Arquitetura do Brasil: diferenças entre revisões

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O edifício foi louvado internacionalmente, sendo considerado uma das mais importantes criações modernistas das Américas.<ref name="Lauro"/> Outros edifícios erguidos na época exerceram também grande impacto, favorecendo a aceitação do Modernismo, como os pavilhões do Brasil na [[Feira Mundial de Nova Iorque]] e o conjunto da [[Pampulha]], em Belo Horizonte, que estabeleceu o nome de Niemeyer como o líder da nova geração.<ref name="Lauro"/> Ao mesmo tempo, o debate teórico se multiplicava e adensava em fóruns e revistas especializadas,<ref>Pinto Jr, Rafael Alves. [http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/13.153/4654 "Modernidade antes dos modernistas. O interesse dos periódicos pelo espaço arquitetônico no Brasil"]. In: ''Arquitextos'', 2013; 13 (153.00)</ref> e as cidades se verticalizavam aceleradamente, enchendo-se de concreto, com espigões populares de apartamentos cada vez menores, embora mais funcionais e mais bem aparelhados. Iniciava-se também, na crescente pressão por espaço de habitação nas grandes cidades, o fenômeno da [[especulação imobiliária]] e a subida explosiva do preço dos aluguéis.<ref>Villa, Simone Barbosa. [http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/10.120/3437 "Um breve olhar sobre os apartamentos de Rino Levi: Produção imobiliária, inovação e a promoção modernista de edifícios coletivos verticalizados na cidade de São Paulo"]. In: ''Arquitextos'', 2010; 10 (120.07)</ref>
 
O Modernismo na linha de Corbusier, pregando a arquitetura como uma síntese de todas as artes, incorporando elementos típicos locais, e centralizado na chamada [[Escola Carioca]], logo veio a se tornar um estilo oficial do governo,<ref name="Luccas"/> cujo coroamento foi a [[construção de Brasília]] na década de 1950, um projeto conjunto de Costa e Niemeyer de tamanha importância, influência e impacto que foi declarado Patrimônio Mundial pela UNESCO. O Modernismo trouxe avanços radicais à estética e à técnica de construção, onde predominam linhas geométricas simples e puras mas muitas vezes ousadas, e o [[concreto armado]], o [[aço]] e o [[vidro]] assumem papel de destaque.<ref name="Lauro"/><ref name="Elísia"/>
 
Os principais elementos da estética de Corbusier se resumem nos seus "[[Cinco pontos de Le Corbusier|Cinco Pontos]]":<ref name="Elísia">Costa, Ana Elísia da. [http://www.docomomo.org.br/ivdocomomosul/pdfs/36%20Monika%20Stumpp_Ana%20Elisia%20Costa.pdf "Janelas Modernas: Materialidade das aberturas na arquitetura moderna de Caxias do Sul"]. Projeto ''Arquitetura moderna na Serra Gaúcha: acervo e novas tecnologias na educação patrimonial''. Universidade de Caxias do Sul, 2008-2012.</ref>
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Outros arquitetos brasileiros também seguiram os princípios de Le Corbusier, deixando uma contribuição significativa no cenário nacional. Dentre eles estão [[Henrique Mindlin]], [[Carmen Portinho]], [[Francisco Bolonha]], [[Sérgio Bernardes]], [[Olavo Redig de Campos]], [[Marcos Konder Netto]], [[Flávio de Carvalho]], [[Álvaro Vital Brazil]], [[Oswaldo Bratke]], [[Paulo Mendes da Rocha]], [[Vilanova Artigas]], [[Luís Nunes]], [[Burle Marx]], [[Delfim Amorim]], [[Diógenes Rebouças]] e [[José Bina Fonyat]].<ref name="Guimaraens"/>
 
Na década de 1960 surgem tendências alternativas à onipresença de Corbusier, buscando uma aproximação com fontes nacionais, voltando a ser usados materiais e técnicas vernáculas como a [[cerâmica]] e o [[tijolo]] aparente;<ref name="Luccas"/><ref name="Lauro"/> a escolachamada [[Escola Paulista]], de [[brutalismo|arquitetura brutalista]], cultivada em São Paulo, também acrescentou dados novos ao cenário propondo soluções de geometria mais arrojada, inspiradas no [[Construtivismo]],<ref name="Luccas"/> e criadores como [[Lina Bo Bardi]], [[Luiz Paulo Conde]], [[Severiano Mário Porto]], [[Francisco de Assis Reis]] e [[Jaime Lerner]] iniciavam um processo de crítica e revisão mais informalista e intuitiva do racionalismo modernista ortodoxo. Com isso a unidade de pensamento que havia se formado em torno da influência de Corbusier se quebra, instala-se uma atmosfera de crise de valores, e surgem adaptações e releituras livres do repertório formal anterior, abrindo caminho para o eclético historicismo [[pós-moderno]].<ref name="Guimaraens"/><ref>Luccas, Luís Henrique Haas. [http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/09.101/99 "Arquitetura contemporânea no Brasil: da crise dos anos setenta ao presente promissor"]. In: ''Arquitextos'', 2008; 09 (101.00)</ref>
 
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