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'''Buerarema''' é um [[município]] situado no sul do estado da [[Bahia]], no [[Brasil]]. Localiza-se às margens da rodovia [[BR-101]]. Sua população estimada em 2008 era de 20 687 habitantes. Atualmente, a cidade conta com duas agências bancárias e um hospital. É abastecidaabaTupinambá de Olivençstecida pelo Rio Una, que também abastece a cidade vizinha de [[São José da Vitória]].
O município já foi chamada de '''Macuco''', devido ao grande número de [[macuco]]s na região<ref>[http://www.socio-estatistica.com.br/municipios/municipio3.htm Sítio Sócio-Estatística]</ref>.
== Reivindicação Indígena ==
No períodoséculo entre17, 1910os ejesuítas estabeleceram o aldeamento jesuítico de Nossa Senhora da 1930Escada, surgiuna asede do atual distrito de Olivença, em Ilhéus. No final do século 19, o figuraavanço da liderançalavoura cacaueira na região impactou severamente os indígenas que habitavam a região que compreende o atual município de Buerarema. Entre as décadas de 1920 e 19430, o [[Povos indígenas do Brasil|indígena]] [[Tupinambás|tupinambá]] Marcellino José Alves (conhecido como Caboclo Marcelino,Marcellino) quemobilizou parentes e aliados para lutavalutar pelo reconhecimento do direito à terra dos índiosterritorial de suaseu etniapovo, os [[Tupinambá de Olivença]]<ref name="osollo.com.br">http://www.osollo.com.br/online/index.php/cidadania/3678-buerarema-secretario-se-reune-com-tupinambas-para-negociar-demarcacao-de-terras-</ref>.
Estudos históricos e antropológicos detalham o processo de expropriação territorial sofrido pelos indígenas, sobretudo após a derrota do levante de Marcellino. "Nas décadas de 1940 e 1950, os Tupinambá de Olivença fixaram-se mais nas áreas de mata. No entanto, a colonização intensificou-se também nessa região. A privatização de terras por parte de não-índios envolveu permutas com os Tupinambá de Olivença baseadas em um sistema de 'laços de dívida', por meio do qual os Tupinambá acabaram entregando suas roças. Ao que tudo indica, foi principalmente na década de 1970 que a situação fundiária tornou ainda mais complicada a reprodução do modo de vida dos Tupinambá de Olivença."<ref>{{Citar web|url=https://pib.socioambiental.org/pt/Povo:Tupinamb%C3%A1_de_Oliven%C3%A7a#Hist.C3.B3rico_da_ocupa.C3.A7.C3.A3o|titulo=Tupinambá de Olivença - Povos Indígenas no Brasil|acessodata=2018-08-03|obra=pib.socioambiental.org|lingua=pt-BR}}</ref>
No início do século XXI, ganhou notoriedade o controverso índio Babau, que encabeça o movimento dos índios tupinambás reivindicando territórios de Olivença<ref name="osollo.com.br"/><ref>http://pib.socioambiental.org/pt/noticias?id=79921</ref>. fazendo uso da violência e coação contra as famílias de pequenos agricultores, obrigando-os a cadastrarem-se como indígenas para fortalecer o movimento indígena. No caso da família do agricultor se recusasse, estariam sujeitos a ameaças de morte e ter suas terras invadidas <ref>{{Citar web|url=http://noticias.band.uol.com.br/cidades/noticia/100000666624/ba-moradores-sao-coagidos-a-fazer-cadastro-como-indios-.html|titulo=BA: pessoas são coagidas a fazer cadastro na Funai Cidades|acessodata=2016-04-21|obra=Noticias Band.com.br}}</ref><ref name=":0">{{Citar web|url=http://www.correio24horas.com.br/detalhe/noticia/agricultor-assassinado-em-buerarema-avisou-a-ministros-que-estava-sob-ameaca-de-morte/?cHash=77fe44623188d771526a92f59b641181|titulo=Agricultor assassinado em Buerarema avisou a ministros que estava sob ameaça de morte|acessodata=2016-04-21|obra=www.correio24horas.com.br}}</ref> .
"A partir das décadas de 1980 e 1990, a percepção do confinamento territorial se fez sentir entre os Tupinambá de Olivença. Ficaram impossibilitados de abrir novas roças, estabelecer novas unidades residenciais ou mesmo se deslocar no território para ter acesso a recursos naturais vitais, como a mata, a piaçaba e os rios. As áreas de ocupação ficaram cada vez mais reduzidas, criando entre os Tupinambá uma sensação de 'claustrofobia'."<ref>{{Citar web|url=https://pib.socioambiental.org/pt/Povo:Tupinamb%C3%A1_de_Oliven%C3%A7a#Localiza.C3.A7.C3.A3o|titulo=Tupinambá de Olivença - Povos Indígenas no Brasil|acessodata=2018-08-03|obra=pib.socioambiental.org|lingua=pt-BR}}</ref>
O conflito culminou em 2014, quando depois de sofrer diversas ameaças, o pequeno agricultor Juraci Santana, representante do Assentamento Ipiranga, foi assassinado na frente da sua esposa e filha por três homens encapuzados<ref>{{Citar web|url=http://www.pimenta.blog.br/2014/02/14/tres-dias-depois-de-crime-assassinos-de-juraci-santana-continuam-soltos/|titulo=TRÊS DIAS DEPOIS DE CRIME, ASSASSINOS DE JURACI SANTANA CONTINUAM SOLTOS|acessodata=2016-04-21}}</ref>. O assentamento possuía cerca de 40 famílias e os caciques da região frequentemente assediavam os agricultores para que estes se tornassem autodeclarados tupinambás.<ref name=":0" /> No evento, a população da cidade foi tomada pela revolta, a tal ponto que o então Governador [[Jaques Wagner|Jacques Wagner]] solicitou ao Governo Federal a presença do [[Exército Brasileiro]] para exercer a GLO (Garantia da Lei e da Ordem)<ref>{{Citar web|url=http://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2014/02/12/policia-chama-o-exercito-para-conter-protestos-em-cidade-da-ba.htm|titulo=Polícia chama o Exército para conter protestos em cidade da BA - Notícias - Cotidiano|acessodata=2016-04-21|obra=Cotidiano}}</ref><ref>{{Citar web|url=http://g1.globo.com/bahia/noticia/2014/07/area-de-conflito-indigena-tem-reforco-policial-da-forca-nacional-e-pm-na-ba.html|titulo=Área de conflito indígena tem reforço policial da Força Nacional e PM na BA|acessodata=2016-04-21|obra=Bahia}}</ref>. Por ser considerado suspeito no assassinato do agricultor, foi emitido mandado de prisão para o cacique Babau. Ao tentar solicitar um passaporte para sair do país, foi constatado o mandado de prisão, e o cacique Babau se entregou sem resistência à Polícia Federal, porém cinco dias depois, uma decisão liminar do Superior Tribunal de Justiça determinou sua libertação, por estarem ausentes os requisitos legais exigidos para a aplicação de prisão temporária.<ref>{{Citar web|url=http://g1.globo.com/bahia/noticia/2014/05/apontado-como-suspeito-em-crime-cacique-babau-deixa-prisao-no-df.html|titulo=Apontado como suspeito em crime, Cacique Babau deixa prisão no DF|acessodata=2016-04-21|obra=Bahia}}</ref>
Em 2004, teve início o processo de demarcação da [[Terra Indígena Tupinambá de Olivença]], com aproximadamente 47 mil hectares e onde vivem cerca de 5 mil indígenas, distribuídos em mais de 20 comunidades<ref>{{Citar web|url=https://pib.socioambiental.org/pt/Povo:Tupinamb%C3%A1_de_Oliven%C3%A7a|titulo=Tupinambá de Olivença - Povos Indígenas no Brasil|acessodata=2018-08-03|obra=pib.socioambiental.org|lingua=pt-BR}}</ref>. Inicialmente, a terra indígena abrangia partes dos municípios de Buerarema, Ilhéus e Una. Contudo, em função de alteração nos limites municipais, a terra indígena hoje cobre partes dos municípios de Ilhéus, São José da Vitória e Una, não incidindo em Buerarema.
Em reintegrações de posse, é comum não haver resistência indígena no momento da reintegração; porém após a autoridade policial deixar o local, o agricultor fica novamente à mercê de invasões, inclusive com armas de fogo<ref>{{Citar web|url=http://atarde.uol.com.br/bahia/noticias/1291336-indios-tupinambas-mantem-a-ocupacao-em-buerarema|titulo=Índios tupinambás mantêm a ocupação em Buerarema|acessodata=2016-04-21|obra=Portal A TARDE}}</ref><ref>{{Citar web|url=http://g1.globo.com/bahia/noticia/2016/04/indios-reagem-integracao-de-posse-e-sao-presos-com-armas-no-sul-da-ba.html|titulo=Índios reagem a integração de posse e são presos com armas no sul da BA|acessodata=2016-04-21|obra=Bahia}}</ref><ref>{{Citar web|url=http://www.bene.blog.br/318-ilheus-policia-militar-prende-cacique-babau.html|titulo=Ilhéus: Polícia Militar prende cacique Babau|acessodata=2016-04-21|obra=www.bene.blog.br}}</ref>.
==Economia==
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