Abedalá ibne Sade: diferenças entre revisões

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Em 647, à frente de um exército de {{fmtn|20000}} homens, Abdulá empreende uma campanha nos territórios bizantinos a oeste do Egito. Estas terras, que atualmente fazem parte da [[Líbia]] e da [[Tunísia]], constituíam a província bizantina do [[Exarcado de Cartago]] (ou de África), a qual se tinha autoproclamado independente sob o nome de "Império de África" por iniciativa do ex-exarco (governador) [[Gregório, o Patrício]] que se intitulou imperador. As tropas árabes de Abdulá começaram por conquistar [[Trípoli]] e acabaria por conquistar a capital de Gregório, [[Sufetula]] (atual [[Sbeitla]], na região central da Tunísia). Gregório morreu [[Batalha de Sufetula|nessa batalha]] em 648 e com ele extinguiu-se o seu império efémero. São feitos muitos prisioneiros na batalha, a que se juntam os feitos nos muitos raides por toda a região. Respondendo aos apelos dos locais, Abdulá liberta esses prisioneiros contra o pagamento de um avultado resgaste, após o que se retira com o seu exército.{{HarvRef|Hrbek|1992|p=120-122}} O califa concede a Abdulá um quinto do quinto (4%) do espólio saqueado durante a campanha.{{HarvRef|Hussein|1974|p=78-79}}{{ntref2|frref}}
 
De volta ao Egito, Abdulá participa com a sua frota numa expedição contra o [[Chipre]] comandada pelo governador da Síria, o futuro califa Moáuia, que resultou no compromisso do pagamento de um tributo anual de {{fmtn|7200|[[dinarDinar (moeda)|dinares]]es}} por parte dos cipriotas.{{HarvRef|Des Gagniers|p=121}}{{ntref2|frref}}
 
Em 651, Abdulá organiza uma segunda expedição à Núbia. Assedia a cidade de [[Dongola (Sudão)|Dongola]] e destrói a respetiva igreja, mas perante a incerteza da relação de forças, assina um tratado de paz ({{ilc||Baqt|Bakt}}) entre o Egito muçulmano e o reino cristão de [[Macúria]]. Esse tratado viria a ser respeitado ao longo de todo o período islâmico inicial, à parte de alguns incidentes ocasionais, e estabeleceu em [[Assuão]] a fronteira sul do Egito muçulmano.{{HarvRef|name=Petry67|Petry|1999|p=67-68}} O rei núbio Calidurun comprometeu-se a pagar um tributo anual de 360 escravos aos muçulmanos em troca de cereais, tecidos, cavalos e vinho do Egito.{{HarvRef|Renault|1985|p=19}}{{ntref2|frref}}