Super-herói: diferenças entre revisões

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As mitologias de muitas civilizações antigas apresentam panteões de deuses e deusas com poderes sobre-humanos, bem como heróis como [[Gilgamesh]] e [[Perseu]] e semideuses como [[Hércules]] na [[mitologia grega]]-[[Mitologia romana|romana]],<ref>{{citar periódico |ultimo=Gomes |primeiro=Morgana |data=2013 |título= O reflexo social dos super-heróis|url=http://leiturasdahistoria.uol.com.br/o-reflexo-social-dos-super-herois/ |periódico=Leituras da História |editora=[[Editora Escala]] |número=59 |páginas= |doi= |acessodata= }}</ref><ref name="identidade">[https://omelete.uol.com.br/quadrinhos/artigo/autor-discute-a-evolucao-dos-herois-e-sua-importancia-nos-quadrinhos/ A Identidade Secreta dos Super-Heróis - Livro mostra a influência dos heróis na sociedade]</ref> ou [[Thor]] da [[mitologia germânica]], que também seriam adaptados como personagens de quadrinhos. O vigilantismo é também um arquétipo das contas lendárias e populares através de personagens conhecidos, como [[Robin Hood]].<ref name="behind">Packer, Sharon (2009). Superheroes and Superegos: Analyzing the Minds Behind the Masks. Greenwood Publishing Group. 52 p. ISBN 978-0313355363.</ref><ref name="identidade"/>
 
{{Imageframe|width=200|content=[[Imagem:Hugo Hercules lifting a car.jpg|200px]]<br />[[Imagem:TheGirlWithTheX-RayEyes logo.jpg|200px]]|caption=Hugo Hercules e Olga Mesmer, dois personagens pioneiros das tiras|link=Hello world}}
 
 
O primeiro registro de um herói fantasiado foi na [[peça de teatro]] [[Pimpinela Escarlate]] (1903), personagem que popularizou a iria de um vingador mascarado e o tropo da [[identidade secreta]].<ref name="behind"/> Outros personagens incluem [[Green Hornet]], Scarecrow of Romney Marsh e [[Spring Heeled Jack]], o último de quem surgiu pela primeira vez como uma lenda urbana.<ref>[https://entretenimento.uol.com.br/noticias/redacao/2017/07/09/1-heroi-da-historia-vem-de-uma-lenda-urbana-e-lembra-um-batman-assustador.htm 1º super-herói da história era lenda urbana e lembrava um Batman assustador]</ref>
 
Da mesma forma, os heróis de [[ficção científica]] e [[John Carter]], [[Buck Rogers]] e [[Flash Gordon]], com as suas armas futuristas e gadgets;<ref name="surgem"/><ref>Doug Murray, "Birth of a Legend", in Alex Raymond and Don Moore, Flash Gordon : On the Planet Mongo: Sundays 1934-37. London : Titan Books, 2012.ISBN 9780857681546 (10-15 p.)</ref> [[Tarzan]] , com o seu alto grau de capacidade atlética e força, e sua capacidade de se comunicar com os animais; [[Conan|Conan, o Bárbaro]] de [[Robert E. Howard]] e o biologicamente modificado Hugo Danner do romance Gladiator,{{nota de rodapé|Usado na série [[Young All-Stars]] como pai do super-herói [[Iron Munro]] graças ao [[domínio público]]}} foram heróis com habilidades incomuns que lutaram inimigos, às vezes maiores que a vida. A palavra "super-herói" teria surgido em 1917.<ref>[https://www.merriam-webster.com/dictionary/superhero superhero] </ref>
 
Os antecedentes mais diretos são os heróis da [[pulp|literatura pulp]] como o mascarado [[Zorro]]<ref name="identidade"/> (criado por [[Johnston McCulley]] em 1919 com publicação da novela [[The Curse of Capistrano]]) com a sua marca "Z", o preternatural mesmérico [[O Sombra|Shadow]] (1930), o "auge humano [[Doc Savage]] (1933)<ref>[https://web.archive.org/web/20090429050105/http://www.devir.com.br:80/hqs/tomstrong.php Tom Strong: Um Século de Aventuras]</ref><ref>{{citar web|url=http://www.universohq.com/materias/homens-de-aco-e-icones-de-marfim-supreme-e-a-reconstrucao-do-heroi/|titulo=Homens de Aço e Ícones de Marfim: Supreme e a reconstrução do herói|autor=[[Octavio Aragão]]|obra=[[Universo HQ]]|acessodata=07/05/2010}}</ref><ref name=""ecb">{{Google books|YbkJ0QJrEZ8C|Encyclopedia of Comic Books and Graphic Novels [2 volumes]|página=606|palavraschave=|texto=|urlbase=}}</ref> os heróis de aventuras espaciais do subgênero [[space opera]] como [[Lensman]] de [[E. E. Smith]]<ref>[http://www.universohq.com/materias/super-herois-e-superpoderes-na-ficcao-cientifica/ Super-heróis e superpoderes na Ficção Científica]</ref> e personagens dos quadrinhos como ''Hugo Hercules'' (1902) do cartunista William HD Koerner, publicado por cinco meses no jornal [[Chicago Tribune]],<ref>{{Google books|HCJpWQ8l3tcC|American Comic Strips Before 1918|página=20|palavraschave=hugo hercules|texto=|urlbase=}}</ref> [[Patoruzú]] de [[Dante Quinterno]] (1928),<ref>[http://www.mdzol.com/nota/266877-el-regreso-de-patoruzu/ El regreso de Patoruzú]</ref> [[Popeye]] de [[E. C. Segar]] (1929).<ref name=""ecb"/> Em [[1936]], são lançados os primeiros heróis mascarados das histórias em quadrinhos: [[O Fantasma]], criado por [[Lee Falk]] e publicado em uma tira diária lançada em [[17 de fevereiro]] de 1936<ref>{{citar livro|autor=[[ Otacílio Costa d'Assunção Barros]]|título=O Fantasma - O Tesouro do Fantasma|artigo=O super-herói da selva|editora=[[Ediouro]]|ano=2015|páginas=|isbn=9788577487356}}</ref> e The Clock, criado por George Brenner e publicado pela primeira vez em Funny Pages #6 (Novembro de 1936) da editora Centaur Publications.<ref>{{citar livro|autor=Charles Hatfield, Jeet Heer e Kent Worcester|título=The Superhero Reader|editora=Univ. Press of Mississippi|ano=2013|páginas=11|id=9781617038068}}</ref> Em 1937, surge na revista pulp Spicy Mystery Stories, a tira da personagem Olga Mesmer,<ref>Coogan, Peter (2006). Superhero: The Secret Origin of a Genre. Monkeybrain. pp. 165–174. ISBN 978-1932265187</ref> sobre uma mulher que possuía visão de [[raio x]].<ref>[http://www2.uol.com.br/historiaviva/reportagens/especial_super-herois_hulk_uma_vitima_da_era_atomica.html Especial Super-Heróis: Hulk, vítima da era atômica]. [[História Viva]]</ref>
Em [[1936]], são lançados os primeiros heróis mascarados das histórias em quadrinhos: [[O Fantasma]], criado por [[Lee Falk]] e publicado em uma tira diária lançada em [[17 de fevereiro]] de 1936<ref>{{citar livro|autor=[[ Otacílio Costa d'Assunção Barros]]|título=O Fantasma - O Tesouro do Fantasma|artigo=O super-herói da selva|editora=[[Ediouro]]|ano=2015|páginas=|isbn=9788577487356}}</ref> e The Clock, criado por George Brenner e publicado pela primeira vez em Funny Pages #6 (Novembro de 1936) da editora Centaur Publications.<ref>{{citar livro|autor=Charles Hatfield, Jeet Heer e Kent Worcester|título=The Superhero Reader|editora=Univ. Press of Mississippi|ano=2013|páginas=11|id=9781617038068}}</ref>
Em 1937, surge na revista pulp Spicy Mystery Stories, a tira da personagem Olga Mesmer,<ref>Coogan, Peter (2006). Superhero: The Secret Origin of a Genre. Monkeybrain. pp. 165–174. ISBN 978-1932265187</ref> sobre uma mulher que possuía visão de [[raio x]].<ref>[http://www2.uol.com.br/historiaviva/reportagens/especial_super-herois_hulk_uma_vitima_da_era_atomica.html Especial Super-Heróis: Hulk, vítima da era atômica]. [[História Viva]]</ref>
 
Historiadores apontam para a primeira aparição de Superman , criado por [[Jerry Siegel|Jerome "Jerry" Siegel]] e desenhado por [[Joe Shuster|Joseph "Joe" Shuster]], em [[Action Comics 1]] (Junho de 1938) como a estréia do arquétipo de histórias em quadrinhos do super-herói.<ref name="esbarrando">{{citar livro|autor=Leandro Luigi Del Manto|título=[[Supremo (personagem)|Supremo - A Era de Bronze]]|artigo=Esbarrando na Era de Bronze|urlcapitulo=https://web.archive.org/web/20110916043538/http://devir.com.br/hqs/supremos_003.php|editora=[[Devir Livraria]]|ano=2008|páginas=|id=}}</ref>
 
Fora da indústria de quadrinhos norte-americanos, personagens [[japoneses]] dos [[kamishibai]]s, uma espécie de teatro de papel, como [[Ōgon Bat]] e Princípe Gamma ({{lang-ja|ガンマ王子}}), já apresentavam uniformes e superpoderes no início da [[década de 1930]].<ref>Bradner, Liesl ([[29 de Novembro]] de [[2009]]). [http://herocomplex.latimes.com/uncategorized/the-early-origins-of-anime-and-manga-traced-to-street-theater-of-japan/ "The superheroes of Japan who predated Superman and Batman"]. [[Los Angeles Times]].</ref>
 
[[Ficheiro:JumboComics1.jpg|thumb|150px|left|''Jumbo Comics número 1'' de 1938, revista produzida pelo Eisner and Iger Studio]]
Em 1933, [[Jerry Siegel]] publica o conto de ficção científica [[The Reign of the Superman]] na terceira edição do [[fanzine]] ''Science Fiction: The Advance Guard of Future Civilization'', ilustrada por [[Joe Shuster]] , a história era protagonizado por um ser humano que havia adquirido superpoderes após entrar em contato com uma rocha extraterrestre e usou a alcunha de [[Superman]]. No ano seguinte, o Superman foi remodelado como um herói para as tiras de jornal. A dupla tentou negocia-lo para publicar em jornais e em revistas em quadrinhos, porém, não conseguiram, em 1935, começaram a trabalhar na revista New Fun da [[National Allied Publications]], editora que daria origem a [[DC Comics]].<ref name="amanhã">Gerard Jones. Homens do Amanhã - geeks, gângsteres e o nascimento dos gibis. [S.l.]: [[Conrad Editora]], 2006. 85-7616-160-5</ref>
 
Em 1936, surge o Eisner and Iger Studio, fundado por [[Will Eisner]] e Jerry Iger, o estúdio forneceria material para as editora [[Fiction House]], [[Fox Feature Syndicate]] e [[Quality Comics]], na Fiction House, publicou [[Sheena|Sheena, a rainha das selvas]], uma [[garota das selvas]] criada em 1937<ref name="surgem"/> para a revista britânica Wags, sendo publicada no ano seguinte pela Fiction House, na revista Jumbo Comics, em 1942, foi a primeira heroína a ter uma revista solo.<ref>{{Google books|hnuQBQAAQBAJ|Comics Through Time: A History of Icons, Idols, and Ideas [4 Volumes]: A History of Icons, Idols, and Ideas|página=344|palavraschave=sheena|texto=|urlbase=}}</ref> Pelo estúdio, passaram artistas como [[Jack Kirby]], [[Bob Kane]] e Lou Fine.<ref>[http://www.universohq.com/materias/morreu-will-eisner-o-mestre/ Morreu Will Eisner, o mestre]</ref>
 
 
Em junho de [[1938]], Jerry Siegel e Joe Shuster introduziram o Superman [[Action Comics 1|na primeira edição]] da revista ''[[Action Comics]]'' da National Allied Publications, a publicação marca o início da [[Era de Ouro da banda desenhada|"Era de Ouro"]] das [[Comics|histórias em quadrinhos americanas]].<ref>{{Citar periódico
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}}</ref> O personagem possuía muitas das características que vieram a definir o super-herói: uma [[identidade secreta]], [[superpoder|poderes sobre-humanos]] e um traje colorido incluindo um símbolo e capa. Os primeiros heróis dos quadrinhos foram, por vezes, também chamado de ''homens misteriosos'' ou ''heróis mascarados''.
}}</ref>
O personagem possuía muitas das características que vieram a definir o super-herói: uma [[identidade secreta]], [[superpoder|poderes sobre-humanos]] e um traje colorido incluindo um símbolo e capa. Os primeiros heróis dos quadrinhos foram, por vezes, também chamado de ''homens misteriosos'' ou ''heróis mascarados''.
 
 
A pedido do editor da Fox Feature Syndicate, Eisner criou uma imitação do Superman, [[Wonder Man (Fox Publications)|Wonder Man]], que daria origem ao primeiro processo de plágio envolvendo um super-herói.<ref name="surgem">{{Citar periódico
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Durante a década de 1940, havia muitos super-heróis: [[Flash (DC Comics)|Flash]], [[Lanterna Verde]] e [[Besouro Azul]] estrearam nesta época. Esta era viu a estréia da primeira super-heroína conhecida, Fantomah<ref name="surgem"/> de [[Fletcher Hanks]], uma mulher imortal do [[Egito Antigo]] que poderia se transformar em uma criatura com superpoderes para combater o mal; Ela estreou em Jungle Comics # 2 (fevereiro de 1940) da editora Fiction House, creditado com pseudônimo "Barclay Flagg".<ref>{{Google books|EcR6AQAAQBAJ|Divas, Dames & Daredevils: Lost Heroines of Golden Age Comics|página=|palavraschave=fantomah|texto=|urlbase=}}</ref> Invisible Scarlet O'Neil, uma personagem sem disfarce que lutou contra o crime e sabotadores de guerra usando o poder da [[invisibilidade]] criada por Russell Stamm, estrearia na tira de jornal homônima alguns meses depois, em 3 de junho de 1940.<ref>Heintjes, Tom (11 de maio de 2012). [http://cartoonician.com/not-seen-but-not-forgotten-the-invisible-scarlet-oneil/ "Not Seen but not Forgotten: The Invisible Scarlet O'Neil"]. Hogan's Alley (17).</ref>
 
Black Widow{{nota de rodapé|Não confundir com a personagem de mesmo nome, integrante dos Vingadores<ref name="surgem"/>}} foi uma rara [[anti-herói|anti-heroína]] superpoderosa, a personagem era uma emissária de [[Satanás]]<ref name="surgem"/> que matava os malfeitores para enviá-los ao [[Inferno]] e estreou em Mystic Comics # 4 (agosto de 1940) da [[Timely Comics]], uma antecessora da Marvel Comics na década de 1940.<ref>{{Google books|QqFtDgAAQBAJ|Superheroines and the Epic Journey: Mythic Themes in Comics, Film and Television|página=240-241|palavraschave=Black Widow|texto=|urlbase=}}</ref> A maioria das outras outras heroínas da época não tinham superpoderes. As personagens notáveis ​​incluem The Woman in Red,<ref name="surgem"/> introduzido lançada em Thrilling Comics #2 (março de 1940) da Standard Comic;<ref>{{Google books|QqFtDgAAQBAJ|Superheroines and the Epic Journey: Mythic Themes in Comics, Film and Television|página=240-241|palavraschave=Black Widow|texto=|urlbase=}}</ref> Lady Luck, que surgiu no suplemento de jornal The Spirit Section em 2 de junho de 1940;<ref>{{Google books|LtaqDgAAQBAJ|The Quality Companion: Celebrating the forgotten publisher of Plastic Man and the Freedom Fighters|página=88|palavraschave=lady lucky|texto=|urlbase=}}</ref> A personagem cômica Red Tornado, que estreou em [[All-American Comics]] #20 (novembro de 1940);<ref>{{Google books|QqFtDgAAQBAJ|All-Star Companion Volume 4|página=238|palavraschave=red tornado|texto=|urlbase=}}</ref> Miss Fury, que estreia na tira de jornal homônima da cartunista Tarpé Mills em 6 de abril de 1941;<ref>{{Google books|kPT-zmqg7q4C|Comic Book History of Comics #2|página=|palavraschave=miss fury|texto=|urlbase=}}</ref> [[Phantom Lady]], lançada na revista Police Comics # 1 (agosto de 1941) da [[Quality Comics]];<ref>{{Google books|RgVlCwAAQBAJ|The Superhero Book: The Ultimate Encyclopedia of Comic-Book Icons and Hollywood Heroes|página=146|palavraschave=Phantom Lady|texto=|urlbase=}}</ref> Black Cat, lançada em Pocket Comics #1 (também em agosto de 1941) da [[Harvey Comics]];<ref>{{Google books|8B9mDAAAQBAJ|Man of Rock: A Biography of Joe Kubert|página=52|palavraschave=Black Cat|texto=|urlbase=}}</ref> E [[Canário Negro|Black Canary]], apresentada em Flash Comics #86 (agosto de 1947) como uma personagem de apoio.<ref>{{Google books|QxJPl_R0FtwC|The Justice League Companion|página=61|palavraschave=Black Canary|texto=|urlbase=}}</ref> A super-heroína da quadrinhos mais icônica, que estreou durante a Era de Ouro, é a [[Mulher-Maravilha]]. Inspirado pelas [[Amazonas (mitologia)|amazonas]] da [[mitologia grega]], ela foi criada pelo psicólogo [[William Moulton Marston]], com ajuda e inspiração de sua esposa Elizabeth e seu amante mútua Olive Byrne. A primeira aparição da personagem foi em All Star Comics # 8 (dezembro de 1941), publicado pela All-American Publications,<ref>{{Google books|hnuQBQAAQBAJ|Comics Through Time: A History of Icons, Idols, and Ideas [4 Volumes]: A History of Icons, Idols, and Ideas|página=245|palavraschave=Wonder Woman|texto=|urlbase=}}</ref> uma das duas empresas que se fundiriam para formar DC Comics em 1944.<ref name="amanhã"/>
 
Black Widow{{nota de rodapé|Não confundir com a personagem de mesmo nome, integrante dos Vingadores<ref name="surgem"/>}} foi uma rara [[anti-herói|anti-heroína]] superpoderosa, a personagem era uma emissária de [[Satanás]]<ref name="surgem"/> que matava os malfeitores para enviá-los ao [[Inferno]] e estreou em Mystic Comics # 4 (agosto de 1940) da [[Timely Comics]], uma antecessora da Marvel Comics na década de 1940.<ref>{{Google books|QqFtDgAAQBAJ|Superheroines and the Epic Journey: Mythic Themes in Comics, Film and Television|página=240-241|palavraschave=Black Widow|texto=|urlbase=}}</ref> A maioria das outras outras heroínas da época não tinham superpoderes. As personagens notáveis ​​incluem The Woman in Red,<ref name="surgem"/> introduzido lançada em Thrilling Comics #2 (março de 1940) da Standard Comic;<ref>{{Google books|QqFtDgAAQBAJ|Superheroines and the Epic Journey: Mythic Themes in Comics, Film and Television|página=240-241|palavraschave=Black Widow|texto=|urlbase=}}</ref> Lady Luck, que surgiu no suplemento de jornal The Spirit Section em 2 de junho de 1940;<ref>{{Google books|LtaqDgAAQBAJ|The Quality Companion: Celebrating the forgotten publisher of Plastic Man and the Freedom Fighters|página=88|palavraschave=lady lucky|texto=|urlbase=}}</ref> A personagem cômica Red Tornado, que estreou em [[All-American Comics]] #20 (novembro de 1940);<ref>{{Google books|QqFtDgAAQBAJ|All-Star Companion Volume 4|página=238|palavraschave=red tornado|texto=|urlbase=}}</ref> Miss Fury, que estreia na tira de jornal homônima da cartunista Tarpé Mills em 6 de abril de 1941;<ref>{{Google books|kPT-zmqg7q4C|Comic Book History of Comics #2|página=|palavraschave=miss fury|texto=|urlbase=}}</ref> [[Phantom Lady]], lançada na revista Police Comics # 1 (agosto de 1941) da [[Quality Comics]];<ref>{{Google books|RgVlCwAAQBAJ|The Superhero Book: The Ultimate Encyclopedia of Comic-Book Icons and Hollywood Heroes|página=146|palavraschave=Phantom Lady|texto=|urlbase=}}</ref> Black Cat, lançada em Pocket Comics #1 (também em agosto de 1941) da [[Harvey Comics]];<ref>{{Google books|8B9mDAAAQBAJ|Man of Rock: A Biography of Joe Kubert|página=52|palavraschave=Black Cat|texto=|urlbase=}}</ref> E [[Canário Negro|Black Canary]], apresentada em Flash Comics #86 (agosto de 1947) como uma personagem de apoio.<ref>{{Google books|QxJPl_R0FtwC|The Justice League Companion|página=61|palavraschave=Black Canary|texto=|urlbase=}}</ref> A super-heroína da quadrinhos mais icônica, que estreou durante a Era de Ouro, é a [[Mulher-Maravilha]]. Inspirado pelas [[Amazonas (mitologia)|amazonas]] da [[mitologia grega]], ela foi criada pelo psicólogo [[William Moulton Marston]], com ajuda e inspiração de sua esposa Elizabeth e seu amante mútua Olive Byrne. A primeira aparição da personagem foi em All Star Comics # 8 (dezembro de 1941), publicado pela All-American Publications,<ref>{{Google books|hnuQBQAAQBAJ|Comics Through Time: A History of Icons, Idols, and Ideas [4 Volumes]: A History of Icons, Idols, and Ideas|página=245|palavraschave=Wonder Woman|texto=|urlbase=}}</ref> uma das duas empresas que se fundiriam para formar DC Comics em 1944.<ref name="amanhã"/>
 
 
Durante a [[Segunda Guerra Mundial]], os super-heróis se tornaram ainda mais populares, sobrevivendo ao racionamento de papel e a perda de vários talentosos ilustradores que serviram nas forças armadas.<ref name="Strausbaugh">{{citar web |url=http://query.nytimes.com/gst/fullpage.html?res=9A0CEED81E3DF937A25751C1A9659C8B63 |título=ART; 60's Comics: Gloomy, Seedy, and Superior |autor=John Strausbaugh |data=14 de dezembro de 2003 |acessodata=24 de dezembro de 2014 |obra=[[The New York Times]] |língua=en }}</ref>
 
A busca de histórias simples de vitórias do bem sobre o mal que poderiam levar a consular ou parcialmente esquecer os horrores da guerra e do momento em que pode explicar a popularidade dos super-heróis em tempo de guerra. Nesta pesquisa dos leitores, os criadores dos quadrinhos responderam com histórias em que os super-heróis de combate as forças do Eixo e introduziram alguns heróis inspirados em temas patrióticos, incluindo o [[Capitão América]] da [[Timely Comics]],<ref name="surgem"/><ref name="identidade"/> que, juntamente com o [[Tocha Humana Original|Tocha Humana]] e [[Namor]], mais de uma vez salvaram o mundo da ameaça do [[nazismo]].<ref>{{citar livro|autor=Jeet Heer,Kent Worcester|título=A comics studies reader|editora=Univ. Press of Mississippi|ano=2009|páginas=89|isbn= 1604731095, ISBN 9781604731095}}</ref>
 
== Década de 1950 ==
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Em 1952, o [[mangá]] Tetsuwan Atom de [[Osamu Tezuka]] (mais popularmente conhecido no [[Ocidente]] como [[Astro Boy]]) foi publicado. A série se concentrou em um menino [[robô]] construído por um cientista para substituir seu filho falecido. Sendo construído a partir de um robô incompleto originalmente destinado a fins militares, Astro Boy possuía poderes surpreendentes, como o voo através de propulsores em seus pés e a incrível força mecânica de seus membros.<ref>[http://tezukaosamu.net/en/manga/291.html ASTRO BOY ("Shonen" version)] </ref><ref>Gravett, Paul. Mangá: Como o Japão Reinventou os Quadrinhos. [[Conrad Editora|Conrad]], 2006, ISBN 85-7616-164-8</ref>
 
Após a guerra, os super-heróis perderam popularidade. Um fator foi uma cruzada moral que foi considerada prejudicial para os quadrinhos, que foram acusados de incitar a delinquência juvenil. O movimento foi liderado pelo [[Fredric Wertham|Dr. Fredric Wertham]], que, no livro [[Seduction of the Innocent]] (1954). Em resposta várias editoras adotaram o [[Comics Code Authority]], um sistema de auto-censura.<ref name="esbarrando"/><ref name="identidade"/><ref name="surgem"/><ref name="bronze">{{citar web|url=http://www.universohq.com/universo-paralelo/que-era-que-era|titulo=Que Era que era?|autor=Marcus Ramone|data=07/01/2015|publicado=[[Universo HQ]]|acessodata=}}</ref> Alguns pesquisadores chamam esse período de [[interregno]] ou "Era atômica" (1946-1955).<ref>{{citar livro|autor=George Kovacs, C. W. Marshall|título=Classics and Comics|editora=Oxford University Press|ano=2011|páginas=10|id=9780199792368}}</ref>
 
 
Em 1956 a DC Comics lançou uma nova versão do [[Flash (DC Comics)|Flash]], que foi um sucesso imediato.<ref name="esbarrando"/><ref>{{citar web |url=http://www.comicbookresources.com/?page=article&id=10649 |título=DC Flashback: The Flash |autor=CBR News Team |data=2 de julho de 2007 |acessodata=5 de outubro de 2011 |obra=[[Comic Book Resources]] |língua3=en}}</ref><ref name="hiper">{{citar web|url=http://omelete.com.br/quadrinhos/hipertempo-mais-que-um-multiverso/|titulo=Hipertempo: mais que um multiverso|autor=Marcus Vinicius de Medeiros|data=27 de Julho de 2000 |publicado=[[Omelete (site)|Omelete]]|acessodata=}}</ref> Isso levou a empresa a reviver outros super-heróis como [[Gavião Negro]] e [[Lanterna Verde]],<ref name="surgem"/><ref>Alexandre Callari,Alexandre Callari, Bruno Zago, Daniel Lopes,. Quadrinhos no Cinema (em português). [S.l.]: Editora Évora, 2011. 50 p. ISBN 978-85-63993-18-2</ref> que ganharam um enfoque mais próximo da [[ficção científica]], lançando uma era mais tarde considerada a [[Era de Prata dos Quadrinhos]]. e lançar a equipe de super-heróis da [[Liga da Justiça da América]], o que teria reavivado as glórias do primeiro supergrupo da editora, a [[Sociedade da Justiça da América]]. Proponente principal desta renovação foi o editor [[Julius Schwartz]], que teve a ideia de reformular os personagens de histórias em quadrinhos dos anos quarenta e cinquenta.<ref name="US">{{citar web|url=http://www.usnews.com/usnews/tech/nextnews/archive/next040226.htm |título=Flash Facts |autor=James Pethokoukis |data=26 de fevereiro de 2004 |acessodata=5 de outubro de 2011 |língua=en |obra=[[U.S. News and World Report]]}}</ref> Como principais colaboradores estiveram [[Gardner Fox]], Joe Orlando, John Broome, Curt Swan, [[Joe Kubert]] e [[Carmine Infantino]], todos símbolos desse período que ficou conhecido como Era de Prata dos Quadrinhos. Durante esta era, DC apresentou personagens como de [[Batwoman]] em 1956, [[Supergirl]],<ref>[http://br.ign.com/supergirl-theater/41063/news/novo-trailer-de-supergirl-traz-grande-referencia-a-crise-nas Novo trailer de Supergirl traz grande referência a Crise nas Terras Infinitas]</ref> Miss Arrowette<ref>Jim Steele (1 de junho de 2008). HCA Comics and Original Comic Art Auction Catalog #829. Heritage Capital Corporation. pp. 161. ISBN 978-1-59967-276-2.</ref> e [[Batgirl|Bat-Girl]];<ref>Callari, Alexandre; Zago, Bruno; Lopes, Daniel. Quadrinhos no Cinema 2. [S.l.]: Editora Évora, 2012. ISBN 978-8-563-99339-7</ref> Todas derivadas de super-heróis masculinos estabelecidos. Em 1958, a televisão japonesa viu a estréia do super-herói Moonlight Mask.<ref>{{Google books|LzeSd4SvU7cC|The Dorama Encyclopedia: A Guide to Japanese TV Drama Since 1953|página=147|palavraschave=moonlight mask|texto=|urlbase=}}</ref>
 
== Década de 1960 ==
[[Imagem:D23 Expo 2011 - Marvel panel - the Marvel Age! (6081397468).jpg|thumb|Revistas da Marvel Comics lançadas nos anos 60.]]
 
Com o retorno dos super-heróis da DC, Stan Lee editor da concorrente Atlas Comics (anteriormente conhecida como Timely) de [[Martin Goodman]], e artistas/coautores [[Jack Kirby]] e [[Steve Ditko]] e outros ilustradores lançaram uma nova linha de super-heróis (a Atlas passou a usar o nome [[Marvel Comics]]), começando com o [[Quarteto Fantástico]], equipe criada em 1961 para competir com a Liga da Justiça. Contudo, as novas aventuras enfatizavam conflitos pessoais para o desenvolvimento do caráter, mas também com muita ação e aventura. <ref name="identidade"/> Esta nova forma de entender os super-heróis teve como consequência que muitos deles diferiam muito dos padrões criados em 1940.<ref name="Lee">Stan Lee, ''Origins of Marvel Comics'' ([[Marvel Fireside Books|Simon and Schuster/Fireside Books]], 1974), p. 16</ref> Alguns exemplos:
 
* O Coisa, um membro do [[Quarteto Fantástico]], é uma criatura muito forte mas monstruosa, com a pele semelhante à rocha e sua aparência muitas vezes o levou a autopiedade.<ref>[http://hqmaniacs.uol.com.br/principal.asp?acao=materias&cod_materia=322 Matéria: Quarteto Fantástico]</ref>
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* [[Hulk]] viveu como sua alter ego Bruce Banner à maneira de [[Strange Case of Dr Jekyll and Mr Hyde|Dr. Jekyll e Mr. Hyde]] e estava propenso a explosões de raiva com consequências extremas.<ref>[http://hqmaniacs.uol.com.br/principal.asp?acao=materias&cod_materia=1098 O Incrível Hulk - Planeta Hulk - Parte 1]</ref>
* Os [[X-Men]] são [[Mutante (Marvel Comics)|mutantes]] com poderes adquiridos por mudanças genéticas, odiados e temidos pela sociedade.<ref>[http://hqmaniacs.uol.com.br/principal.asp?acao=materias&cod_materia=518 A Incrível História dos X-Men]</ref>
 
 
Em 1963, Astro Boy foi adaptado para uma série de televisão de [[anime]] altamente influente.<ref>[https://omelete.uol.com.br/series-tv/artigo/lembra-dessio-menino-bionicoi/ Lembra desse? O menino biônico]</ref> Phantom Agents de [[Tatsuo Yoshida]], foi lançada em 1964 centrou-se em ninjas que trabalham para o governo japonês. Em 1966, surge a série de ficção científica/[[terror (gênero)|terror]] [[Ultra Q]] criada por [[Eiji Tsuburaya]], que eventualmente daria origem a [[Ultraman]], gerando uma franquia de sucesso focada no subgênero do herói gigante, onde os super-heróis seriam tão grandes quanto os monstros gigantes ([[kaiju]]s) que eles lutaram.<ref>[http://www2.uol.com.br/ohayo/v4b/centenario/tokusatsu/jun18_tokusatsu.shtml Especial Centenário – Parte 2: Os seriados japoneses no Brasil]</ref>
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Nos [[EUA]], apesar de genericamente utilizado no termo popular, o termo ''Super Hero'' e ''Super Heroes'' são [[marca registrada|marcas registradas]] somente aos personagens da [[DC Comics]] e [[Marvel]] (U.S. Trademark Serial Nos. 72243225 and 73222079). Outras companhias tem utilizado termos como ''Superhero'' ou ''super-hero'' (com hífen).<ref>{{Citar web |url=http://www.universohq.com/noticias/super-hero-so-na-marvel-e-na-dc/|título="Super Hero"? Só na Marvel e na DC! |autor= |obra= |data= |acessodata=}}</ref> DC Comics e Marvel Comics têm sido assíduas na proteção de seus direitos sobre a marca "Super Hero" em jurisdições onde os registros estão em vigor, incluindo [[Estados Unidos]], [[Reino Unido]] e [[Austrália]].<ref name="trademark">Stewart, DG (01/06/2017). [http://www.worldcomicbookreview.com/index.php/2017/06/01/superhero-trademark-name-genre-came-owned-dc-marvel-enforce/ ""The “Superhero” Trademark: how the name of a genre came to be owned by DC and Marvel, and how they enforce it""]</ref>
 
Os críticos na comunidade legal contestam se as marcas "Super Hero" cumprem o padrão legal para a proteção de marca registrada na designação distintiva dos Estados Unidos de uma única fonte de um produto ou serviço. Existe um conflito sobre cada elemento desse padrão: se "Super Hero" é distintivo e não genérico, se o "Super Hero" designa uma fonte de produtos ou serviços, e se a DC e a Marvel representam conjuntamente uma única fonte.<ref> Coleman, Ron (2/03/2006). [http://www.likelihoodofconfusion.com/?p=413 "SUPER HERO® my foot"].</ref> Alguns críticos caracterizam ainda mais as marcas como um uso indevido da lei de marcas registradas para combater a concorrência.<ref> Doctorow, Cory (18/03/2006). [http://www.boingboing.net/2006/03/18/marvel-comics-steali.html "Marvel Comics: stealing our language"]</ref> Até essa data, além de uma ação de remoção de marca registrada realizada em 2016 contra o registro DC Comics e Marvel Comics no Reino Unido, nenhuma disputa envolvendo a marca registrada "Super Hero" teve julgamento ou audiência.<ref name="trademark"/> [[America's Best Comics]], originalmente parte do selo [[Wildstorm]], usou o termo ''science hero'', cunhado por [[Alan Moore]].<ref>{{citar livro|autor=Alessandro Di Nocera|título=Supereroi e superpoteri. Miti fantastici e immaginario americano dalla guerra fredda al nuovo disordine mondiale|editora=Castelvecchi|ano=2006|páginas=212 e 213|isbn=9788876151040}}</ref>
 
Os críticos na comunidade legal contestam se as marcas "Super Hero" cumprem o padrão legal para a proteção de marca registrada na designação distintiva dos Estados Unidos de uma única fonte de um produto ou serviço. Existe um conflito sobre cada elemento desse padrão: se "Super Hero" é distintivo e não genérico, se o "Super Hero" designa uma fonte de produtos ou serviços, e se a DC e a Marvel representam conjuntamente uma única fonte.<ref> Coleman, Ron (2/03/2006). [http://www.likelihoodofconfusion.com/?p=413 "SUPER HERO® my foot"].</ref> Alguns críticos caracterizam ainda mais as marcas como um uso indevido da lei de marcas registradas para combater a concorrência.<ref> Doctorow, Cory (18/03/2006). [http://www.boingboing.net/2006/03/18/marvel-comics-steali.html "Marvel Comics: stealing our language"]</ref> Até essa data, além de uma ação de remoção de marca registrada realizada em 2016 contra o registro DC Comics e Marvel Comics no Reino Unido, nenhuma disputa envolvendo a marca registrada "Super Hero" teve julgamento ou audiência.<ref name="trademark"/>
[[America's Best Comics]], originalmente parte do selo [[Wildstorm]], usou o termo ''science hero'', cunhado por [[Alan Moore]].<ref>{{citar livro|autor=Alessandro Di Nocera|título=Supereroi e superpoteri. Miti fantastici e immaginario americano dalla guerra fredda al nuovo disordine mondiale|editora=Castelvecchi|ano=2006|páginas=212 e 213|isbn=9788876151040}}</ref>
 
== Ver também ==
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== Ligações externas ==
 
{{commonscat|Superheroes}}
* {{link|en|2=http://www.superherodb.com/|3=Superhero Database}}
* {{link|en|2=http://www.comics.org/|3=The Grand Comics Database}}