Estação Ferroviária de Caldas da Rainha: diferenças entre revisões

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=== Caracterização física ===
Em 2004, a Estação Ferroviária das Caldas da Rainha ostentava a classificação '''D''' da [[Rede Ferroviária Nacional]], apresentava 3 vias de circulação, onde se podiam efectuar manobras, e dispunha de um serviço de abastecimento de gasóleo, e de um serviço de informação ao público.<ref>{{citar jornal|título=Directório da Rede Ferroviária Portuguesa 2005|pagina=61, 67, 82|acessodata=30 de Outubro de 2010|data= 13 de Outubro de 2004|publicado=Rede Ferroviária Nacional}}</ref> Em 2005, o complexo da estação incluía um edifício de passageiros, sanitários, um antigo restaurante e uma habitação, dormitórios, e uma cocheira.<ref name=Refer/> O edifício de passageiros apresenta um estilo tradicional português, enquanto que o restaurante utiliza o estilo modernista português, tendo ambos sido construídos na primeira metade do Século XX.
 
Em Janeiro de 2011, contava com 3 vias de circulação, com 558 e 310 m de comprimento; as plataformas tinham todas 196 m de extensão, apresentando 45 e 40 cm de altura.<ref>{{citar jornal|pagina=71-85|título=Linhas de Circulação e Plataformas de Embarque| jornal=Directório da Rede 2012|data=6 de Janeiro de 2011|editora=Rede Ferroviária Nacional}}</ref>
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== História ==
=== Século XIX ===
[[File:MalapostaMapa com os projectos dos caminhos de ferro em 1845.jpg|thumb|AntigoMapa edifíciocom daos [[Estaçãoplanos daferroviários Mala-Postade do1845, Casalincluindo dosa Carreiros]],linha situadade noAlhandra Concelhoao dePorto via Caldas da Rainha, Leiria e Coimbra.]]
====Antecedentes e primeiros planos====
Na transição para o Século XIX, a vila de Caldas da Rainha, tal como a restante região da [[Estremadura]], tinha grandes problemas de comunicações, estando dependente de uma rede viária muito deficiente, sendo o principal eixo uma estrada entre [[Lisboa]] e [[Coimbra]], que passava pelas Caldas da Rainha.<ref>RODRIGUES ''et al'', 1993:279-280</ref> Em 1798, iniciou-se um serviço de mala posta entre Lisboa e Coimbra, que demorava cerca de 3 dias no percurso entre as duas cidades, e que ao fim de pouco tempo foi cancelado.<ref name=Rodrigues1993:279/> Na década de 1820, foram feitas várias tentativas para reiniciar os serviços de mala posta em Portugal, incluindo uma das Caldas da Rainha até [[Vila Nova da Rainha (Azambuja)|Vila Nova da Rainha]], onde se ligava aos barcos a vapor até Lisboa.<ref name=Rodrigues1993:279/> No entanto, este serviço era muito moroso, uma vez que o navio de Lisboa a Vila Nova da Rainha levava cerca de 3 horas e meia, e depois a diligência ainda demorava mais cerca de 6 horas até às Caldas da Rainha.<ref name=Rodrigues1993:280>RODRIGUES ''et al'', 1993:280</ref>
 
Na Década de 1840, uma empresa britânica apresentou vários projectos para linhas férreas em Portugal, incluindo uma de [[Alhandra (Vila Franca de Xira)|Alhandra]] ao Porto, passando por Caldas da Rainha, [[Leiria]] e Coimbra, tendoembora esteestes empreendimentoplanos tenham sido abandonadoabandonados com a [[Revolução da Maria da Fonte|queda do Cabralismo]], em 1846.<ref>{{Citar jornal|pagina=507-509|titulo=80 Anos de Caminhos de Ferro|numero=1173|volume=48|data=1 de Novembro de 1936|jornal=Gazeta dos Caminhos de Ferro|url= http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/GazetaCF/1936/N1173/N1173_master/GazetaCFN1173.pdf|acessodata=30 de Maio de 2014}}</ref>
 
Na segunda metade do Século XIX, com o início da [[Regeneração (história)|Regeneração]], o governo, sob o comando de [[Fontes Pereira de Melo]], iniciou um ambicioso programa de obras públicas, que incluía o desenvolvimento da rede viária e a construção de uma rede de caminhos de ferro, de forma a melhorar as acessibilidades no país.<ref name=Rodrigues1993:279/> Em 1854, o governo Regenerador iniciou a reconstrução da estrada real entre Lisboa e Coimbra, sendo a primeira fase das obras relativa ao percurso entre o [[Carregado]] e as Caldas da Rainha, e em 6 de Julho desse ano ordenou a construção de uma estrada entre as Caldas da Rainha e [[Alenquer (Portugal)|Alenquer]].<ref name=Rodrigues1993:280/> Em 1855 foi reiniciada a mala posta do Carregado a Coimbra, que tinha uma estação de muda nas Caldas da Rainha.<ref>RODRIGUES ''et al'', 1993:284</ref> Além disso, em meados do século também surgiram empresas que faziam serviços de transporte desde as Caldas da Rainha até Vila Nova da Rainha, e desse ponto até ao Carregado e à Azambuja.<ref name=Rodrigues1993:288>RODRIGUES ''et al'', 1993:288</ref>
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Em 2 de Agosto de 1892, foi organizado um comboio especial para transportar o Rei [[Carlos I de Portugal|D. Carlos]] e a Rainha [[Amélia de Orleães|D. Amélia]] até às Caldas da Rainha, para utilizarem as termas, tendo permanecido na vila até ao dia 28.<ref>RODRIGUES ''et al'', 1993:361</ref>
 
[[File:HorarioCaixeiros comboiosde BadajozLisboa Valencanas Caldas -da GuiaRainha Official- CFIlustracao 168Portuguesa 1913339 1912.jpg|thumb|HorárioExcursão de 1913 para os comboios directoscaixeiros de [[Badajoz]]Lisboa a [[Estaçãosair deda Valença|Valença]]estação edas Caldas da Rainha, em 1912.]]
=== Século XX ===
====Décadas de 1900 e 1910====
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====Décadas de 1950 e 1960====
Em 1 de Abril de 1954, a [[Gazeta dos Caminhos de Ferro]] noticiou que tinha sido feita uma viagem experimental entre Lisboa e as Caldas da Rainha, de forma a testar uma [[Série 0300 da CP|automotora holandesa]], que tinha vindo recentemente para Portugal como parte de um programa da C. P. para modernização do material circulante.<ref name=Gazeta1591/> A automotora demorou cerca de uma hora e meia no percurso, tendo a bordo várias altos funcionários da C. P. e representantes da empresa fabricante.<ref name=Gazeta1591>{{citar jornal|titulo=Novo material para a C. P.|pagina=62|data=1 de Abril de 1954|jornal=Gazeta dos Caminhos de Ferro|volume=67| numero=1591|url=http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/GazetaCF/1954/N1591/N1591_master/GazetaCFN1591.pdf|acessodata=21 de Agosto de 2018}}</ref>
 
Em 1958, a estação oferecia serviços de passageiros e bagagens, da Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses.<ref>SILVA ''et al'', 1961:189</ref> Nesse ano, a estação de Caldas da Rainha foi a que teve mais movimento na região, com picos de procura nas épocas da Páscoa, Natal e balnear.<ref>SILVA ''et al'', 1961:202</ref>