Massa de ar: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
m Foram revertidas as edições de 2804:14C:87C1:2C2E:C26:69B9:7462:49FB para a última revisão de JMagalhães, de 16h41min de 15 de julho de 2018 (UTC)
Etiqueta: Reversão
Resgatando 15 fontes e marcando 0 como inativas. #IABot (v2.0beta5) (Ixocactus)
Linha 4:
 
== Classificação ==
A classificação Bergeron é a forma mais amplamente aceita de classificação das massas de ar, embora haja outras classificações mais refinadas que são usadas em diferentes regiões do globo.<ref>{{citar periódico |url=https://darchive.mblwhoilibrary.org/bitstream/handle/1912/1142/Vol%202%20No%202.pdf?sequence=1 |periódico=Papers in Physical Oceanography and Meteorology |arquivourl=httphttps://www.webcitation.org/66ZdP2Y9o?url=https://darchive.mblwhoilibrary.org/bitstream/handle/1912/1142/Vol%202%20No%202.pdf?sequence=1 |arquivodata=31 de marçoMarço de 2012 |título=American Air Mass Properties |língua=inglês |autor=H. C. Willett |volume=2 |número=2 |publicado=[[Massachusetts Institute of Technology]] |data=junho de 1933 |acessodata=28 de outubro de 2009 |urlmorta=no }}</ref> A classificação das massas de ar envolve três letras. A primeira letra descreve suas propriedades umidade, sendo que a letra "c" é usada para massas de ar continental (seco) e o "m" representa massas de ar marítimas (úmido). A segunda letra descreve a característica térmica de sua região de origem: "t" para [[trópico|tropical]], "p" para [[Polo geográfico|polar]], "a" para o [[Ártico]] ou [[Antártida]], "m" para áreas de monção, "e" para regiões equatoriais e "s" para o ar superior (ar seco formado por movimento descendente significativo na [[atmosfera]]). A terceira letra é usada para designar a estabilidade da atmosfera. Se a massa de ar é mais fria que a terra debaixo dele, ele é rotulado "k". Se a massa de ar é mais quente que o chão, ele é rotulado "w".<ref name="airmassclass">{{Citar web |autor=Glossary of Meteorology |url=http://amsglossary.allenpress.com/glossary/search?id=airmass-classification1 |arquivourl=httphttps://www.webcitation.org/66ZdrAAxY?url=http://amsglossary.allenpress.com/glossary/search?id=airmass-classification1 |arquivodata=31 de marçoMarço de 2012 |título=Airmass Classification |língua=inglês |acessodata=23 de maio de 2008 |publicado=[[American Meteorological Society]] |data=junho de 2000 |urlmorta=no }}</ref>
[[Ficheiro:Air_masses.svg|thumb|esquerda|300px|Regiões de origem das massas de ar ao redor do mundo.]]
 
As massas de ar de origem oceânica são indicadas com uma minúscula "M" (que vem de "marítima"), enquanto as massas de ar de origem continental são indicadas com uma letra minúscula "C" ("continental"). As massas de ar também são indicadas como com ártica (letras maiúsculas "A", ou "AA" para as massas de ar antárticas), polar ("P" maiúscula), tropical ("T" maiúscula), ou equatorial ("E" maiúscula). Estes dois conjuntos de atributos são usados em combinações, dependendo da massa de ar que está sendo descrita. Por exemplo, uma massa de ar sobre o sudoeste do deserto dos Estados Unidos no verão pode ser designada "cT". Uma massa de ar de origem sobre o norte da Sibéria no inverno pode ser indicada como "cA". No Sul da Ásia, uma letra maiúscula "M" (de ''"Monsoon"'') tem sido ocasionalmente usado para designar uma massa de ar dentro do regime de [[monção]] do verão na região.<ref name="airmassclass"/>
 
A estabilidade de uma massa de ar pode ser mostrada usando-se uma terceira letra, ou "k" (ar mais frio do que a superfície abaixo dele) ou "w" (massa de ar mais quente que a superfície abaixo dele). Um exemplo disto pode ser uma massa de ar polar soprando sobre o [[Corrente do Golfo]], denominado "cpk".<ref name="airmassclass"/> Outra convenção utilizada com estes símbolos é a indicação de modificação ou transformação de um tipo para outro. Por exemplo, uma massa de ar ártica soprada sobre o [[Golfo do Alasca]] pode ser denominada como "CA-mpk". No entanto, uma outra convenção indica a estratificação das massas de ar em determinadas situações. Por exemplo, a invasão de uma massa de ar polar por uma massa de ar a partir do Golfo do México sobre a região central dos Estados Unidos pode ser mostrada com a nomeclatura "mT / CP" (às vezes usando uma linha horizontal como na notação de fração). <ref>{{Citar web |url=http://docs.lib.noaa.gov/rescue/dwm/1950/19500201.djvu |arquivourl=httphttps://www.webcitation.org/66Zf9H6QC?url=http://docs.lib.noaa.gov/rescue/dwm/1950/19500201.djvu |arquivodata=31 de marçoMarço de 2012 |título=Daily Weather Maps: February 1, 1950 |língua=inglês |autor=United States Weather Bureau |data=1º de fevereiro de 1958 |publicado=United States Department of Commerce |acessodata=28 de outubro de 2009 |urlmorta=no }}</ref>
 
Em Portugal são sete tipos de massas de ar que atuam sobre o território do país: massa de ar polar continental frio (Pck); massa de ar polar continental quente (Pcw); massa de ar polar marítimo frio (Pmk); massa de ar polar marítima quente (Pmw); massa de ar tropical marítima (Tm); e o ar tropical continental (Tc).<ref name="fpcolumbofilia">{{citar web |url=http://www.fpcolumbofilia.pt/meteo/main068.htm |arquivourl=httphttps://www.webcitation.org/66Ztt1Tr6?url=http://www.fpcolumbofilia.pt/meteo/main068.htm |arquivodata=31 de marçoMarço de 2012 |título=Massas do ar sobre Portugal Continental |autor=Fernando Garrido |publicado=Meteorologia e Columbofilia |acessodata=31 de março de 2012 |urlmorta=no }}</ref> Já no [[Brasil]] são cinco massas: massa equatorial atlântica (mEa); massa equatorial continental (mEc); massa tropical atlântica (mTa); massa tropical continental (mTc) e massa polar atlântica (mPa).<ref>{{citar web |url=http://educacao.uol.com.br/geografia/massas-de-ar-2-bolsoes-de-ar-influenciam-o-clima.jhtm |arquivourl=httphttps://www.webcitation.org/66ZtuSxDV?url=http://educacao.uol.com.br/geografia/massas-de-ar-2-bolsoes-de-ar-influenciam-o-clima.jhtm |arquivodata=31 de marçoMarço de 2012 |título=Bolsões de ar influenciam o clima |autor=Ronaldo Decicino |publicado=Uol Educação |acessodata=31 de março de 2012 |urlmorta=no }}</ref>
 
== Características ==
Massas de ar polares são frias. As qualidades do ar ártico são desenvolvidas sobre gelo e solo coberto de neve. O ar ártico é profundamente frio, mais frio do que massas de ar polares. O ar ártico pode ser superficial no verão, e rapidamente modifica-se enquanto se move equatorialmente.<ref>{{Citar web |url=http://amsglossary.allenpress.com/glossary/search?id=arctic-air1 |arquivourl=httphttps://www.webcitation.org/66ZfPB1TP?url=http://amsglossary.allenpress.com/glossary/search?id=arctic-air1 |arquivodata=31 de marçoMarço de 2012 |título=Glossary of Meteorology |língua=inglês |data=junho de 2000 |autor=[[American Meteorological Society]] |acessodata=28 de outubro de 2009 |urlmorta=yes }}</ref> Massas de ar polares desenvolvem-se ao longo de latitudes mais elevadas sobre a terra ou no mar, são muito estáveis e, geralmente, são mais rasas do que o ar ártico. O ar polar sobre o oceano perde a sua estabilidade, já que ganha umidade sobre as águas oceânicas mais quentes.<ref>{{Citar web |url=http://amsglossary.allenpress.com/glossary/search?id=polar-air1 |arquivourl=httphttps://www.webcitation.org/66ZfiBy3E?url=http://amsglossary.allenpress.com/glossary/search?id=polar-air1 |arquivodata=31 de marçoMarço de 2012 |título=Polar air |língua=inglês |autor=Glossary of Meteorology |data=junho de 2000 |publicado=[[American Meteorological Society]] |acessodata=28 de outubro de 2009 |urlmorta=yes }}</ref>
 
Massas de ar tropicais e equatoriais são quentes, uma vez que elas se desenvolvem em latitudes mais baixas. Aquelas que se desenvolvem sobre a terra (massas continentais) são mais secas e mais quentes do que aqueles que se desenvolvem sobre os oceanos, e migram para o norte na periferia oeste da [[alta subtropical]].<ref>{{Citar web |url=http://amsglossary.allenpress.com/glossary/search?p=1&query=tropical+air&submit=Search |arquivourl=httphttps://www.webcitation.org/66ZfsQckh?url=http://amsglossary.allenpress.com/glossary/search?p=1 |arquivodata=31 de marçoMarço de 2012 |título=Tropical air |língua=inglês |autor=Glossary of Meteorology |data=junho de 2000 |publicado=[[American Meteorological Society]] |acessodata=28 de outubro de 2009 |urlmorta=yes }}</ref> Massas de ar superiores, além de serem secas, raramente atingem o solo, residindo sobre massas de ar tropicais marítimas e formando uma camada mais quente e seca sobre a massa de ar úmida abaixo. Massas polares continentais (PB) são as massas de ar que são frias e secas, devido à sua região de origem. Massas de ar continentais polares que afetam a América do Norte formam-se mais no interior do Canadá. Uma massa de ar Tropical
Continental é um tipo de ar tropical produzido na região subtropical das regiões áridas, que são quentes e muito secas.<ref>{{Citar web |url=http://amsglossary.allenpress.com/glossary/search?p=1&query=superior+air&submit=Search |arquivourl=httphttps://www.webcitation.org/66ZgUdLeP?url=http://amsglossary.allenpress.com/glossary/search?p=1 |arquivodata=31 de marçoMarço de 2012 |título=Superior air |língua=inglês |autor=Glossary of Meteorology |data=junho de 2000 |publicado=[[American Meteorological Society]] |acessodata=28 de outubro de 2009 |urlmorta=yes }}</ref> As chamadas massas de ar instáveis (massas de ar frias que se deslocam sobre superfícies quentes) normalmente provocam a formação de nuvens [[cumuliforme]]s; [[aguaceiro]]s; ventos fortes ou em forma de [[Lufada|rajada]]s; e [[trovoada]]s. Já em massas de ar estáveis (massas de ar quente que se deslocam sobre superfícies frias) são comuns nuvens [[estratiforme]]s e [[nevoeiro]]s; precipitação em forma de [[chuva]]s constantes ou [[chuvisco]]s; e ventos mais moderados.<ref name="fpcolumbofilia"/>
 
== Movimento e frentes ==
{{artigo principal|sistema frontal}}
Uma sistema frontal é o limite entre duas massas de ar de [[densidade]]s diferentes, e é a principal causa de fenômenos meteorológicos.<ref>{{citar web |url=http://www.meteo.pt/pt/areaeducativa/interpretar_tempo/sistemas_meteo/index.html |arquivourl=httphttps://www.webcitation.org/670MjOa03?url=http://www.meteo.pt/pt/areaeducativa/interpretar_tempo/sistemas_meteo/index.html |arquivodata=1718 de abrilAbril de 2012 |título=Sistemas Meteorológicos |autor=Instituto de Meteorologia (IM) |data=2008 |acessodata=17 de abril de 2012 |urlmorta=no }}</ref> Em análises de tempo e superfície, as frentes são descritas utilizando várias linhas coloridas e símbolos, dependendo do tipo. As massas de ar separadas por uma frente normalmente diferem na temperatura e umidade. [[Frentes frias]] podem apresentar faixas estreitas de [[tempestade]]s e tempo severo, podendo ser precedidas por linhas de instabilidade ou linhas secas. Frentes quentes são geralmente precedidas por precipitação estratiforme e [[nevoeiro]]s. Essas condições geralmente desaparecem rapidamente após a passagem de uma frente. Algumas frentes não produzem precipitação e nebulosidade pequenas, embora haja sempre uma mudança de vento.<ref name=stm>{{citar web |url=http://pt.scribd.com/doc/41075103/As-Massas-de-Ar-perturbacao-frontal |arquivourl=httphttps://www.webcitation.org/670MlLTyK?url=http://pt.scribd.com/doc/41075103/As-Massas-de-Ar-perturbacao-frontal |arquivodata=1718 de abrilAbril de 2012 |título=As massas de ar e os sistemas frontais |autor=Idália Teixeira |publicado=Scribd |acessodata=17 de abril de 2012 |urlmorta=no }}</ref>
 
Frentes frias e frentes oclusas geralmente se movem de oeste para leste, enquanto frentes quentes movem-se em direção aos polos. Devido à maior densidade do ar na sua esteira, frentes frias e oclusões frias movem-se mais rápido do que frentes quentes e oclusões quentes. [[Montanha]]s e organismos de água quente podem retardar o movimento de frentes.<ref name="DR">{{Citar web |author=David Roth |date=14 de dezembro de 2005 |título=Unified Surface Analysis Manual |língua=inglês |acessodata=22 de outubro de 2006 |publicado=[[Hydrometeorological Prediction Center]] |url= http://www.hpc.ncep.noaa.gov/sfc/UASfcManualVersion1.pdf |arquivourl=httphttps://www.webcitation.org/66Zo9CHrY?url=http://www.hpc.ncep.noaa.gov/sfc/UASfcManualVersion1.pdf |arquivodata=31 de marçoMarço de 2012 |urlmorta=no }}</ref> Quando uma frente se torna estacionária, e o contraste de densidade entre os limites frontais desaparece, a frente pode degenerar em uma linha que separa regiões com diferentes velocidade do vento.<ref>{{Citar web |autor=Glossary of Meteorology |língua=inglês |data=junho de 2000 |título=Shear Line |acessodata=22 de outubro de 2006 |url=http://amsglossary.allenpress.com/glossary/search?p=1&query=shear+line |arquivourl=httphttps://www.webcitation.org/66ZoLYVN9?url=http://amsglossary.allenpress.com/glossary/search?p=1 |arquivodata=31 de marçoMarço de 2012 |publicado=[[American Meteorological Society]] |urlmorta=yes }}</ref>
 
== Modificação ==
[[Ficheiro:Snow Clouds in Korea.jpg|thumb|direita|Bandas de neve próximas à [[Península Coreana]].]]
{{vertambém|Precipitação (meteorologia)}}
As massas de ar podem ser modificadas de várias maneiras. O fluxo de superfície de vegetação subjacente, nas florestas, atua para umedecer a massa de ar sobrejacente.<ref>{{citar periódico |url=http://sequoia.asrc.cestm.albany.edu/PDFfiles/PostfrontalAirmassMod.pdf |título=Postfrontal Airmass Modification |autor =Jeffrey M. Freedman and David R. Fitzjarrald |data=agosto de 2001 |língua=inglês |acessodata=22 de agosto de 2009 |publicado=[[American Meteorological Society]] |páginas=419–437 |periódico=Journal of Hydrometeorology |arquivourl=https://web.archive.org/web/20110719134656/http://sequoia.asrc.cestm.albany.edu/PDFfiles/PostfrontalAirmassMod.pdf |arquivodata=19 de Julho de 2011 |urlmorta=yes }}</ref> O calor das águas subjacentes mais quentes pode modificar significativamente uma massa de ar sobre distâncias variando entre 35 km e 40 km.<ref>{{citar periódico|periódico=Boundary-Layer Meteorology|url=http://www.springerlink.com/content/fm26377722407422/|autor =Jun Inoue, Masayuki Kawashima, Yasushi Fujiyoshi and Masaaki Wakatsuchi |título=Aircraft Observations of Air-mass Modification Over the Sea of Okhotsk during Sea-ice Growth |língua=inglês |número=1|data=outubro de 2005|doi=10.1007/s10546-004-3407-y|páginas=111–129|issn=0006-8314|volume=117|bibcode = 2005BoLMe.117..111I|unused_data=DUPLICATE DATA: journal=Boundary-Layer Meteorology }}</ref> Por exemplo, a sudoeste de [[ciclone extratropical|ciclones extratropicais]], o fluxo ciclônico se curva, trazendo ar frio através dos corpos de água relativamente quentes, o que pode levar a estreitas faixas de neve. Essas bandas trazem precipitação forte e localizada, uma vez que grandes massas de água, tais como lagos, armazenam o calor que resulta em diferenças de temperatura significativas (maiores do que 13°C) entre a superfície da água e do ar acima.<ref>{{citar jornal|autor =B. Geerts |ano=1998|url=http://www-das.uwyo.edu/~geerts/cwx/notes/chap10/lake_effect_snow.html |língua=inglês |título=Lake Effect Snow.|acessodata= 24 de dezembro de 2008 |publicado=University of Wyoming}}</ref> Devido a essa diferença de temperatura, o calor e a umidade são transportados para cima, condensando-se em nuvens verticalmente orientadas (ver imagem de satélite) que produzem aguaceiros de neve. A diminuição da temperatura com a altura e profundidade da nuvem são diretamente afetadas tanto pela temperatura da água quanto pelo ambiente. Quando mais forte é queda da temperatura com a altura que as nuvens mais profundas podem chegar, maior será a taxa de precipitação.<ref>{{citar web |url=http://www.comet.ucar.edu/class/smfaculty/byrd/sld010.htm |arquivourl=httphttps://www.webcitation.org/66ZtyC60r?url=http://www.comet.ucar.edu/class/smfaculty/byrd/sld010.htm |arquivodata=31 de marçoMarço de 2012 |publicado=University Corporation for Atmospheric Research |título=Lake Effect Snow |língua=inglês |data=3 de junho de 1998 |acessodata=12 de julho de 2009 |autor=Greg Byrd |urlmorta=yes }}</ref>
 
== Ver também ==