Paraceratherium: diferenças entre revisões

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Os membros eram grandes e robustos para suportar o grande peso do animal e eram, de certa forma, semelhantes e [[Convergência evolutiva|convergentes]] com os dos elefantes e dinossauros saurópodes, que também eram animais pesados que se moviam lentamente. Contrastando com esses animais, que tendem a ter os ossos dos membros superiores longos enquanto os membros inferiores, mãos e ossos dos pés encurtados, fundidos e comprimidos — os paraceratérios tinham ossos dos membros superiores curtos e ossos das mãos e dos pés longos — exceto pelas [[falange]]s em forma de disco — similar aos rinocerontes corredores de que descendem. Alguns ossos tinham quase {{Converter|50|cm|pol|o=e}} de comprimento. Os ossos das coxas tipicamente mediam {{converter|1.5|m|pé|o=e}}, um tamanho excedido apenas pelos de alguns elefantes e dinossauros. Os ossos das coxas eram como pilares e muito mais grossos e mais robustos que os de outros rinocerontes, e os três [[trocanter]]es nos lados eram muito reduzidos, já que esta robustez diminuiu sua importância. Os membros eram dispostos em uma postura de coluna em vez de curvados, como em animais menores, o que reduziu a necessidade de grandes músculos nos membros.<ref name="Prothero 2013 87 106"/> As pernas posteriores tinham três dedos nos pés.<ref>{{citar periódico| doi = 10.1016/j.jaes.2003.09.005|título= New remains of the baluchithere ''Paraceratherium bugtiense'' from the Late/latest Oligocene of the Bugti hills, Balochistan, Pakistan|periódico= Journal of Asian Earth Sciences| volume = 24|páginas= 71–77|ano= 2004|último1 = Antoine |primeiro1 = P. O. |último2 = Ibrahim Shah |primeiro2 = S. M. |último3 = Cheema |primeiro3 = I. U. |último4 = Crochet |primeiro4 = J. Y. |último5 = Franceschi |primeiro5 = D. D. |último6 = Marivaux |primeiro6 = L. |último7 = Métais |primeiro7 = G. G. |último8 = Welcomme |primeiro8 = J. L. | bibcode = 2004JAESc..24...71A}}</ref>
 
[[Imagem:Paraceratherium restorations 1923.jpg|thumb|esquerda|Reconstruções esqueléticas de 1923 de ''P.&nbsp;transouralicum'' (então ''B. grangeri''), em versões semelhantes a rinocerontes e outra mais esbeltamagra.]]
Devido à natureza fragmentária dos fósseis conhecidos de ''Paraceratherium'', o animal tem sido reconstruído de várias maneiras diferentes desde sua descoberta.<ref>{{citar periódico|último = Granger |primeiro = W. |último2 = Gregory |primeiro2 = W. K. |título= A revised restoration of the skeleton of ''Baluchitherium'', gigantic fossil rhinoceros of Central Asia |periódico= American Museum Novitates | series = | volume = 787 |páginas= 1–3 | url = http://digitallibrary.amnh.org/dspace/handle/2246/2123 |ano= 1935 }}</ref> Em 1923, W. D. Matthew supervisionou um artista para desenhar uma reconstrução do esqueleto baseada nos espécimes de ''P.&nbsp;transouralicum'' até menos completos do que os conhecidos até então, usando as proporções de um rinoceronte moderno como guia.<ref name="Osborn 1923">{{citar periódico|último = Osborn |primeiro = H. F. |título= ''Baluchitherium grangeri'', a giant hornless rhinoceros from Mongolia |periódico= American Museum Novitates | series = | volume = 78 |páginas= 1–15 | url = http://digitallibrary.amnh.org/dspace/handle/2246/3262 |ano= 1923 }}</ref> O resultado foi muito desproporcional e compacto, de modo que Osborn desenhou uma versão mais esguia naquele mesmo ano. Algumas restaurações posteriores mostraram o animal muito magro, com pouca atenção ao esqueleto subjacente.<ref name="Prothero 2013 87 106"/> Gromova publicou uma recontrução esquelética mais completa em 1959, baseada no esqueleto de ''P.&nbsp;transouralicum'' da formação de Aral, mas essa também faltou com várias [[vértebras cervicais]].<ref>{{citar periódico|último = Gromova |primeiro = V. L. |título= Gigantskie nosorogi |periódico= Trudy Paleontology Institut Akademii Nauk SSSR | series = | volume = 71 |páginas= 154–156 |língua= Russian |ano= 1959 }}</ref>
 
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[[Imagem:Paraceratherium transouralicum teeth.JPG|esquerda|thumb|Molares superiores de ''P.&nbsp;transouralicum'', [[Museu Nacional de História Natural (França)]]]]
As espécies do gênero ''Paraceratherium'' são discerníveis principalmente através das características do crânio. ''P.&nbsp;bugtiense'' tem características como um [[maxilar]] e pré-maxilar relativamente mais esbeltosmagros, dermatocrânio pouco profundo, processos mastoide-paraoccipitais que são relativamente finos e localizados na parte de trás do crânio, uma crista lambdoide menos extensa, e um côndilo occipital com uma orientação horizontal, característica compartilhada com ''Dzungariotherium''. ''P.&nbsp;transouralicum'' tem maxilar e pré-maxilar robustos, [[ossos zigomáticos]] apontando para cima, [[osso frontal|ossos frontais]] abobadados, processos mastoide-paraoccipitais grossos, uma crista lambdoide que se estende atrás, e côndilos occipitais com uma orientação vertical.<ref name="Prothero 2013 67 86"/>
 
Ao contrário da maioria dos rinocerontes primitivos, os dentes frontais dos paraceratérios eram reduzidos a um único par de dentes incisivos em cada mandíbula, que eram grandes e cônicos, e têm sido descritos como presas. Os incisivos superiores eram apontados para baixo; os inferiores eram mais curtos e apontados para frente. Entre todos os rinocerontes conhecidos, este arranjamento é pertencente apenas aos paraceratérios e à espécie relacionada ''Urtinotherium''. Os incisivos podem ter sido maiores em machos. Os [[dente canino|dentes caninos]] geralmente encontrados atrás dos incisivos foram perdidos. Os incisivos eram separados da fileira de dentes pós-caninos por um grande [[diastema]].<ref name="Prothero 2013 87 106"/> Esta característica é encontrada em mamíferos onde os incisivos e dentes pós-caninos têm diferentes funções.<ref name="Prothero 2013 53–66"/> Os molares superiores, exceto o terceiro molar superior que tinha forma de V, tinham uma forma de pi (π) como padrão e um metastilo reduzido. Os pré-molares apenas parcialmente formaram o padrão de pi. Cada molar tinha o tamanho de um punho humano; tamanho excedido apenas pelos proboscídeos, embora eles fossem pequenos em relação ao tamanho do crânio. Os dentes pré-molares inferiores tinham forma de L, o que é típico de rinocerontes.<ref name="Prothero 2013 87 106"/>