Rádio Clube (Ponta Grossa): diferenças entre revisões

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Outro programa lembrado é o ''Coisas do Sertão'' comandado por Nhô Fidêncio (Luiz Frederico) por 35 anos dedicado ao homem do campo, com o dialeto caipira vai dizendo "olha, vamos acordar", estimulando o estilo do programa no [[Rádio (telecomunicações)|rádio]] [[Brasil|brasileiro]]. Frederico teve um papel importante na história do rádio da cidade, ele trouxe seus conhecimentos que obteve em [[São Paulo (cidade)|São Paulo]] e em ensinou a locutores reconhecidos até hoje como Ney Costa, Nilson de Oliveira e Osires Nadal, algo como uma "rádio escola". A antecessora da [[Agência Nacional de Telecomunicações|Anatel]] obrigava que 60% das músicas fossem [[Música do Brasil|brasileiras]]. Era controlado qual palavra poderia se dizer e também os ruídos, [[Tosse|tosses]] não eram permitidos.
 
Viviane Durski, filha da Comadre Daisy comenta sobre sua experiência com radionovelas para a Revista Nuntiare:<blockquote>“Tudo começou quando eu tinha 16 anos. Fiz um teste de locução, passei e logo fui trabalhar no rádio-teatro. Era tudo muito difícil pela falta de estrutura, mas nós trabalhávamos por idealismo, por gostar mesmo”, desabafa Viviane.</blockquote><blockquote> A atriz, que atuou na lendária novela ''O Direito de Nascer'', conta com invejável bom humor as gafes, equívocos e falhas que ocorriam nos bastidores do rádio. Uma das dificuldades encontradas para se produzir um programa estava relacionada à sonoplastia. “Uma vez precisávamos do som de um gato miando, então uma das atrizes levou ao estúdio um bichano que emitia tal som, bastando, para isto, um leve apertão. Na hora H, o gato recusou-se a cooperar e a própria atriz  teve de fazer o ‘miau’. Foi um desastre”, relembra Durski.</blockquote><blockquote> Os programas de rádio em sua fase inicial eram praticamente artesanais. Transmitidos ao vivo, exigiam dos atores muita disciplina e talento. Mas o esforço era compensado pela audiência, que atingia quase 100%.</blockquote><blockquote> Com relação ao rádio de hoje, Viviane demonstra profunda decepção. Segundo ela, os programas estão muito despreocupados, limitados aos diálogos com o ouvinte. “Antes o rádio era mais criativo. Havia preocupação de se fazer programas diferentes para o público. Até as músicas tinham letras mais expressivas e bonitas”, finaliza a atriz.</blockquote>''(Ana Paula de Souza, Silmara Juliana de Oliveira - Revista Nuntiare – ano I, nº 1 – junho de 1998 – página 25)''
Viviane Durski, filha da Comadre Daisy comenta sobre sua experiência com radionovelas para a Revista Nuntiare:
 
“Tudo começou quando eu tinha 16 anos. Fiz um teste de locução, passei e logo fui trabalhar no rádio-teatro. Era tudo muito difícil pela falta de estrutura, mas nós trabalhávamos por idealismo, por gostar mesmo”, desabafa Viviane.
 
 A atriz, que atuou na lendária novela ''O Direito de Nascer'', conta com invejável bom humor as gafes, equívocos e falhas que ocorriam nos bastidores do rádio. Uma das dificuldades encontradas para se produzir um programa estava relacionada à sonoplastia. “Uma vez precisávamos do som de um gato miando, então uma das atrizes levou ao estúdio um bichano que emitia tal som, bastando, para isto, um leve apertão. Na hora H, o gato recusou-se a cooperar e a própria atriz  teve de fazer o ‘miau’. Foi um desastre”, relembra Durski.
 
 Os programas de rádio em sua fase inicial eram praticamente artesanais. Transmitidos ao vivo, exigiam dos atores muita disciplina e talento. Mas o esforço era compensado pela audiência, que atingia quase 100%.
 
 Com relação ao rádio de hoje, Viviane demonstra profunda decepção. Segundo ela, os programas estão muito despreocupados, limitados aos diálogos com o ouvinte. “Antes o rádio era mais criativo. Havia preocupação de se fazer programas diferentes para o público. Até as músicas tinham letras mais expressivas e bonitas”, finaliza a atriz.
 
''(Ana Paula de Souza, Silmara Juliana de Oliveira - Revista Nuntiare – ano I, nº 1 – junho de 1998 – página 25)''
 
==== A receptividade do auditório e do público ====