Lyndon B. Johnson: diferenças entre revisões

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De acordo com o conselheiro de Kennedy, [[Myer Feldman]], e o próprio JFK, é difícil determinar precisamente o jeito que Johnson acabou recebendo a nomeação para ser vice-presidente. Kennedy sabia que ele não poderia se eleger sem o apoio dos [[Partido Democrata (Estados Unidos)|democratas]] do [[Região Sul (Estados Unidos)|sul]], que apoiavam Johnson (que era nativo daquela região); mesmo assim, líderes trabalhistas e de sindicatos não gostavam de Johnson. Após muita discussão, Kennedy ofereceu a Lyndon a vice-presidência durante um encontro no [[Millennium Biltmore Hotel|Hotel Los Angeles Biltmore]] em 14 de julho de 1960 e Johnson aceitou.<ref>Dallek 1991, pp. 578–582.</ref>
 
Seymour Hersh afirmou que [[Robert F. Kennedy]] odiava Johnson por ter atacado a [[família Kennedy]] e mais tarde afirmou que a posição de vice só foi oferecida a Lyndon como cortesia, esperando que ele recusasse. [[Arthur M. Schlesinger Jr.]] concordava com a versão de Robert Kennedy dos eventos e afirmou que John Kennedy preferiria [[Stuart Symington]] para ser seu [[Running mate|running-mate]], afirmando que Johnson havia se juntado ao [[Presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos|Presidente da Câmara]], [[Sam Rayburn]], a pressionar Kennedy a indicar LBJ.<ref>Seymour M. Hersh, ''The Dark Side of Camelot'', 1997, Chapter 12.</ref> Já biografo Robert Caro oferecia uma perspectiva diferente. Ele escreveu que a campanha de Kennedy estava desesperada para ganhar as [[Eleição presidencial nos Estados Unidos em 1960|eleições de novembro de 1960]] contra o então vice-presidente [[Richard Nixon]] e o senador [[Henry Cabot Lodge Jr]]. Johnson era necessário para conseguir apoio dos [[Região Sul (Estados Unidos)|estados do sul]] (especialmente o [[Texas]]). As lideranças da campanha de Kennedy estabeleceram como uma das prioridades conseguir os votos do Texas e a única forma era através de Johnson. Uma reunião foi arquitetada entre JFK e LBJ. O governador da Pensilvânia, [[David L. Lawrence]], um apoiador de Johnson, também estava presente. Na conversa, Lyndon expressou preocupação com o fato dos apoiadores de Kennedy que, em sua maioria, não gostavam dele. As diferenças acabaram sendo superadas e foi então acertado que Kennedy e Johnson estariam na chapa juntos como candidatos a presidente e vice, respectivamente, pelo Partido Democrata. [[Kenneth O'Donnell]], um membro do alto escalão da campanha de Kennedy, estava irritado pois ele achava a nomeação de Johnson uma traição, afirmando que ele era anti-trabalhista e anti-[[Liberalismo americano|liberal]] ([[Progressismo|progressista]]).<ref name="Caro 2012, pp. 121–135.">Caro 2012, pp. 121–135.</ref>
 
Robert Kennedy, que nunca confiou em Johnson, tentou convence-lo a mudar de ideia e se tornar o presidente do Partido Democrata ao invés de candidato a vice do chefe do poder executivo. Johnson afirmou que só desistiria se o pedido viesse diretamente de John Kennedy. Este por sua vez estava determinado a seguir com Johnson e se reuniu com líderes da sua campanha, como [[Larry O'Brien]], para acertar a confirmação de Johnson como seu vice.<ref name="Caro 2012, pp. 121–135."/> Quando John e Robert Kennedy se encontraram com seu pai, [[Joseph P. Kennedy, Sr|Joe]], logo depois este afirmou que a decisão de indicar Johnson como running mate foi uma coisa muito esperta já que seria difícil conquistar o sul. Muitos sulistas viam Kennedy como um nortista liberal e a presença do texano Lyndon Johnson os persuadiria a votar nos democratas ainda.<ref>Caro 2012, p. 142.</ref>
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===Financiamento federal para educação===
 
Johnson, que havia subido na vida por causa do sistema de educação pública do Texas, acreditava que a educação era a cura para ignorância e pobreza, e era um componente essencial para o "[[Sonho Americano]]", especialmente para [[minoria]]s.<ref>Bernstein 1996, pp. 183–213.</ref> Ele fez do investimento em educação uma das prioridades da sua agenda doméstica, a chamada "Grande Sociedade", com ênfase em ajudar crianças pobres. Após sua grande vitória nas eleições de 1964, com muitos congressistas [[Liberalismo americano|liberais]] de [[Esquerda (política)|esquerda]], LBJ lançou várias iniciativas legislativas, como a Lei de Educação Elementar e Secundária (ou ''ESEA'', em inglês) de 1965. Com esta lei, o orçamento federal para edução dobrou, de US$ 4 bilhões para US$ 8 bilhões de dólares.<ref>Dallek 1988, pp. 195–198.</ref> Este projeto é considerado uma das maiores conquistas da presidência de Johnson.<ref>Dallek 1988, pp. 200–201.</ref>
 
Pela primeira vez, enormes quantidades de dinheiro federal foi injetado no ensino público. O ESEA ajudava escolas públicas em todos os distritos, com mais dinheiro indo para locais onde a concentração de pobreza era maior (incluindo grandes cidades). Escolas privadas também receberam incentivos monetários, como financiamento para reformas, construções de bibliotecas. Na verdade, cerca de 12% do dinheiro público foi para o ensino privado. Apesar do dinheiro vir do governo federal, este era administrado por autoridades locais e em 1977 foi reportado que menos da metade desse dinheiro realmente atingia crianças de famílias de baixa renda. Especialistas afirmavam também que o projeto não foi tão eficiente pois o problema da pobreza infantil estava mais ligado as condições de vida da família e da infraestrutura das comunidades do que a qualidade da educação. Estudos iniciais realmente mostraram melhoras na qualidade de vida das crianças pobres por causa da ESEA, através de programas de leitura e matemática, mas as melhorias minguaram com o tempo. O segundo maior projeto de educação feito por Johnson foi a Lei de Educação Superior de 1965, que focou em financiar estudantes de baixa renda para facilitar sua entrada e permanência nas universidades. O programa pagou por bolsas, programas de estudo-trabalho e empréstimos.<ref>Bernstein 1996, p. 195.</ref>