Gastão de Orléans, Conde d'Eu: diferenças entre revisões

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O conde d'Eu decidiu utilizar táticas diversificadas para ludibriar o exército paraguaio quanto a como e por onde o exército aliado realizaria seus ataques. Na opinião do visconde de Taunay, o conde revelou "grande habilidade estratégica, paciência de experimentado capitão, indiscutível coragem e sangue-frio". Também participou ativamente das batalhas que ocorreram, como em [[Acosta-Ñu]], onde correu grande risco.<ref name="ReferenceA"/> Foi ideia do príncipe-consorte a de extinguir definitivamente a escravidão no Paraguai, que, segundo Josefina Plá em ''Hermano Negro: la Esclavitud en el Paraguay'', de 1972, possuía cerca de 25 mil escravos, dos quais muitos foram obrigados a lutar na guerra contra a tríplice aliança. Contudo, Gastão sofreu críticas, após descobrir que o general [[João Manuel Mena Barreto]] havia falecido (ele morrera ao salvar a vida do conde em um ataque de granada<ref>DORATIOTO, Francisco, Maldita Guerra, Companhia das Letras, 2002, pg.376</ref>), na batalha que resultou na conquista de [[Piribebuy]], quando ordenou o degolamento do coronel [[Pablo Caballero]], assim como do chefe político da vila, [[Patrício Marecos]].<ref name="ReferenceA"/> Em setembro, desanimado com a falta de condições materiais do exército brasileiro para prosseguir na perseguição a Solano López, e vendo negado pelo imperador seu pedido de pôr término à guerra, o conde d'Eu entrou em depressão e praticamente se retirou da condução de exército aliado na guerra, que viria somente a terminar em 1 de março de 1870, com a morte do ditador paraguaio. Ao retornar ao Brasil, em 29 de abril de 1870, Gastão foi recebido como herói e com grande manifestação popular,<ref name="ReferenceA"/> além de ter sido nomeado conselheiro de Estado em 6 de julho do mesmo ano.<ref name="vainfas"/>
 
No Paraguai não se "festeja" o Dia das Crianças, como em outros países, senão que se comemora as crianças mártires de Acosta Ñu na chamada Guerra da Tríplice Aliança. No dia 16 de agosto de 1869, ocorre a heróica batalha de Acosta Ñu, onde por falta de soldados, crianças foram disfarçadas com barbas falsas para que o inimigo os confundisse com adultos e lhes desse combate. "Seis horas eles ressistiram as cargas da pesada cavalaria brasileira, que, para vingar o engano, acabaria incendiando o campo de batalha com seus oponentes infantis," segundo o historiador argentino, José María Rosa, no seu livro "La Guerra del Paraguay y las montoneras argentinas." Juan José Chiavenatto diz no seu livro: "Os meninos de seis a oito anos, no fragor da batalha, espavoridos, seguravam as pernas dos soldados brasileiros, chorando para que eles não os matassem. Mas eles eram degolados no ato." "Depois da insólita batalha de Acosta Ñu, quando estava terminada, ao cair a tarde, as mães das crianças paraguaias saíam da mata para rescatar os cadáveres de seus filhos e socorrer os poucos sobreviventes, o conde d'Eu mandou incendiar o mato, matando as crianças e suas mães queimadas. "A ordem dele era matar" até o feto do ventre da mulher." O Hospital de Piribebuy foi incendiado após as portas e as janelas serem fechadas com 600 feridos, médicos e enfermeiras no interior. O Arquivo Nacional da República foi levado à rua e com os documentos históricos se fizeram fogueiras. O sangue corria pelas ruas como agua de chuva, quando 900 prisioneiros foram degolados. A batalha de Acosta Ñu foi algo que nas batalhas bélicas do mundo não tem comparação, não existem antecedentes de outros exércitos integrados completamente por crianças. Na batalha de Acosta Ñu, por volta de 3.000 crianças paraguaias enfrentaram 20.000 soldados do exército brasileiro, o qual é comemorado como um ato de heroísmo sem igual. Pela massacre produzida, até a atualidade se lembra a batalha de Acosta Ñu como um episódio de glória. E para comemorá-lo, todos os 16 de agosto se festeja o Dia das Crianças no Paraguai.
 
== A família ==