref> Embora os sérvios eram uma parte de diversos Estados e impérios cambiantes, um grande número continuou a viver no território da atual Croácia. Os dados mais recentes aproximam a população sérvia a ser 201.631. Em 22 de Dezembro de [[1990]], o Parlamento da Croácia alterou a constituição, igualando os sérvios da Croácia com outras minorias nacionais<ref name="Bonacci, Jareb">{{hr}} Dunja Bonacci Skenderović i Mario Jareb: Hrvatski nacionalni simboli između stereotipa i istine, Časopis za suvremenu povijest, y. 36, br. 2, p. 731.-760., 2004</ref> e empatou a sua posição com outras minorias. O percentual dos que se declaram como sérvios, segundo o censo de 1991, foi de 12,2% (78,1% da população declarou-se croata). Isto foi lido como a tirada de alguns dos direitos dos sérvios concedidos pela Constituição socialista anterior. Hoje maioria dos sérvios são capazes de regressar à Croácia legalmente. Entretanto, na realidade uma maioria dos sérvios deixaram durante a evacuação organizada<ref name="Barić, Nikica 1990">Barić, Nikica: Srpska pobuna u Hrvatskoj 1990.-1995., Golden marketing. Tehnička knjiga, Zagreb, 2005</ref><ref name="Drago Kovačević 2003. p. 93.-94">Drago Kovačević, "Kavez - Krajina u dogovorenom ratu", Beograd 2003., p. 93.-94</ref><ref name="tomislavjonjic.iz.hr">Milisav Sekulić, "Knin je pao u Beogradu", Bad Vilbel 2001., p. 171.-246., p. 179 [http://www.tomislavjonjic.iz.hr/V_5_martic.html]</ref><ref name="Marko Vrcelj 2002. p. 212.-222">Marko Vrcelj, "Rat za Srpsku Krajinu 1991-95", Beograd 2002., p. 212.-222.</ref> em [[1995]], optaram por permanecer como cidadãos de outros países em que obtiveram cidadania. Por isso, hoje os sérvios constituem 4% da população da Croácia, contra a população antes da guerra de 12%.
 
Antes da [[Guerra de Independência da Croácia]], parte dos sérvios da Croácia se rebelaram ("''revolucija balvan''") e lideraram uma campanha militar contra o governo croata, com a criação de um Estado não reconhecido chamado [[República Sérvia de Krajina]], na esperança de alcançar a independência, o reconhecimento internacional, e completa auto-gestão do governo da Croácia. A revolta foi incitada pela [[Sérvia]]. Como a popularidade da unificação dos povos da Sérvia em uma [[Grande Sérvia]] com a própria Sérvia aumentou, a revolta contra o governo croata também aumentou. Alguns políticos sérvios da Croácia procuraram solução pacífica. Alguns deles organizaram partidos sérvios da Croácia nas áreas controladas pelo governo, como o [[Milan DjukićĐukić]], alguns deles ([[Veljko ĐakulaDžakula]]) tentaram em vão organizar as partes sobre as áreas que se rebelaram, mas seu trabalho foi impedido pelo belicistas sérvios.<ref>{{hr}} [http://www.legalis.hr/modules/news/article.php?storyid=860 Croatian Iuridic Portal] Đakula prvi svjedočio protiv Martića</ref> O para-Estado tinha ''[[de facto]]'' controle sobre a maioria do território durante a sua existência, entre [[1991]] e [[1995]], mas não foi reconhecido por qualquer outra nação ou grupos. A tentativa dos separatistas para a independência terminou por uma ofensiva croata durante a [[Operação Tempestade]], que esmagou a revolta. O Conselho Supremo de Defesa ou RSK ordenou a evacuação de civis após o governo croata lançar a operação.
 
Como resposta a uma ação judicial croata acusando a Sérvia de genocídio na Croácia e na [[Bósnia e Herzegovina]], a Sérvia entrou com a sua própria contra a Croácia, alegando que a Operação Tempestade e outras operações militares croatas durante a [[década de 1990]] foram atos de [[limpeza étnica]] no valor de um [[genocídio]] dos sérvios locais.<ref name="sofiaecho.com">http://www.sofiaecho.com/2009/12/31/836754_serbia-to-sue-croatia-for-genocide</ref> Além disso, os procuradores da [[ONU]] sobre [[crimes de guerra]] alegaram que as Forças Armadas da Croácia atacaram civis e incendiaram casas de sérvios em um esforço deliberado de expulsar dezenas de milhares de sérvios durante a repressão de [[1995]] dos rebeldes sérvios .<ref>[http://www.google.com/hostednews/ap/article/ALeqM5hSNkbGwJ7skO01wIyTOitvNRZxNAD9HTSMIO2]</ref>