Região Sul do Brasil: diferenças entre revisões

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A '''Região Sul do Brasil''' é a menor das cinco [[Regiões do Brasil|regiões do país]],<ref name="Regioes do Brasil">{{citar web|url=http://www.brasilescola.com/brasil/a-regiao-sul.htm|título=A Região Sul|autor=Wagner de Cerqueira e Francisco|data=2012|publicado=Brasil Escola|acessodata=20 de maio de 2012}}</ref> com área territorial de {{fmtn|576774.31|km²}},<ref name="IBGE_Área"/> sendo maior que a área da [[França]] metropolitana e menor que o estado brasileiro de [[Minas Gerais]]. Faz parte da [[Região geoeconômica Centro-Sul do Brasil|Região Centro-Sul do Brasil]].<ref>{{citar web|url = http://www.brasilescola.com/brasil/as-regioes-geoeconomicas-brasil.htm|título = As regiões geoeconômicas do Brasil|autor = CERQUEIRA E FRANCISCO, Wagner de|publicado = Brasil Escola|acessodata = 20 de maio de 2012}}</ref> Divide-se em três unidades federativas: [[Paraná]], [[Santa Catarina]] e [[Rio Grande do Sul]],<ref name="Regioes do Brasil"/> sendo limitada ao norte pelos estados de [[São Paulo (estado)|São Paulo]] e [[Mato Grosso do Sul]], ao sul pelo [[Uruguai]], a oeste pelo [[Paraguai]] e pela [[Argentina]], além de ser banhada a leste pelas águas do [[oceano Atlântico]].<ref name="Regioes do Brasil"/> É única região brasileira localizada na porção sul abaixo da zona tropical, com as estações do ano variando nitidamente; contudo, a parte norte situa-se acima do [[Trópico de Capricórnio]].<ref name="Regioes do Brasil"/> No inverno, caem geadas e, com maior raridade, neve.<ref name="Regioes do Brasil"/> O relevo da Região Sul do Brasil tem uma pequena quantidade de acidentes geográficos, predominando um grande planalto, geralmente, de pequena elevação.<ref name="Relief">MOREIRA, Amélia Alba Nogueira; LIMA, Gelson Rangel. ''Relevo''. In: IBGE. Diretoria Técnica. ''Geografia do Brasil''. Rio de Janeiro: SERGRAF, 1977. v. 5, p. 1-34</ref>
 
A maior característica da Região Sul do Brasil é o modo de [[colonização]] e o tipo de colonizadores recebidos.<ref name=":0">{{Harvnb|Arruda 1988}}, p. 7470.</ref> A Região Sul do Brasil começou a ser colonizada durante os [[século]]s [[século XVII|XVII]] e [[século XVIII|XVIII]].<ref name=":0">{{Harvnb|Arruda 1988}}, p. 7470.</ref> Em 1648, os [[portugueses]] foram os fundadores da vila de [[Paranaguá]], a mais antiga cidade da Região Sul do Brasil e do Paraná.<ref name=":0" /> As populações alóctones recebidas pela região foram uma pequena quantidade de escravos africanos, porém, uma grande quantidade de imigrantes vieram do [[Uruguai]], da [[Argentina]], dos [[Açores]], da [[Espanha]], da [[Alemanha]], da [[Itália]], da [[Polónia|Polônia]], da [[Ucrânia]], dos [[Países Baixos]], entre outros.<ref name=":0" /> A característica populacional dada pelos europeus que contribuíram para o processo de formação da sociedade brasileira do [[século XIX]] foi a predominante etnia caucasiana,<ref name=":0" /> sendo deixadas na paisagem características dos países de onde originaram (casas, transportes, uso do solo). Os europeus foram os introdutores do sistema de pequenas e médias fazendas.<ref name=":0" /> A ciência agrícola trazida da [[Europa]] para o Sul do Brasil foi a [[viticultura]], adaptada à [[Serra Gaúcha]].<ref name=":0" />
 
A população das cidades da Região Sul cresceu muito nos anos mais recentes.<ref>{{citar livro|título = Geografia do Brasil|sobrenome = |nome = |local = Rio de Janeiro|editora = IBGE|volume = 5|ano = 1977|página = 155-163|autores = Ruth da Cruz Magnanini & Ariadne Soares Souto Maior}}</ref> As [[Lista de municípios do Brasil acima de cem mil habitantes|cidades mais populosas]] da Região Sul do Brasil são, em ordem de quantidade de moradores, [[Curitiba]] e [[Porto Alegre]].<ref>{{citar web|url = http://www.alunosonline.com.br/geografia/ascidadesmaispopulosasdobrasil.html|título = As cidades mais populosas do Brasil|autor = CERQUEIRA E FRANCISCO, Wagner de|publicado = AlunosOnline.com.br|acessodata = 26 de maio de 2012}}</ref> O [[Desenvolvimento econômico|desenvolvimento industrial]] foi iniciado nas décadas mais recentes principalmente no Rio Grande do Sul, nordeste de Santa Catarina e [[Região Metropolitana de Curitiba]].<ref>{{citar web|url = http://www.brasilescola.com/brasil/a-industria-na-regiao-sul.htm|título = A indústria na Região Sul|autor = FREITAS, Eduardo|publicado = Brasil Escola|acessodata = 26 de maio de 2012}}</ref> Na região de [[Criciúma]], em Santa Catarina, estão localizadas quase a totalidade das reservas de exploração de carvão no Brasil.<ref>{{citar web|url = http://educacao.uol.com.br/geografia/carvao-mineral-a-fonte-energetica-mais-utilizada-depois-do-petroleo.jhtm|título = Carvão mineral: A fonte energética mais utilizada depois do petróleo|autor = PAREJO, Luiz Carlos|publicado = UOL Educação|acessodata = 26 de maio de 2012}}</ref> O [[Potencial hidrelétrico|potencial energético]], que as inúmeras cachoeiras dos rios das bacias hidrográficas do [[Bacia do rio Paraná|Paraná]] e do [[Bacia do rio Uruguai|Uruguai]] representam, hoje se aproveita muito nas [[Usina hidrelétrica|usinas hidrelétricas]] como a de [[Usina Hidrelétrica de Machadinho|Machadinho]], próximo a [[Piratuba]].<ref>{{citar web|url = http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/economia/noticia/2012/05/usina-hidreletrica-de-machadinho-volta-a-operar-depois-de-46-dias-parada-por-causa-da-estiagem-3765080.html|título = Usina hidrelétrica de Machadinho volta a operar depois de 46 dias parada por causa da estiagem|autor = FERREIRA, Marielise|data = 21 de maio de 2012|publicado = Jornal Zero Hora de Porto Alegre|acessodata = 26 de maio de 2012}}</ref>
 
A Região Sul propriamente dita é um grande polo turístico, econômico e cultural, abrangendo grande influência europeia, principalmente de origem [[Itália|italiana]]<ref>{{citar web|url = http://www.infoescola.com/geografia/imigracao-italiana-no-brasil/|título = Imigração Italiana no Brasil|autor = PACIEVITCH, Thais|data = 22 de dezembro de 2008|publicado = IinfoEscola.com|acessodata = 23 de maio de 2012}}</ref> e [[Alemães|germânica]].<ref>{{Citar web |url = http://www.dw-world.de/dw/article/0,,1195367,00.html|publicado = Dw-world.de|título = As diferentes fases da imigração alemã no Brasil - Alemanha - Deutsche Welle|data =|obra =}}</ref> A região Sul apresenta índices sociais acima da média brasileira e das demais regiões em vários aspectos: possui o maior [[Índice de Desenvolvimento Humano]] (IDH) do [[Brasil]], 0,756,<ref name="IDH_2010" /> e o terceiro maior [[Produto interno bruto|Produto Interno Bruto]] (PIB) per capita do país.<ref>[[IBGE]]. ''[http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/economia/contasregionais/2009/default_pdf.shtm Contas Regionais do Brasil - 2005-2009]: [http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/economia/contasregionais/2009/contasregionais2009.pdf Tabela 8 - Produto Interno Bruto, população residente e Produto Interno Bruto per capita, segundo as Grandes Regiões e as Unidades da Federação - 2009 (página 27)]''. Acessado em 23 de novembro de 2011.</ref> A região é também a mais alfabetizada, 95,2% da população, e a com menor incidência de pobreza.<ref>{{citar web |url = http://www.censo2010.ibge.gov.br/sinopse/index.php?dados=P6&uf=00|titulo = Síntese dos Indicadores Sociais 2010|trabalho = Tabela 8.2 - Taxa de analfabetismo das pessoas de 10 anos ou mais de idade, por cor ou raça, segundo as Grandes Regiões, Unidades da Federação e Regiões Metropolitanas - 2010|publicado = Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)|acessodata = 2 de maio de 2011}}</ref> Sua história é marcada pela grande imigração europeia,<ref>{{Citar web |url = http://www.brasilescola.com/brasil/imigracao-no-brasil.htm|título = Imigração no Brasil|autor = Brasil Escola|acessodata = 23 de julho de 2012}}</ref> pela [[Guerra dos Farrapos]],<ref>{{Citar web |url = http://www.brasilescola.com/historiab/revolucao-farroupilha.htm|publicado = Brasil Escola|título = Revolução Farroupilha (1835–1845)|autor = SOUSA, Rainer|acessodata = 23 de julho de 2012}}</ref> e pela [[Revolução Federalista]],<ref>{{Citar web |url = http://educacao.uol.com.br/historia-brasil/ult1689u51.jhtm|publicado = Educacao.uol.com.br|título = Revolução Federalista - História do Brasil - UOL Educação|data =}}</ref> com seu principal evento o [[Cerco da Lapa]].<ref>{{citar web|url = http://www.gazetadopovo.com.br/turismo/conteudo.phtml?id=877564|título = Cerco da Lapa: um episódio que durou 26 dias e marcou a vida da população|autor = Gazeta do Povo|data = 16 de abril de 2009|acessodata = 26 de maio de 2012}}</ref> Outra revolta ocorrida na história da região foi a [[Guerra do Contestado]],<ref>{{citar web|url = http://www.mercator.ufc.br/index.php/mercator/article/viewFile/300/290|título = Território do Contestado (SC-PR) e redes geográficas temporais|autor = FRAGA, Nilson Cesar|data = agosto de 2010|publicado = Revista Mercator|acessodata = 1 de julho de 2012}}</ref> entre os anos de 1912 e 1916.
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}}
 
O território da atual Região Sul do Brasil foi habitado originalmente pelos [[Povos ameríndios|povos&nbsp;indígenas]], principalmente os [[guaranis]]&nbsp;([[Mbiás|mbyás]]),<ref>{{citar web|url = http://websmed.portoalegre.rs.gov.br/escolas/montecristo/03almanq/estrs.htm|título = Rio Grande do Sul|autor = Escola Municipal Vila Monte Cristo|publicado = Secretaria Municipal da Educação de Porto Alegre|acessodata = 19 de julho de 2012}}</ref> os&nbsp;[[Caingangues|kaingangs]]<ref>{{citar web|url = http://websmed.portoalegre.rs.gov.br/escolas/montecristo/03almanq/estpr.htm|título = Paraná|autor = Escola Municipal Vila Monte Cristo|publicado = Secretaria Municipal da Educação de Porto Alegre|acessodata = 19 de julho de 2012}}</ref> e os&nbsp;[[carijós]].<ref>{{citar web|url = http://websmed.portoalegre.rs.gov.br/escolas/montecristo/03almanq/estsc.htm|título = Santa Catarina|autor = Escola Municipal Vila Monte Cristo|publicado = Secretaria Municipal da Educação de Porto Alegre|acessodata = 19 de julho de 2012}}</ref> Posteriormente, ocorreu a chegada dos padres espanhóis da [[Companhia de Jesus]] para a catequização dos indígenas.<ref name=":5" /> Os padres jesuítas foram os fundadores de aldeias que chamavam-se [[missões]] ou reduções.<ref name=":5" /> Os indígenas que passavam a sua vida nas missões eram criadores de gado, [[Agricultura|agricultores]] e aprendizes de ofícios.<ref name=":5" />
 
Os [[bandeirantes]] da [[Capitania de São Paulo]] chegaram a atacar as missões jesuíticas para o aprisionamento dos indígenas.<ref name=":5">{{citar web|url = http://www.urisan.tche.br/~iphan/upload/downloads/file1.pdf|título = A formação histórica dos municípios da região das Missões do Brasil|autor = RAMOS, Antonio Dar|data = 25 de janeiro de 2006|publicado = Campus Santo Ângulo da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões|acessodata = 19 de julho de 2012}}</ref> Por essa razão, o local de residência dos jesuítas e dos indígenas foi abandonado.<ref name=":5">{{citar web|url = http://www.urisan.tche.br/~iphan/upload/downloads/file1.pdf|título = A formação histórica dos municípios da região das Missões do Brasil|autor = RAMOS, Antonio Dar|data = 25 de janeiro de 2006|publicado = Campus Santo Ângulo da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões|acessodata = 19 de julho de 2012}}</ref> Pouco a pouco, uma grande quantidade de [[São Paulo (estado)|paulistas]] foram sendo fixados na [[Relevo de Santa Catarina#Litoral|costa catarinense]].<ref name="Historia de Itajai">{{citar web|url = http://www.itajai.sc.gov.br/c/historia#.VdttA_lVikq|título = História|autor = Prefeitura de Itajaí|acessodata = 19 de julho de 2012}}</ref> Os paulistas foram os fundadores dos municípios mais antigos do litoral, como [[Paranaguá]], [[Florianópolis]], [[Laguna (Santa Catarina)|Laguna]] e [[São Francisco do Sul]], por exemplo.<ref name="Historia de Itajai" />
 
=== Tropeirismo, conflitos territoriais e tratados internacionais ===
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Cristóvão de Abreu também instalou sua própria estância, situada entre o Canal de Rio Grande e a planície de Quintão. Mas o seu grande feito seria estabelecer um caminho por terra entre os pampas e o mercado que clamava por gado.</ref> Os tropeiros, que transportavam o gado muar para a [[Feira de muares de Sorocaba|Feira de Sorocaba]], eram os primeiros devotos de [[Nossa Senhora das Brotas (Piraí do Sul)|Nossa Senhora das Brotas]] entre os séculos XVIII e XIX.<ref name="sessenta">Hussmann, Guido. ''A Paróquia do Senhor Menino Deus e o Santuário de Nossa Senhora das Brotas''. Editora Vozes Ltda. Petrópolis, RJ 1964. p. 60.</ref>
 
Para a defesa das estâncias que os tropeiros criaram, o [[Lista de monarcas de Portugal|rei de Portugal]] determinou a construção de [[Fortaleza (arquitetura militar)|fortes militares]] na região.<ref group="nota">Remonta a uma fortificação iniciada pelo engenheiro militar, brigadeiro José da Silva Paes, em 19 de fevereiro de 1737, em área fortificada provisoriamente pelo lado da campanha pelo coronel de ordenanças Cristóvão Pereira de Abreu (importante criador português de gado), que o aguardava em terra, e destinava-se a servir de alojamento à tropa de 1ª Linha da expedição. Este presídio (colônia militar), sob a invocação de Jesus, Maria, José (Presídio de Jesus, Maria, José), constituiu o núcleo da Colônia do Rio Grande de São Pedro (Colônia de São Pedro), fundada oficialmente em Maio de 1737, consoante as ordens recebidas do governador da Capitania do Rio de Janeiro, Gomes Freire de Andrade (1733-1763). A escolha de seu local, bem como sua colonização com o estabelecimento de estâncias de gado, permitia apoiar as comunicações por terra entre Laguna e a Colônia do Sacramento, bem como oferecia ancoradouro seguro às comunicações marítimas naquele trecho da costa, particularmente hostil à navegação.</ref> Nos arredores dos fortes, ocorreu o surgimento de [[povoado]]spovoados.<ref>{{citar web|url = http://www.bage.rs.gov.br/historia.php|título = História|autor = Prefeitura de Bagé|acessodata = 20 de julho de 2012}}</ref> Durante uma grande quantidade de anos, [[Portugal]] e [[Espanha]] guerrearam para se empossarem das terras do Sul.<ref>{{citar web |url = http://www.arqnet.pt/exercito/brasil12.html|título = As Campanhas no Brasil, 12: Conclusão|acessodata = 17 de janeiro de 2010|publicado = O Portal da História}}</ref> As brigas foram continuadas e somente foram solucionadas com os tratados assinados.<ref name="Tratado de Madrid3">{{citar web|url = http://historiaaberta.com.sapo.pt/lib/doc016a.htm|título = O Tratado de Madrid (ou dos Limites) (II)|data = 1750|publicado = História Aberta|acessodata = 20 de julho de 2012}}</ref> Esses tratados foram os acordos determinantes dos limites das terras que localizam-se no sul do Brasil.<ref name="Tratado de Madrid3">{{citar web|url = http://historiaaberta.com.sapo.pt/lib/doc016a.htm|título = O Tratado de Madrid (ou dos Limites) (II)|data = 1750|publicado = História Aberta|acessodata = 20 de julho de 2012}}</ref>
 
=== Chegada dos imigrantes, povoamento recente e desenvolvimento agropecuário ===
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O '''[[planalto Meridional]]''' constitui-se de rochas de velhos sedimentos (arenitos) e extensas rochas de erupções de magmas (basaltos). Encontra-se subdividido em:<ref name="Relief">MOREIRA, Amélia Alba Nogueira; LIMA, Gelson Rangel. ''Relevo''. In: IBGE. Diretoria Técnica. ''Geografia do Brasil''. Rio de Janeiro: SERGRAF, 1977. v. 5, p. 1-34</ref>
 
* '''[[Planalto arenito-basáltico|planalto Arenito-basáltico]]''', que forma ''[[cuesta]]s'', chamadas de [[serra]]s — [[Serra Geral (sul do Brasil)|Serra Geral]] ([[Santa Catarina]]) e coxilhas ([[Rio Grande do Sul]]);<ref name="Relief" />
* '''[[depressão Periférica]]''', que chama-se [[Segundo planalto paranaense|planalto dos Campos Gerais]] (Paraná) e [[Depressão Central]] (Rio Grande do Sul).<ref name="Relief" />
 
O '''[[planalto Cristalino]]''' forma-se de velhas rochas de [[cristal|cristais]] junto à costa e das [[montanha]]s da [[serra do Mar]]. Nas regiões de menor altitude e de maior ondulação no sul, são caracterizadas as serras, com suas numerosas coxilhas.<ref name="Relief" />
 
Na '''[[Planície]] [[costa|Costeira]] ou [[Planície Litorânea do Brasil|Litorânea]]''', são visíveis [[vale]]s menores, que encaixam-se nos planaltos, e uma extensão de [[Planície Litorânea do Brasil|planície litorânea]], que ora vai se estreitando, ora vai se alargando. Nesta planícies encontram-se presentes [[restinga]]s, [[lagoa]]slagoas costeiras, [[praia|balneários naturais]] e [[duna]]s.<ref name="Relief" />
 
A Região Sul do Brasil tem um '''clima subtropical''' . As [[temperatura]]s são variáveis de 16&nbsp;°C até 20&nbsp;°C, com muita [[amplitude térmica]]. As precipitações pluviométricas entre 1 200&nbsp;mm e 2 000&nbsp;mm, têm boa distribuição o ano inteiro.<ref name="Climate">NIMER, Edmon. ''Clima''. In: IBGE. Diretoria Técnica. ''Geografia do Brasil''. Rio de Janeiro: SERGRAF, 1977. v. 5, p. 35-79.</ref>
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Na '''[[Floresta ombrófila mista|Mata das Araucárias]]''' são encontradas espécies de grande utilidade, como o [[Araucária|pinheiro-do-paraná]] e a [[Ocotea porosa|imbuia]]. A '''Mata Atlântica''' localiza-se juntamente à costa.<ref name="Vegetation">{{citar livro|autor=ALONSO, Maria Therezinha Alves|título=Geografia do Brasil|local=Rio de Janeiro|editora=IBGE|ano=1977|página=81-109|volume=5}}</ref>
 
Os '''campos do sul''' ou do planalto, que também chamam-se '''[[Pampa]]''', no Rio Grande do Sul, são o [[bioma]] constituinte de paisagens naturais de excelência.<ref name="Vegetation" />
 
=== Geomorfologia ===
A Região Sul do Brasil se localiza na [[zona temperada]] do sul, enquanto a sua parte norte está localizada na [[zona tropical]].<ref name="Regioes do Brasil"/> O [[clima]] da Região Sul do Brasil encontra-se apresentado com uniformidade, variando pouco. Mas ambas as paisagens de contraste são apresentadas quase sempre pelos demais elementos que pertencem à [[natureza]] sul-brasileira: [[Relevo (geografia)|relevo]] com extensão de [[planalto]]s e [[planície]]s de menor comprimento, [[hidrografia]] com bacias fluviais de maior tamanho (a do [[Rio Paraná|Paraná]] e a do [[Rio Uruguai|Uruguai]]) e as demais de tamanho pequeno, e [[vegetação]] na qual há [[Floresta|florestas]] alternadas com [[campo (bioma)|campos]]. Sendo continuamente considerados estes contrastes, será compreendido com maior facilidade o quadro natural da Região Sul do Brasil.<ref name="Relief">MOREIRA, Amélia Alba Nogueira; LIMA, Gelson Rangel. ''Relevo''. In: IBGE. Diretoria Técnica. ''Geografia do Brasil''. Rio de Janeiro: SERGRAF, 1977. v. 5, p. 1-34</ref>
 
O relevo sul-brasileiro encontra-se sob o domínio, na maioria do seu território, de ambas as divisões do [[planalto Brasileiro]]: o [[Serras e planaltos do Leste e do Sudeste|planalto Atlântico]] (ou Serras e Planaltos do Leste e do Sudeste) e o [[planalto Meridional]]. Nesta região, o planalto Atlântico denomina-se [[planalto Cristalino]], e o Meridional subdivide-se em ambas as porções: [[Planalto arenito-basáltico|Arenito-basáltico]] e [[depressão Periférica]]. Na região aparecem ainda certas planícies.<ref name="Relief" /> O ponto mais elevado da região sul é o [[Pico Paraná]], com 1922 metros de [[Altitude]], localizado no estado do Paraná. Porém o [[Morro da Igreja]] está situado a 1.822 metros de altitude, sendo o ponto habitado mais alto da região Sul e onde foi registrada, não oficialmente, a temperatura mais baixa do Brasil: -17,8&nbsp;°C, em [[29 de junho]] de [[1996]].<ref name="dados do Estado">{{Citar web |url = http://portaldeurubici.com.br/urubici-na-midia/siberia-brasileira-no-sul-do-brasil/|publicado = www.portaldeurubici.com.br|título = Sibéria brasileira no sul do Brasil, Fantástico|data = 18 de junho de 2006|autor = Rede Globo|acessodata = 26 de agosto de 2015}}</ref>
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:*'''[[Planalto arenito-basáltico|Planalto Arenito-Basáltico]]:''' Nele, o [[basalto]] (de maior dureza) e o [[arenito]], diferentemente resistentes à [[erosão]], são os formadores das ''[[cuesta]]s'', que chamam-se localmente de "serras", exemplificando, a serra Geral, em Santa Catarina.<ref name="Relief" />
:* '''[[Depressão Periférica]]:''' Unidade geomorfológica de pouco comprimento e [[altitude]] que chama-se planalto dos Campos Gerais ou [[segundo planalto paranaense]], no Paraná, e [[depressão Central]], no Rio Grande do Sul.<ref name="Relief" />
:* '''[[Serras de Sudeste|Escudo Sul-Rio-Grandense]]:''' Planalto o qual chama-se Serras de Sudeste, localizado no [[sudeste]] do Rio Grande do Sul, caracteriza-se pelas [[Coxilha (relevo)|coxilhas]], os quais são formas de relevo com ondulações de [[Morro|colinas]].<ref name="Relief" />
 
A região é possuidora ainda de vales menores as quais encaixam-se em ambos os imensos planaltos (Cristalino e Meridional) e uma extensão de planície litorânea, juntamente à costa. No Paraná, a planície mais destacada é a [[Relevo do Paraná#Litoral|Baixada Paranaense]] e, no Rio Grande do Sul, são salientadas as presentes [[restinga]]s que servem de "fechamento" de enseadas e que são formações de lagoas litorâneas, como a [[lagoa dos Patos]] e a [[lagoa Mirim]]. Em Santa Catarina, a [[Relevo do Paraná#Litoral|planície litorânea]] tem pouco comprimento, acima de tudo no norte, e dessa forma é continuada pelo litoral do Paraná, pelo no qual são formados belos [[praia|balneários]], [[duna]]s ou ainda [[restinga]]s.<ref name="Relief" />
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{{Artigo principal|[[Clima da região Sul do Brasil]]}}
 
[[Imagem:Neve na SC-438 em São Joaquim.JPG|thumb|[[Neve]] na zona rural de [[São Joaquim (Santa Catarina)|São Joaquim]], [[Santa Catarina]], em 2010.]]
 
No [[Brasil]], país em que predomina o clima [[tropical]], apenas a Região Sul encontra-se sob o domínio do [[clima subtropical]] (um clima de transição entre o tropical predominante no Brasil e o [[temperado]], predominante na [[Argentina]]), ou seja, o [[clima]] típico desta região é mais frio em comparação ao clima tropical, e é onde são registradas as mais baixas temperaturas do país. Nesse clima, as temperaturas variam de 16&nbsp;°C a 20&nbsp;°C ao ano, porém, o [[inverno]] é costumeiramente muito [[frio]] para os padrões brasileiros, com frequência de [[geada]]s na quase totalidade das áreas, e em lugares onde há altitudes de maior elevação, [[neve]] cadente. As [[estação do ano|estações do ano]] apresentadas possuem grande diferenciação e a amplitude térmica anual é relativamente muito grande. As [[chuva]]s, na quase totalidade do [[região|território regional]], são distribuídas regularmente durante todo o [[ano]], entretanto, no Norte do Paraná — transição para a [[zona intertropical]] — as chuvas são concentradas nos [[mês|meses]] de [[verão]].<ref name="Climate">NIMER, Edmon. ''Clima''. In: IBGE. Diretoria Técnica. ''Geografia do Brasil''. Rio de Janeiro: SERGRAF, 1977. v. 5, p. 35-79.</ref>
 
Também podem ser encontradas características tropicais nas [[litoral|baixadas litorâneas]] do Paraná e Santa Catarina, onde as temperaturas estão acima de 20&nbsp;°C e, principalmente, há queda de chuvas no verão.<ref name="Climate" />
 
As [[Temperatura termodinâmica|temperaturas]] também são afetadas pelos [[vento]]s. No verão, as temperaturas aumentam por causa do [[calor]] e da [[umidade]] dos [[ventos alísios]] que vêm do [[sudeste]], depois as chuvas caem com força. O inverno no Sul do Brasil é muito [[frio]] com geada e [[neve]] por causa das [[frente fria|frentes frias]] que são [[massa de ar|massas de ar]] vindas do [[Pólo Sul]]. Esse vento frio é chamado de [[Minuano (vento)|minuano]] ou pampeiro pelos paranaenses, catarinenses e gaúchos.<ref name="Climate" />
 
É importante ressalvar, que as características contidas no clima da região Sul do Brasil, têm grande influência graças à Massa Polar Atlântica (MPA) que é fria e [[umidade|úmida]]. A mesma origina-se no anticiclone situado ao sul da [[Patagônia]]. Sua atuação é mais intensa no inverno, com presença marcante nas regiões Sul e [[Região Sudeste do Brasil|Sudeste]]. Pode atingir outras regiões como a [[Amazônia]], onde a mesma se enfraquecera.<ref name="Climate" />
 
=== Hidrografia ===
[[Ficheiro:Cataratas.jpg|thumb|esquerda|Vista aérea das [[Cataratas do Iguaçu]] ([[Paraná|PR]]), na [[Fronteira Argentina–Brasil|fronteira do Brasil com a Argentina]].]]
 
Devido à localização da [[serra do Mar]] e da [[serra Geral (Sul)|Serra Geral]], nas proximidades do [[litoral]], o relevo do Sul é inclinado para o interior, fazendo com que a maioria dos [[rio]]s do Sul seja de planalto, seguindo no sentido [[leste]]-[[oeste]]. Esses rios são concentrados em duas grandes bacias hidrográficas: a [[bacia do rio Paraná]] e a [[bacia do rio Uruguai]], ambas as subdivisões que fazem parte da [[Bacia Platina]]. Os rios de maior importância têm grande volume de água e são possuidores de grande potencial hidrelétrico, o que já está se explorando no [[rio Paraná]], com o fato de ter sido construída a [[Usina hidrelétrica de Itaipu|Usina Hidrelétrica de Itaipu]] (atualmente a segunda maior do mundo). Essa exploração favorece ao Sul e ao [[Região Sudeste do Brasil|Sudeste]] o crescimento do número de consumidores de [[energia elétrica]], tanto para consumo [[casa|doméstico]] como [[indústria|industrial]], havendo a necessidade de continuar investindo nesse lugar.<ref name="Hydrography">SANTOS, Ruth Simões Bezerra dos. ''Hidrografia''. In: IBGE. Diretoria Técnica. ''Geografia do Brasil''. Rio de Janeiro: SERGRAF, 1977. v. 5, p. 111-142</ref>
 
Os rios sulistas que fazem seu percurso até desaguarem no [[mar]] integram um conjunto de bacias secundárias, como as do [[Região hidrográfica do Atlântico Sul|Atlântico Sul]] e do [[Região hidrográfica do Atlântico Sudeste|Atlântico Sudeste]]. Entre essas, a mais aproveitável para a hidreletricidade é a do [[rio Jacuí]], no [[Rio Grande do Sul]]. Outra, que os brasileiros conhecem muito pelas suas [[cheia]]s que não podem ser previstas, é a do [[rio Itajaí]], em [[Santa Catarina]], que alcança uma região que se desenvolveu muito, onde a colonização [[Alemanha|alemã]] influenciou basicamente.<ref name="Hydrography" />
 
=== Vegetação ===
{{Artigo principal|[[Vegetação da região Sul do Brasil]]}}
 
Quando as pessoas dizem respeito ao sul do [[Brasil]], é frequente ter na memória a [[Mata de Araucárias]] ou floresta dos pinhais e o grande [[pampa]] gaúcho, formações vegetais típicas da região, apesar de não existirem somente nesta parte do Brasil.<ref name="Vegetation" />
 
[[Ficheiro:Pinheiro-do-Paraná.jpg|thumb|esquerda|direita|A [[Mata de Araucárias]] é a paisagem típica da vegetação de [[planalto]] da região Sul.]]
 
A [[Mata de Araucárias]], que praticamente se extinguiu, é o bioma visível nas partes de maior elevação dos planaltos do Paraná e [[Santa Catarina]], no formato de manchas que existem entre as demais formações vegetais. A ''[[Araucaria angustifolia]]'' (pinheiro-do-paraná) é mais facilmente adaptada às menores temperaturas, frequentemente nas partes da maior altitude do relevo, e ao [[solo]] [[rocha|rochoso]] que mistura [[arenito]] com [[basalto]], com uma grande concentração no [[planalto Arenito-basáltico]], no interior da [[região]].<ref name="Vegetation" />
 
[[File:Ilex paraguariensis - Köhler–s Medizinal-Pflanzen-074.jpg|thumb|direita|A erva-mate é um dos principais produtos [[agricultura|agrícolas]] da região Sul.|243x243px]]
 
Nessa mata se extraem principalmente o [[pinheiro-do-paraná]] e a [[imbuia]], que se utilizam em [[marcenaria]], e a [[Erva mate|erva-mate]], cujas [[folha (botânica)|folhas]] se utilizam para preparar o [[chimarrão]].<ref name="Vegetation" />
 
A [[devastação]] desta floresta, que foi o bioma típico da região na qual hoje há poucos remanescentes dessa paisagem, teve início no final do [[Brasil Império|Império]], porque o [[governo]] fazia concessões com o objetivo de abrir [[Ferrovia|estradas de ferro]], e a situação tornou-se grave devido à [[indústria madeireira]].<ref name="Vegetation" />
 
Além da Mata de Araucárias, propriamente dita, a [[serraSerra do Mar]], com grande umidade por estar mais próxima do [[oceano Atlântico]], faz com que se desenvolva a mata tropical úmida da encosta, ou Mata Atlântica, <span>com grande densidade e várias </span>[[espécie]]s. A Mata Atlântica é iniciada no [[Região Nordeste do Brasil|Nordeste]] sendo continuada pelo [[Região Sudeste do Brasil|Sudeste]] até a sua chegada ao Sul.<ref name="Vegetation" /> No Norte do Paraná, a [[floresta tropical]] praticamente extinguiu-se, porque a [[agricultura]] foi expandida. Ultimamente, o governo está procurando novas tentativas de implantação de uma política de [[reflorestamento]].<ref name="Vegetation" />
 
As vastas extensões de campos limpos também ocupam a Região Sul do Brasil. Estas vastas extensões de campos limpos chamam-se pelo nome de campos meridionais. Os campos meridionais dividem-se em duas [[área]]s distintas. A primeira é correspondente aos campos dos planaltos, que são manchas ocorrentes a partir do Paraná até o norte do [[Rio Grande do Sul]]. A segunda área — os [[pampa|campos da campanha]] — é de maior extensão e está localizada inteiramente no Rio Grande do Sul, em uma região que chama-se [[Mesorregião do Sudoeste Rio-Grandense|Campanha Gaúcha]] ou pampa. É a vegetação natural das [[coxilha (relevo)|coxilha]]s e uma camada visível de ervas rasteiras pela qual é constituída a melhor pastagem natural do Brasil.<ref name="Vegetation" />
 
Finalmente, juntamente ao litoral, destaca-se a vegetação costeira de [[mangue]]s, [[praia]]s e [[restinga]]s, que se assemelham às de outras regiões do [[Brasil]].<ref name="Vegetation" />
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{{Artigo principal|[[Demografia da Região Sul do Brasil]]}}
 
Segundo o [[censo demográfico]] de [[2010]], a Região Sul do Brasil contava 27 384 815 habitantes, sendo a terceira região mais populosa do país (depois do Sudeste e do Nordeste),<ref name="ContagemIBGE2007">{{citar web|url=http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/contagem2007/populacao_2010_DOU_05_10_2010.xls|título=Contagem da população brasileira em 2007|publicado=Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística|acessodata=20 de dezembro de 2007}}</ref> concentrando 14,3% da população brasileira.<ref>{{citar livro|título = Almanaque Abril|sobrenome = Civita|nome = Roberto|local = São Paulo|editora = Abril|ano = 2014|página = 654}}</ref> A&nbsp;[[densidade demográfica]]&nbsp;na região, que é uma divisão entre sua população e sua área, é de 47,59 hab./km², mais de duas vezes maior que a do Brasil como um todo.<ref name="Almanaque Abril 2011 652">{{citar livro|autor=CIVITA, Roberto|título=Almanaque Abril|local=São Paulo|editora=Abril|ano=2011|página=652}}</ref> A Região Sul do Brasil se desenvolve com grande força tanto no campo como nas [[cidade]]scidades.<ref name="ANTUNES 96">ANTUNES, Celso. ''Geografia e participação, volume 2: as regiões do Brasil''. São Paulo: Scipione, 1996. p. 96.</ref> Outras características que fazem parte da demografia da Região Sul do Brasil:<ref name="ANTUNES 96" />
*'''Jesuítas deram início à colonização das áreas que se localizam nos campos do sul:''' Objetivando a catequização dos [[indígena]]s, os [[jesuíta]]s espanhóis foram os fundadores de diversas [[Missões jesuíticas na América|missões]] no território que é hoje o [[Rio Grande do Sul]].<ref>{{citar web|url=http://www.urisan.tche.br/~iphan/upload/downloads/file1.pdf|título=Formação histórica dos municípios da região das missões do Brasil|autor=RAMOS, Antonio Dari|data=25 de janeiro de 2006|publicado=Campus da Universidade Regional Integrada em Santo Ângelo|acessodata=30 de julho de 2012}}</ref> Essas missões, cujas atividades econômicas eram a [[pecuária]] e a [[agricultura]],<ref group=nota>No plano econômico, marcaram presença pela criação de gado e animais domésticos, como ovelhas, porcos, galinhas, patos e cães, tendo esses últimos causado grande fascínio entre os indígenas. Com o gado iniciaram a indústria de laticínios. Introduziram também no país numerosas espécies vegetais europeias e asiáticas, e plantaram, em suas residências, uvas, cidras, limões, figos, cacau, legumes, algodão e trigo, ao mesmo tempo em que procuravam iniciar os indígenas em novas técnicas agrícolas. Das frutas faziam conservas. Iniciaram também o cultivo da cana-de-açúcar.</ref> foram mais tarde invadidas por [[bandeirantes (história)|bandeirantes]] paulistas, que foram responsáveis pelo aprisionamento de [[Povos indígenas das Américas|indígenas]] para serem vendidos como [[Escravatura|escravos]].<ref group=nota>A 18 de setembro de 1628 deixou São Paulo a maior de todas as bandeiras que já haviam atacado o Guairá: 2 000 índios e novecentos mamelucos, dirigidos por 69 paulistas. No comando estava o mestre-de-campo Manuel Preto; seu imediato era Antônio Raposo Taváres. Atingindo a região pelo sudeste, os sertanistas atacaram sucessivamente as reduções de San Miguel, Santo Antônio, Jesus María, Encamación, San Xavier e San José. Diante do massacre, os padres reuniram em Santo Inácio e Loreto os índios sobreviventes e refugiaram-se nas missões estabelecidas entre os rios Paraná e Uruguai; os paulistas aproveitaram-se da retirada para destruir as povoações de Vila Rica e Ciudad Real, situadas respectivamente na margem esquerda do rio Ivaí e junto à foz do rio Piquiri; permitindo entretanto que seus habitantes fossem para o Paraguai, onde fundaram nova povoação às margens do rio Jejuí. Em 1632, não existia mais a província jesuítica do Guairá.</ref> As missões jesuíticas no [[Pampa]] foram destruídas, fazendo com que fossem espalhados os animais que os missionários criavam.<ref>ANTUNES, Celso. ''Geografia e participação, volume 2: as regiões do Brasil''. São Paulo: Scipione, 1996. p. 97.</ref> Desde o [[século XVIII]], os portugueses e [[espanhóis]] que eram habitantes da [[bacia do rio Paraná]].<ref name="ANTUNES 97">ANTUNES, Celso. ''Geografia e participação, volume 2: as regiões do Brasil''. São Paulo: Scipione, 1996. p. 97.</ref> Essa luta fez com que Portugal e Espanha disputassem a posse territorial, o que ajudou a formar grandes [[latifúndio]]s, ainda hoje com muita frequência na extremidade meridional.<ref>{{citar web|url=http://www.jornaldelondrina.com.br/brasil/conteudo.phtml?tl=1&id=756701&tit=MST-invade-fazenda-no-Rio-Grande-do-Sul|título=MST invade fazenda no Rio Grande do Sul|autor=O Globo Online|data=14 de abril de 2012|publicado=Jornal de Londrina|acessodata=1 de agosto de 2012}}</ref>
*'''As terras que se localizam nos planaltos foram ocupadas pelos imigrantes vindos da Europa:''' A Região Sul do Brasil seria completamente ocupada com a colonização, que se divide em ambas as fases. A primeira fase foi a dos colonizadores vindos do [[Açores]] (portugueses) no decorrer do litoral, inclusive se destacando para a [[ilha de Santa Catarina]], onde está localizada [[Florianópolis]], e para a [[Região Metropolitana de Porto Alegre|Região Metropolitana]] de [[Porto Alegre]].<ref>{{citar web|url=http://assisbrasil.org/imigra.html|título=A imigração açoriana|autor=ASSIS BRASIL, José Pinheiro Machado de|data=|publicado=Família Assis Brasil|acessodata=7 de agosto de 2012}}</ref> A segunda teve início nas primeiras décadas do [[século XIX]], com os imigrantes vindos da [[Alemanha]]<ref group="nota">Em 1824 chegam os primeiros colonos alemães ao Rio Grande do Sul, sendo assentados na atual cidade de São Leopoldo. Os alemães chegavam em pequeno número todos os anos, porém eram em número suficiente para se organizar e expandir pela região.</ref> e [[Itália]]<ref group="nota">Os italianos chegaram de início à região sul, onde estavam instalando colônias de imigrantes. Em meados do século XIX, o governo brasileiro criou as primeiras colônias. Estas colônias foram fundadas em áreas rurais como a Serra Gaúcha, Garibaldi e Bento Gonçalves (1875). Estes imigrantes eram, na maioria, da região do Vêneto, norte da Itália. Depois de cinco anos, face ao grande número de imigrantes, o governo teve de criar uma nova colônia italiana em Caxias do Sul. Nestas regiões os italianos começaram a cultivar a uva e produzir vinhos. Atualmente, estas áreas de colonização italiana produzem os melhores vinhos do Brasil. Também em 1875, foram fundadas as primeiras colônias catarinenses em Criciúma e Urussanga e, em seguida, as primeiras do Estado do Paraná.</ref> que chegaram ao Brasil e, em número pequeno, da [[Rússia]],<ref>{{citar web|url=http://archive.today/wZmf/|título=Imigração russa completará 100 anos|autor=LOSEKANN, Silvana|data=24 de janeiro de 2009|publicado=Defesa Civil do Patrimônio Histórico|acessodata=7 de agosto de 2012}}</ref> da [[Polónia|Polônia]],<ref>{{citar web|url=http://m.radionajua.com.br/noticia/cultural/geral/evento-comemora-140-anos-de-imigracao-polonesa-no-parana-programacao-irati/9374/|título=Evento comemora 140 anos de imigração polonesa no Paraná|data=18 de outubro de 2011|publicado=Rádio Najuá|acessodata=6 de junho de 2014}}</ref> da [[Ucrânia]],<ref>{{citar web|url=http://g1.globo.com/parana/noticia/2011/05/comunidade-ucraniana-comemora-120-anos-de-imigracao-para-o-brasil.html|título=Comunidade ucraniana comemora 120 anos de imigração para o Brasil|autor=G1|data=22 de maio de 2011|publicado=RPC TV|acessodata=7 de agosto de 2012}}</ref> do [[Oriente Médio Vivo|Oriente Médio]] e de outros lugares do mundo. Eles foram os colonizadores dos planaltos, marcando seus costumes no [[Estilo arquitetónico|estilo arquitetônico]] das [[casa|residências]], no [[idioma]] e na [[culinária]].<ref group=nota>A Região Sul foi povoada por imigrantes europeus, sobretudo, italianos, alemães e poloneses, com isso as características arquitetônicas e culturais se tornaram tradicionais. Os imigrantes, assim como suas descendências diretas, têm conseguido preservar as manifestações culturais trazidas dos países europeus. Geralmente, os imigrantes se agrupam em forma de colônias divididas de acordo com a origem de cada país. Em algumas cidades de Santa Catarina, como Pomerode, uma lei municipal obriga a construção de casas em estilo enxaimel (modelo Europeu). Em outra cidade catarinense, chamada de Tílias, a maioria da população da cidade é composta basicamente por imigrantes e descendentes austríacos que preservam todas as características do país de origem, como a língua, os costumes, as festas e as comidas típicas. Tradicionalmente, as crianças assimilam o idioma tirolês em seu próprio ambiente familiar, dessa forma há possibilidade de estabelecer, por parte do governo municipal, uma lei de inclusão da língua no currículo escolar daquela cidade. As colônias do sul preservam todos os aspectos culturais, e essas são materializadas no espaço geográfico sulista através de todo arranjo paisagístico (arquitetura, atividade econômica, manifestações culturais entre outras). Elas servem para aclamar os países e matar a saudade.</ref> Introduziram também a [[policultura]] e o sistema de pequenas propriedades.<ref name="ANTUNES 97" /> É por isso que o Sul é a região [[brasil]]eirabrasileira que mais tem [[minifúndio|pequenas propriedades]] no campo.<ref name="ANTUNES 97" /> <br />Os [[Alemanha|alemães]] foram estabelecidos principalmente em Santa Catarina, no vale do [[rio Itajaí|Itajaí]], e no Rio Grande do Sul, no Vale dos [[rio dos Sinos|Sinos]].<ref>{{Citar web |url=http://www.dw-world.de/dw/article/0,2144,1274817,00.html |publicado=Dw-world.de |título=Deutsche Welle "Brasil alemão" comemora 180 anos (25.07.2004)|data=}}</ref> A [[Serra Gaúcha]] foi ocupada principalmente pelos [[Itália|italianos]], onde começaram a cultivar a [[uva]], fabricar o [[vinho]] e o [[Suco de uva|suco proveniente da fruta]].<ref group=nota>O estado do Rio Grande do Sul recebeu a primeira leva de imigrantes italianos a chegar ao Brasil. Os primeiros imigrantes desembarcaram em 1875, para substituírem os colonos alemães que, a cada ano, chegavam em menor quantidade. Os colonos italianos foram atraídos para a região para trabalharem como pequenos agricultores e lhes foram reservadas terras selvagens na encosta da Serra Gaúcha. Na região foram criadas as primeiras três colônias italianas: Conde D’Eu, Dona Isabel e Campo dos Bugres, atualmente as cidades de Garibaldi, Bento Gonçalves e Caxias do Sul, respectivamente. Com o tempo, os italianos passaram a subir as serras e a colonizá-las. Com o esgotamento de terras na região, esses colonos passaram a migrar para várias regiões do Rio Grande. A base da economia na região italiana do Rio Grande foi, e continua a ser, a vinicultura. No centro do estado foi criada a Quarta Colônia de Imigração Italiana, o primeiro reduto de italianos fora da Serra Gaúcha e que originou municípios como Silveira Martins, Ivorá, Nova Palma,Faxinal do Soturno, Dona Francisca e São João do Polêsine. Nesse último, está a localidade de Vale Vêneto, nome dado para fazer homenagem a tal região italiana. Outras colônias italianas foram criadas e deram origens a cidades como Caxias do Sul, Farroupilha, Bento Gonçalves, Garibaldi, Flores da Cunha, Antônio Prado, Veranópolis, Nova Prata, Encantado, Nova Bréscia, Coqueiro Baixo, Guaporé, Lagoa Vermelha, Soledade, Cruz Alta, Jaguari, Santiago, São Sepé, Caçapava do Sul e Cachoeira do Sul. Essas são as principais colônias italianas do estado. Estima-se que imigraram para o Rio Grande 100 mil italianos, entre 1875 e 1910. Em 1900, já viviam no estado 300 mil italianos e descendentes.</ref> Enquanto isso, [[Rússia|russos]], [[Polônia|poloneses]], [[Ucrânia|ucranianos]] e outros grupos imigrantes foram fixados no oeste de [[Santa Catarina]], no Paraná e em demais pontos localizados na região.<ref>{{citar web|url=http://www.uepg.br/dicion/verbetes/n-z/volga.htm|título=Russos-alemães do Volga|autor=AUER, Marta|publicado=Dicionário Histórico e Geográfico dos Campos Gerais|acessodata=7 de agosto de 2012}}</ref><ref>{{citar web|url=http://www.floripol.com.br/cultural/angulski-3.htm|título=Poloneses: Presença e Contribuição em Santa Catarina|autor=ANGULSKIi, Nazareno Dalsasso|data=24 de abril de 2010|publicado=Sociedade Polônia de Florianópolis|acessodata=7 de agosto de 2012}}</ref><ref>{{citar web|url=http://www.rcub.com.br/rcub/quem-somos/imigracao-ucraniana/|título=Imigração Ucraniana|publicado=Representação Central Ucraniano-Brasileira|acessodata=7 de agosto de 2012}}</ref><ref name="ANTUNES_75">ANTUNES, Celso. ''Capítulo 7: Aspectos humanos e econômicos''. In: ANTUNES, Celso. ''Geografia e participação, volume 2: as regiões do Brasil''. São Paulo: Scipione, 1991. p. 75.</ref>
 
[[Imagem:Brazil_Sul_demographic_map.png|left|thumb|300px|O litoral é a parte da Região Sul que apresenta as mais elevadas densidades demográficas, e a Campanha Gaúcha, devido à predominante atividade pecuária, apresenta baixas densidades, mas não há áreas despovoadas na região.]]
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*'''Os "brancos" são predominantes no Sul:''' A maior parte dos habitantes que habitam a região Sul se autodeclara "branca", 79,6% da [[população]].<ref name="PNAD 2006"/> Alguns fatores deram sua contribuição para que a [[imigração]] europeia se concentrasse no Sul do Brasil{{carece de fontes|data=Agosto de 2012}}, tendo começo pela natureza, em especial porque o [[clima subtropical|clima é subtropical]].<ref group=nota>No Brasil, país em que predomina o clima tropical, apenas a Região Sul encontra-se sob o domínio do clima subtropical (um clima de transição entre o tropical predominante no Brasil e o temperado, predominante na Argentina), ou seja, o clima típico desta região é mais frio em comparação ao clima tropical, e é onde são registradas as mais baixas temperaturas do país. Nesse clima, as temperaturas variam de 16°C a 20°C ao ano, porém, o inverno é costumeiramente muito frio para os padrões brasileiros, com frequência de geadas na quase totalidade das áreas, e em lugares onde há altitudes de maior elevação, queda de neve. As estações do ano apresentadas possuem grande diferenciação e a amplitude térmica anual é relativamente muito grande. As chuvas, na quase totalidade do território regional, são distribuídas regularmente durante todo o ano, entretanto, no Norte do Paraná — transição para a zona intertropical — as chuvas são concentradas nos meses de verão. Também podem ser encontradas características tropicais nas baixadas litorâneas do Paraná e Santa Catarina, onde as temperaturas estão acima de 20&nbsp;°C e, principalmente, há queda de chuvas no verão. As temperaturas também são afetadas pelos ventos. No verão, as temperaturas aumentam por causa do calor e da umidade dos ventos alísios que vêm do sudeste, depois as chuvas caem com força. O inverno no Sul do Brasil é muito frio com geada e neve por causa das frentes frias que são massas de ar vindas do Pólo Sul. Esse vento frio é chamado de minuano ou pampeiro pelos paranaenses, catarinenses e gaúchos. É importante ressalvar, que as características contidas no clima da região Sul do Brasil, têm grande influência graças à Massa Polar Atlântica (MPA) que é fria e úmida. A mesma origina-se no anticiclone situado ao sul da Patagônia. Sua atuação é mais intensa no inverno, com presença marcante nas regiões Sul e Sudeste. Pode atingir outras regiões como a Amazônia, onde a mesma se enfraquecera.</ref><ref group=nota>Na Itália são apresentadas ambas as grandes zonas climáticas: a continental, onde são compreendidas as montanhas e vales alpinos e a grande planície do Pó; e a mediterrânea, que a península e as ilhas formam. Como o país muito extenso de norte a sul, o clima varia frequentemente: o sul tem um clima subtropical mediterrâneo; a planície padano-veneziana, um clima temperado marítimo, como o da Europa ocidental. O clima dos Alpes é o que ocorre nas altas regiões montanhosas. Há grande variação do clima segundo a altitude, desde moderação das temperaturas dos vales dotados de profundidade e de boa proteção até os picos mais frios, que a eternidade das neves os cobre. Na região alpina, há abundância e boa distribuição das chuvas no decorrer do ano. É observado o efeito que regula das massas de água que se localizam nas margens dos lagos alpinos, onde ocorre o crescimento de oliveiras, ciprestes e até limoeiros. Ma Itália faz calor no verão. As temperaturas no norte e no sul quase são igualadas, a não ser pelas chuvas que caem pelo ar úmido. No sul, faz calor e entra a luz do sol, mas seca ao extremo. A estiagem pode ter continuidade num período de cinco meses e superior a isso; quando há ocorrência disso, há queda de chuvas em violentos aguaceiros. Na planície do Pó, faz frio no inverno, quando ocorre densidade de neblina. Faz calor no verão e permite o cultivo de cereais, como o arroz. Como há abundância de chuvas no período da primavera e do outono, elas não são diminuídas no verão. Por ser ilha, o clima da Sicília é de suavidade no inverno; já a Sardenha é influenciada periodicamente pelo forte vento mistral, vindo do noroeste. O siroco, que é vento sufocante de sudoeste que vem do Saara, causa dano a península e as ilhas durante o verão.</ref><ref group=nota>O clima sul-brasileiro é um pouco semelhante ao de inverno do norte da Itália, onde faz frio em janeiro e calor em julho. Em 1875, quando os primeiros imigrantes italianos chegaram no Sul do Brasil, na época, o hemisfério sul já sofria influências climáticas do então período conhecido como equinócio de outono, fenômeno natural que ocorre a cada ano.</ref> Além disso, razões [[história|históricas]] também deram estímulo a essa concentração: no [[Brasil Império|período imperial]], era necessária a garantia de posse das terras do Sul, porque era uma região de povoamento escasso;<ref group=nota>A região Sul recebeu grande número de imigrantes graças a uma iniciativa do imperador Dom Pedro II. Preocupado com a possibilidade de nosso país ser invadido pelo Uruguai e pela Argentina, resolveu terras do governo a imigrantes europeus. Essa iniciativa coincidiu com os graves problemas políticos e econômicos que Itália e Alemanha enfrentavam na segunda metade do século XIX.</ref> Depois de [[Abolição da escravatura no Brasil|abolida a escravidão]], a entrada de mão-de-obra imigrante foi incentivada pelo [[Governo do Brasil|governo brasileiro]];<ref group=nota>Após a abolição da escravatura (1888), o governo brasileiro incentivou a entrada de imigrantes europeus em nosso território. Com a necessidade de mão-de-obra qualificada, para substituir os escravos, milhares de italianos e alemães chegaram para trabalhar nas fazendas de café do interior de São Paulo, nas indústrias e na zona rural do sul do país.</ref> já no [[século XX]], as duas guerras mundiais (1914-1918 e 1939-1945), trouxeram milhares de [[Europa|europeus]] que fugiam dos conflitos e da perseguição nazista.<ref>{{citar web|url=http://www.ahjb.org.br/ahjb_pagina.php?mpg=03.01.00.00|título=Imigração judaica no Brasil - cronologia|publicado=Arquivo Histórico Judaico Brasileiro|acessodata=7 de agosto de 2012}}</ref><ref name="ANTUNES 98">ANTUNES, Celso. ''Geografia e participação, volume 2: as regiões do Brasil''. São Paulo: Scipione, 1996. p. 98.</ref>
 
Como no restante do Brasil, contudo, e de fato, a população no geral apresenta ancestralidades europeia, indígena e africana, "brancos", "pardos" e "negros", conforme revela a genética.<ref name="plosone.org">http://www.plosone.org/article/info%3Adoi%2F10.1371%2Fjournal.pone.0017063</ref> Esse estudo genético de 2011 também constatou que do ponto de vista da ancestralidade as diferenças entre as regiões do Brasil são menores do que muitos pensavam.<ref name="plosone.org"/>
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Outro genético de 2013, que analisou todas as regiões do Brasil, também revelou que em todas elas existem contribuições europeia, indígena e africana, somente variando o grau de cada, em cada uma delas. Em todas as regiões do Brasil, a ancestralidade europeia foi a principal, com importantes contribuições africana e indígena. No sul, também foram encontradas contribuições africana e indígena, com ancestralidade predominante europeia.<ref>http://www.plosone.org/article/fetchObject.action?uri=info%3Adoi%2F10.1371%2Fjournal.pone.0075145&representation=PDF</ref>
 
*'''A população é distribuída de maneira desigual:''' Apesar de o contraste entre as áreas aglomeradas e vazias, no Sul, não se acentuar como nas demais regiões, os centros urbanos, acima de tudo [[Curitiba]], [[Porto Alegre]] e cidades localizadas no vale do [[rio Itajaí|Itajaí]], são apresentadoras de altas [[densidade demográfica|densidades demográficas]].<ref>{{citar web |url=http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/censo2010/populacao_por_municipio.shtm |título=Censo Brasileiro 2010 - Resultados Consolidados}}</ref> Os trechos de maior despovoamento do Sul do Brasil estão localizadas na [[pampa|Campanha Gaúcha]], onde sua economia é baseada na [[pecuária]] extensiva, em que há pouca [[mão-de-obra]] empregada.<ref name="ANTUNES 98" /><ref>{{citar web|url=http://www.scp.rs.gov.br/atlas/atlas.asp?menu=295|título=Densidade demográfica|autor=Governo do Rio Grande do Sul|publicado=Atlas Sócio-Econômico do Rio Grande do Sul|acessodata=7 de agosto de 2012}}</ref>
*'''A população sulista possui um bom padrão de vida:''' Como em qualquer lugar do mundo, na região Sul há [[pobreza]], problemas sociais e urbanos, mas, em grau menor em comparação ao restante do Brasil. O Sul merece destaque por ter apresentado a maior taxa de [[alfabetização]], o mais alto nível de [[Alimentação|consumo alimentar]], a mais elevada [[expectativa de vida]],<ref>{{citar web|url=http://www.bcb.gov.br/pec/boletimregional/port/2009/01/br200901b1p.pdf|título=Evolução do IDH das Grandes Regiões e Unidades da Federação|autor=Boletim Regional do Banco Central do Brasil|data=janeiro de 2009|publicado=Banco Central do Brasil|acessodata=26 de maio de 2012}}</ref> a menor [[desigualdade de renda]], a melhor [[educação]] e [[saúde]] pública, o mais alto nível de bem estar social<ref>http://www.infomoney.com.br/minhas-financas/noticia/2330888/santa-catarina-oferece-melhores-condicoes-qualidade-vida-diz-estudo</ref> e a menor taxa de [[corrupção]] do Brasil. Em números absolutos, a Região Sudeste possui o maior [[PIB]], o maior [[PIB per capita]], a maior quantidade de [[Escola|estabelecimentos escolares]]escolas, as melhores [[universidade]]s, os melhores [[hospitais|estabelecimentos hospitalares]], e outros, concentradas sobretudo nos estados de [[São Paulo (estado)|São Paulo]] e do [[Rio de Janeiro (estado)|Rio de Janeiro]]. De acordo com uma pesquisa recente, a Região Sul, apesar de apresentar um número menor de escolas, hospitais, estabelecimentos governamentais e etc, teriam eles melhor distribuídos pelo seu respectivo território e atendendo de forma bem mais eficiente sua população.<ref name="ANTUNES 99">ANTUNES, Celso. ''Geografia e participação, volume 2: as regiões do Brasil''. São Paulo: Scipione, 1996. p. 99.</ref>
 
=== Urbanização ===
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[[Ficheiro:Porto Alegre skyline.jpg|thumb|esquerda|A [[Região Metropolitana de Porto Alegre|Grande Porto Alegre]] é a maior área metropolitana da Região Sul, e a quarta mais populosa do Brasil.]]
 
A [[Região Metropolitana de Porto Alegre|Grande Porto Alegre]] é a maior área metropolitana da Região Sul e a quarta mais populosa do Brasil – superada no país apenas pelas Regiões Metropolitanas de [[Região Metropolitana de São Paulo|São Paulo]], [[Região Metropolitana do Rio de Janeiro|Rio de Janeiro]] e [[Região Metropolitana de Belo Horizonte|Belo Horizonte]], respectivamente – tendo o quarto maior PIB do Brasil e a 82ª maior aglomeração urbana do [[mundo]].<ref>{{Citar web|url=http://bevoelkerungsstatistik.de/wg.php?x=1132419689&men=gcis&lng=de&gln=xx&dat=32&srt=pnan&col=aohdq&pt=a&va=x |publicado=Bevoelkerungsstatistik.de|título=World Gazetteer – Welt: Ballungsräume|data=|acessodata=}}</ref>
 
A [[Região Metropolitana de Curitiba|Grande Curitiba]] é a segunda área metropolitana mais populosa do sul do país e a oitava do Brasil. É também a 118ª maior aglomeração urbana do [[mundo]].<ref>{{Citar web|url=http://bevoelkerungsstatistik.de/wg.php?x=1132419689&men=gcis&lng=de&gln=xx&dat=32&srt=pnan&col=aohdq&pt=a&va=x |publicado=Bevoelkerungsstatistik.de|título=World Gazetteer – Welt: Ballungsräume|data= |acessodata=30 de maio de 2008}}</ref>
 
{{Regiões metropolitanas mais populosas da Região Sul do Brasil}}
 
[[Santa Catarina]] é o estado com o maior número de Regiões Metropolitanas do Brasil. São oito no total.<ref>{{citar web|url=http://g1.globo.com/brasil/noticia/2010/12/confira-o-ranking-das-maiores-regioes-metropolitanas.html|publicado=G1.globo.com|titulo=Ranking das maiores regiões metropolitanas do Brasil - 2010|data=|acessodata=12 de janeiro de 2011}}</ref> Segundo o governo estadual, as regiões metropolitanas ajudam numa melhor e mais eficiente administração do estado.
 
Existem ainda as aglomerações urbanas, que são consideradas "um passo a menos" para se chegar a uma região metropolitana. No [[Rio Grande do Sul]] existem três: A [[Aglomeração urbana do Sul]], com sede em [[Pelotas]] mas com vida econômica voltada para o superporto de [[Rio Grande]], abrangendo outras três cidades, esta tem pouco mais de 580.000 habitantes, mas a mais populosa é a [[Aglomeração Urbana do Nordeste do Rio Grande do Sul]], localizada na região serrana do Rio Grande do Sul, com sede em [[Caxias do Sul]] e outras 9 cidades a compondo, a aglomeração tem aproximadamente 720.000 habitantes. Ainda há a [[Aglomeração urbana do Litoral Norte]], com sede em [[Osório (Rio Grande do Sul)|Osório]] abrangendo metade do litoral gaúcho, também em números aproximados, a aglomeração, em 20 cidades, tem 285.000 habitantes.
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; Paraná:Abriga o que restou da [[Mata de Araucária|mata de araucárias]],<ref>{{citar web|url=http://www.ipardes.gov.br/pdf/mapas/base_ambiental/cobertura_vegetal_remanescente_parana-2005-2008.pdf|título=Cobertura vegetal remanescente|data=|publicado=Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social|acessodata=14 de agosto de 2012}}</ref> uma das mais importantes florestas subtropicais do mundo.<ref>{{citar livro|autor=CIVITA, Roberto|título=Almanaque Abril|local=São Paulo|editora=Abril|ano=2010|página=690}}</ref> Na fronteira com a Argentina fica o [[Parque Nacional do Iguaçu]], declarado [[Patrimônio da Humanidade]] pela [[Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura]] (Unesco).<ref>{{Citar web|url=http://www.cataratasdoiguacu.com.br/portal/paginas/36-patrimonio-natural-da-humanidade.aspx|publicado=Cataratas do Iguaçu S.A.|título=Parque Nacional do Iguaçu|acessodata=14 de agosto de 2012}}</ref> A 40 quilômetros dali, na fronteira com o [[Paraguai]], está a [[Usina Hidrelétrica de Itaipu]],<ref>{{Citar web |url=http://www.itaipu.gov.br/institucional/localizacao |publicado=Itaipu Binacional|título=Localização|acessodata=14 de agosto de 2012}}</ref> a segunda maior do planeta, atrás apenas da [[Hidrelétrica de Três Gargantas|hidrelétrica chinesa de Três Gargantas]].<ref>{{citar web|url=http://lista10.org/miscelanea/as-10-maiores-hidreletricas-do-mundo/|título=As 10 maiores hidrelétricas do mundo|autor=AZAMOR, Thales|data=21 de abril de 2010|publicado=Lista 10|acessodata=14 de agosto de 2012}}</ref> O estado possui forte colonização [[Polônia|polonesa]], [[Ucrânia|ucraniana]] e [[Alemanha|alemã]], como também [[Itália|italiana]], [[Países Baixos|neerlandesa]] e [[Japão|japonesa]].<ref>{{citar web|url=http://www.cidadao.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=77|título=Etnias|autor=Secretaria de Estado do Turismo|publicado=Governo do Paraná|acessodata=18 de julho de 2011}}</ref>
; Santa Catarina:Menor e menos populoso estado da região,<ref>{{citar web|url=http://www.ibge.gov.br/home/geociencias/areaterritorial/principal.shtm |arquivourl=http://www.webcitation.org/62HiGMNl8 |arquivodata=8 de outubro de 2011 |título=Área Territorial Oficial - Consulta por Unidade da Federação |autor=Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística |autorlink=Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) |acessodata=8 de outubro de 2011}}</ref><ref>{{citar web | url = http://www.censo2010.ibge.gov.br/dados_divulgados/index.php | titulo = Censo da população para 4 de novembro de 2010| obra = Censo da População | publicado = Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) |data= 4 de novembro de 2010 | acessodata = 30 de novembro de 2010 }}</ref> [[Santa Catarina]] aprecia [[enseada]]s e muitas [[ilha]]s no litoral e planaltos a leste e a oeste, com [[mata de araucárias]] e campos.<ref name="Geografia de Santa Catarina">{{citar enciclopédia|enciclopédia=Nova Enciclopédia Barsa|ano=1998|título=Santa Catarina: Geografia física|publicado=Encyclopædia Britannica do Brasil Publicações|local=São Paulo|volume=volume 13|páginas=p. 82-83}}</ref> De clima subtropical, o estado tem as quatro estações bem marcadas ao longo do ano, com [[verão|verões]] [[calor|quentes]] e invernos rigorosos no planalto.<ref name="Geografia de Santa Catarina" /><br /> Santa Catarina tem grande influência de imigrantes portugueses, alemães e italianos.<ref name="Demografia de Santa Catarina">{{citar web|url=http://www.sc.gov.br/conteudo/santacatarina/turismo/contrastes/gente.html|título=Gente Catarinense|autor=Governo de Santa Catarina|acessodata=14 de agosto de 2012}}</ref> [[Florianópolis]] e a faixa litorânea do estado foram colonizados por [[açorianos]].<ref name="Demografia de Santa Catarina" /> O estado, aliás, mantém uma posição de liderança na maricultura, com grande produção e exportação de [[camarão]] e [[ostra]]s em cativeiro.<ref>{{citar web|url=http://www.mpa.gov.br/images/Docs/Informacoes_e_Estatisticas/Estatistica-da-Aquicultura-e-Pesca-no-Brasil-2007.pdf|titulo=Estatística da Pesca 2007 - Grandes Regiões e Unidades da Federação|data=dezembro de 2007|publicado=[[Ministério da Pesca e Aquicultura]]|acessodata=26 de abril de 2010}}</ref>
; Rio Grande do Sul:No maior e mais populoso estado da região fica um dos pontos extremos do País, o [[Arroio Chuí]].<ref group=nota>Os pontos extremos do Brasil são: ao norte, a nascente do rio Ailã, no monte Caburaí, Estado de Roraima; ao sul, o Arroio Chuí, no Rio Grande do Sul, fronteira com o Uruguai; a leste, a ponta do Seixas, na Paraíba; a oeste, a Serra da Contamana ou do Divisor, no Acre, fronteira com o Peru.</ref> O [[clima]] do [[Rio Grande do Sul]] é [[clima temperado|temperado]], e o relevo apresenta [[planície]]s [[litoral|litorâneas]], planaltos a oeste e nordeste e [[depressão (geografia)|depressões]] no centro.<ref name="Geografia do Rio Grande do Sul">{{citar enciclopédia|enciclopédia=Nova Enciclopédia Barsa|ano=1998|título=Rio Grande do Sul: Geografia física|publicado=Encyclopædia Britannica do Brasil Publicações|local=São Paulo|volume=volume 12|páginas=p. 379-381}}</ref> A [[vegetação]] é variada: campos (os [[pampas]] gaúchos), [[mata de araucárias]] e [[restinga]]s.<ref name="Geografia do Rio Grande do Sul" /><br /> Os principais colonizadores foram os [[italianos]], que se fixaram principalmente na [[Serra Gaúcha|região serrana]],<ref>{{citar web|url=http://www.riogrande.com.br/historia/colonizacao5.htm|título=Italianos: Os homens do vinho ficaram nas terras altas|publicado=Rio Grande Virtual|acessodata=14 de agosto de 2012}}</ref> no nordeste do estado, e os alemães, que ocuparam a região do [[Vale dos Sinos|vale do rio dos Sinos]], ao norte de [[Porto Alegre]].<ref>{{citar web|url=http://www.riogrande.com.br/historia/colonizacao4.htm|título=Alemães: O começo da colonização maciça do Rio Grande|data=|publicado=Rio Grande Virtual|acessodata=14 de agosto de 2012}}</ref> Os portugueses, entre eles os [[Açores|açorianos]], permaneceram no litoral.<ref>{{citar web|url=http://www.riogrande.com.br/historia/colonizacao3.htm|publicado=Rio Grande Virtual|título=Portugueses: Origem da imigração açoriana|acessodata=14 de agosto de 2012}}</ref><br /> Além da influência europeia, o gaúcho cultiva as tradições dos pampas, na fronteira com o [[Uruguai]] e a [[Argentina]]. Entre essas tradições destacam-se o [[chimarrão]],<ref name="Culinaria do Rio Grande do Sul">{{Citar web |url=http://www.pampasonline.com.br/tradicao/tradicao_churrascoechimarrao.htm |publicado=Pampasonline.com.br |título=Churrasco e chimarrão |acessodata=14 de agosto de 2012}}</ref> o [[churrasco]]<ref name="Culinaria do Rio Grande do Sul" /> e o uso de [[traje]]s típicos, compostos de [[bombacha]]<ref name="pampasonline.com.br">{{Citar web |url=http://www.pampasonline.com.br/tradicao/tradicao_indumentariagaucha.htm |publicado=Pampasonline.com.br |título=Indumentaria Gaúcha |acessodata=14 de agosto de 2012}}</ref> ([[calça]]s folgadas, de origem [[Turquia|turca]], presas ao [[tornozelo]]), [[poncho]]<ref name="pampasonline.com.br"/> e [[lenço]] no pescoço.<ref name="pampasonline.com.br"/>
 
== Economia ==
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A existência de extensas áreas de [[pastagem|pastagens]] naturais favoreceu o desenvolvimento da [[pecuária de corte|pecuária extensiva de corte]] na região Sul. Há o predomínio da grande propriedade e o regime de exploração direta, já que a criação é extensiva, exigindo poucos trabalhadores, o que explica o fato de haver uma população rural muito pouco numerosa na região.
 
Devido à ampliação do mercado consumidor local e extra-regional e ao surgimento de [[abatedouro|frigoríficos]] na região, em certas áreas já ocorre uma criação mais aprimorada, [[pecuária leiteira]] e lavouras comerciais com técnicas modernas, destacando-se o cultivo do [[arroz]], do [[trigo]] e da [[batata]].
 
A [[agricultura]], que é desenvolvida em áreas florestais, com predomínio da pequena propriedade e do trabalho familiar, foi iniciada pelo [[Europa|europeus]], sobretudo alemães, que predominaram na colonização do Sul. A [[policultura]] é a prática comum na região, às vezes com caráter comercial, sendo o [[feijão]], a [[mandioca]], o [[milho]], o arroz, a batata, a [[abóbora]], a [[soja]], o trigo, as [[hortaliça]]s e as [[fruta]]s os produtos mais cultivados. Em algumas áreas, a produção rural está voltada para a [[indústria]], como a cultura da [[uva]] para a fabricação de [[vinho]]s, a de [[tabaco]] para a indústria de [[cigarro]]s, a de soja para a fabricação de [[óleo vegetal|óleos vegetais]], à criação de [[porco]]s (associada à produção de milho) para abastecer os [[frigorífico]]s e o [[leite]] para abastecer as usinas de leite e fábricas de [[laticínio]]s.
 
Diferente das regiões agrícolas "coloniais" é o norte do Paraná, que está relacionado com a economia do [[Região Sudeste do Brasil|Sudeste]], sendo uma área de transição entre [[São Paulo (estado)|São Paulo]] e o Sul. Seu povoamento está ligada à expansão da [[Economia de São Paulo|economia paulista]].
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* '''[[Policultura]]''': desenvolvida em pequenas propriedades de base familiar. Foi introduzida por imigrantes europeus, principalmente alemães, na área originalmente ocupada pelas florestas. Cultivam-se principalmente [[milho]], [[feijão]], [[mandioca]], [[batata]], [[maçã]], [[laranja]], e [[fumo]];
* '''[[Monocultura]] comercial''': desenvolvida em grandes propriedades. Essa atividade é comum nas áreas de campos do Rio Grande do Sul, onde se cultivam [[soja]], [[trigo]], e algumas vezes, [[arroz]]. No Norte do Paraná predominam as monoculturas comerciais de [[algodão]], [[cana-de-açúcar]], e principalmente soja, [[laranja]], trigo e [[Cafeeiro|café]]. A [[Erva mate|erva-mate]], produto do extrativismo, é também cultivada.
 
Para compreender mais claramente a distribuição das atividades agrícolas pela região, analise a tabela acima com os respectivos dados sobre os produtos agrícolas.
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As maiores concentrações industriais situam-se nas [[Região metropolitana de Porto Alegre|regiões metropolitanas de Porto Alegre]], no Rio Grande do Sul, e em Curitiba, no Paraná, merecendo destaque também:
 
* oO norte do Paraná, onde estão localizadas cidades como [[Londrina]], [[Maringá]], [[Arapongas]], [[Apucarana]] e [[Cianorte]], entre outras, favorecidas pela grande quantidade de [[matéria-prima|matérias-primas]] e fontes de energia, rede de transportes desenvolvida e localização geográfica favorecida, ligando os maiores pólos econômicos do país com o interior da região sul;
 
* o oeste do Paraná, onde estão localizadas cidades como [[Cascavel (Paraná)|Cascavel]], [[Foz do Iguaçu]] e [[Toledo (Paraná)|Toledo]], entre outras, as cidades são um importante pólo econômico na região sul,Foz do Iguaçu se destaca na produção de energia, com a segunda hidrelétrica do mundo, [[Usina Hidrelétrica de Itaipu|Itaipu]], e as [[cataratas do iguaçu]] é a segunda maior cidade turística do Brasil, perdendo apenas para o [[Rio de Janeiro (estado)|Rio de Janeiro]], Cascavel e Toledo, são uma das principais regiões do agronegócio no Brasil, em Toledo esta localizado o maior frigorífico da América Latina a [[Sadia]];
* a cidade de [[Canoas]], na [[Grande Porto Alegre]], onde está localizada a refinaria de petróleo [[Alberto Pasqualini]], a [[Refinaria Alberto Pasqualini|Refap]];
* a região do vale do [[rio Itajaí]], em [[Santa Catarina]], na qual se destaca a [[indústria têxtil]], cujos centros econômicos são [[Blumenau]], [[Itajaí]] e [[Brusque]], e também de cristais finos e ''[[software]]s'', com sedes em Blumenau;
* a região norte catarinense também no setor moveleiro, sendo os municípios de [[São Bento do Sul]], [[Rio Negrinho]] e [[Mafra (Santa Catarina)|Mafra]] grandes produtores e exportadores de móveis;
* a região Oeste de Santa Catarina é destaque nas agroindústrias, é sede da Sadia, Perdigão, Seara, Globoaves, Bondio, e Aurora, a Aurora conta com 13 frigoríficos 8 de suínos e 5 de aves e 2 laticínios sendo o de Pinhalzinho o maior da America latina, [[Chapecó]] é o centro econômico com 8 frigoríficos é considerado a capital brasileira das agroindústrias, além do setor metalmecânico, equipamentos para frigoríficos, plásticos, embalagens, transportes, móveis , bebidas, softwares e biotecnologia .
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* a cidade gaúcha de [[Santa Cruz do Sul]], no interior do Rio Grande do Sul, com uma expressiva produção de tabaco para a fabricação de cigarros;
* a região do [[Vale do Rio dos Sinos]] na região Metropolitana de Porto Alegre com destaque nas atividades coureiro-calçadista, principalmente nas cidades de [[Novo Hamburgo]], [[Estância Velha]] e [[Campo Bom]];
 
[[Ficheiro:Erechim-centro.jpg|direita|thumb|[[Erechim]], segunda cidade mais populosa do norte do [[Rio Grande do Sul|RS]] é um importante centro industrial do Sul.]]
* a porção noroeste do Rio Grande do Sul, incluindo o vale do Rio Uruguai, onde merecem destaque as indústrias de beneficiamento de produtos [[agricultura|agrícolas]], especialmente [[trigo]], [[soja]] e [[milho]]. [[Passo Fundo]], [[Santa Rosa]], [[Santo Ângelo]], [[Ijuí]], [[Cruz Alta (Rio Grande do Sul)|Cruz Alta]] e [[Erechim]] são as cidades mais importantes dessa área;
* o município gaúcho de [[Triunfo (Rio Grande do Sul)|Triunfo]], no [[Pólo Petroquímico do Sul]], está localizada a [[Copesul]] ([[indústria petroquímica]]);
* a [[Pampa|Campanha Gaúcha]], onde se destacam [[Bagé]], [[Uruguaiana]], [[Alegrete (Rio Grande do Sul)|Alegrete]] e [[Santana do Livramento]], cidades que possuem grandes frigoríficos, em geral controlados pelo [[Dinheiro|capital]] [[transnacional]];
* o litoral [[lagoa|lagunar]] do Rio Grande do Sul, onde se destacam [[Pelotas]] (indústria de frigoríficos) e [[Rio Grande]] (maior porto marítimo da região).
 
Além dessas concentrações industriais, merecem destaque [[Ponta Grossa]], [[Guarapuava]] e [[Paranaguá]], no Paraná; [[Florianópolis]], [[Joinville]], [[Lages]], Blumenau e [[Chapecó]] em [[Santa Catarina]]; e [[Santa Maria (Rio Grande do Sul)|Santa Maria]], no [[Rio Grande do Sul]].
 
=== Turismo ===
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Embora quase todas as principais [[cidade]]s da região sejam servidas por linhas da [[Rede Ferroviária Federal]] (RFFSA), o transporte rodoviário é mais desenvolvido. A região conta com várias [[estrada]]s, tais como a [[Rodovia Régis Bittencourt]], ligando [[São Paulo (estado)|São Paulo]] ao [[Rio Grande do Sul]], e a [[Rodovia do Café]], alcançando o norte do Paraná até o porto de [[Paranaguá]]. Como as demais [[regiões do Brasil]], os transportes ferroviários e rodoviários necessitam de investimentos que permitam a manutenção das vias já existentes e a abertura de outras novas.
 
Também os mais movimentados [[aeroporto]]s do [[Brasil]], depois dos aeroportos da [[Região Sudeste do Brasil|região Sudeste]] e de Brasília, estão localizados no Sul. Os principais aeroportos do Sul em movimentos de passageiros em 2013 são; ([[Aeroporto Internacional Salgado Filho]] de [[Porto Alegre]] 7.993,164), ([[Aeroporto Internacional Afonso Pena]] de [[Curitiba]] 6.740,024), ([[Aeroporto Internacional Hercílio Luz]] de [[Florianópolis]] 3.872,637), ([[Aeroporto Internacional Cataratas]] 1.677,460, [[Aeroporto Internacional de Navegantes]] 1.202,625) e ([[Aeroporto Governador José Richa]] 1.051,211). Esta região possui ainda portos marítimos em atividade: o porto de Paranaguá, que exporta principalmente [[Cafeeiro|café]] e [[soja]]; os portos de [[Imbituba]] e [[Laguna (Santa Catarina)|Laguna]], em [[Santa Catarina]], exportadores de [[carvão mineral]]; os portos de [[São Francisco do Sul]], [[Itajaí]], [[Navegantes]] e [[Itapoá]] (o primeiro porto privado do Brasil) também em Santa Catarina, exportadores de produtos da [[indústria]] metal-mecânica e frigorífica, além de móveis e [[madeira (material)|madeira]] beneficiada; e finalmente os portos de [[Rio Grande]] e [[Porto Alegre]], no Rio Grande do Sul, pelos quais passam mercadorias diversificadas.
 
=== Segurança ===
==== Segurança nacional ====
As principais [[unidade militar|unidades militares]] da Região Sul do Brasil são:
* '''[[Comando Militar do Sul]]''' ([[Exército Brasileiro]]): formado pela [[3ª Região Militar]], [[3ª Divisão de Exército]], e [[6ª Divisão de Exército]], ([[Rio Grande do Sul]]) e pela [[5ª Região Militar e 5ª Divisão de Exército]] (Paraná e Santa Catarina). Essa [[unidade militar]] tem sede em Porto Alegre e jurisdição sobre os estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná.
* '''[[5º Distrito Naval da Marinha do Brasil|5º Distrito Naval]]''' ([[Marinha do Brasil]]): com sede em [[Rio Grande]] e jurisdição sobre os estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná.
* '''[[5º Esquadrão de Transporte Aéreo|V Comando Aéreo Regional]]''' ([[Força Aérea Brasileira]]): com sede em [[Canoas]] e jurisdição sobre os estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná.