São João Batista no Cárcere: diferenças entre revisões

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Victor Meirelles, em 1843, iniciou seu estudo das línguas francês e latim com o padre Joaquim Gomes d'Oliveira, assim como de filosofia.<ref>{{citar web|url=https://www.ebiografia.com/victor_meirelles/|título=Biografia de Victor Meirelles - eBiografia|publicado=}}</ref> Em relação à arte, seu estudo começou em 1945, lecionado pelo engenheiro e imigrante argentino Marciano Moreno, que havia sido contratado por seus pais uma vez que a cidade natal não possuía escolas voltadas para as artes plásticas. O conteúdo se fundamentava sobre os desenhos geométricos.<ref name=":1" />
 
Ainda menino, com apenas 14 anos de idade e gosto pela arte, enviou duas pinturas autorais à direção da Academia Imperial de Belas Artes (AIBA) que foram selecionadas para a Exposição Geral da organização que ocorreu em dezembro de 1846. Com tal reconhecimento, o garoto foi convidado a estudar nesta famosa escola da época que reunia jovens promessas do universo das artes plásticas. Como a Academia ficava no Rio de Janeiro, ele se mudou para a cidade em 1847<ref name=":2" /> com o apoio de alguns amigos da família e do Conselheiro Jerônimo Francisco Coelho que arcaram com as despesas da viagem<ref name=":21">http://anpap.org.br/anais/2008/artigos/014.pdf</ref> e matriculou-se na escola onde realizou os seus primeiros trabalhos acadêmicos. Lá suas obras passaram a ter caráter histórico visando aà construção de uma identidade nacional.
 
Em 1849, Meirelles se inscreveu na matéria de pintura histórica a qual cursou por 3 anos tendo como mestre o pintor José Correia de Lima.<ref name=":3" /> Em 1852, o pintor concorreu ao 7º Prêmio de Viagem ao Exterior apresentando a obra em questão São João Batista no Cárcere, a qual lhe rendeu a vitória e o prêmio<ref name=":1" /> de uma viagem a Europa no ano seguinte subsidiada pelo governo brasileiro, decolando para a Itália em 10 de abril de 1853.<ref name=":3" /> Nos 8 anos que permaneceu no exterior, teve contato com Tommaso Minardi (1787-1871), Nicola Consoni (1814-1884) em Roma - onde permaneceu por 4 anos<ref name=":7">http://www.cbha.art.br/coloquios/2012/anais/pdfs/artigo_s2_anacavalcanti.pdf</ref> - e Leon Cogniet (1794-1880), Andrea Gastaldi (1810-1889) em Paris por meio das aulas na École Superiéure des Beaux-Arts (Escola Superior de Belas Artes) - onde ficou até 1861.<ref name=":22">http://www.portal.fae.ufmg.br/pensareducacao/portal/view/files/Victor.pdf </ref> Neste período em que o artista esteve na Europa, a pintura resumia-se em duas tendências: Neoclassicismo - retomada da arte greco-romana seguindo padrões de clareza, proporção e equilíbrio e Romantismo - ruptura com o racionalismo iluminista.<ref name=":2" />
 
Influenciado, principalmente, pelo primeiro movimento, Victor Meirelles enviou ao Brasil trabalhos próprios de desenhos e pintura àa óleo para comprovar sua aplicação nos estudos.<ref name=":3" /> Regressou à pátria em 1861 onde, após um ano, foi eleito professor de pintura histórica e paisagem da Academia. De 1869 a 1872, o artista fez dois quadros famosos Passagem de Humaitá e Batalha de Riachuelo. Em 1872, expôs a Batalha dos Guararapes durante a Exposição Geral de Belas Artes.<ref name=":4" /> Tais obras citadas acima produzidas no regime de D. Pedro II reforçaram a ideia de uma identidade nacional. Por fim, em 1886, ele decide focar na pintura de panoramas pintando 3: O Panorama do Rio de Janeiro junto de H. Langerock, A Entrada da Esquadra legal no Porto do Rio de Janeiro e Descobrimento do Brasil,<ref name=":3" /> adotando no país uma modernidade relacionada às Exposições Universais.<ref name=":0" />
 
=== Obras ===