Economia: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
m Foram revertidas as edições de 2001:8A0:EEC5:C501:602B:1449:8DD1:EFBB para a última revisão de Coltsfan, de 22h23min de 19 de agosto de 2018 (UTC)
Etiqueta: Reversão
O item da economia marxiana estava muito raso, sem apresentar as principais discussões atuais como foram feitas em outros itens. Desenvolvi a parte da teoria do valor e coloquei os temas da obra marxiana que são discussão dos economistas.
Linha 368:
 
=== Economia marxiana ===
{{Artigos principais|[[Economia de penúria]], [[Economia marxiana]], [[Problema do cálculo econômico]]}}
 
[[Imagem:Karl Marx 001.jpg|150px|direita|thumb|A escola econômica marxista vem do trabalho de Karl Marx.]]
A economia marxista, mais tarde chamada marxiana, descende da economia clássica, em particular da obra de [[Karl Marx]]. O primeiro volume da obra de Marx, [[O Capital]], foi publicada em alemão em 1867. Nela, Marx foca escreve sobre sua "teoria do valor-trabalho" e o que ele considera a exploração do trabalho pelo capital. Assim, a teoria do valor-trabalho, além de ser uma simples teoria dos preços, se transformou em um método para medir a utilizaçãoorigem doda trabalhoriqueza numdas sistemasociedades capitalista,<ref name="Roemer">[[John Roemer|Roemer, Jcapitalistas.E.]] (1987). "Marxian Value Analysis". ''[[The New Palgrave: A Dictionary of Economics]]'', v. 3, 383.</ref><ref>[[Ernest Mandel|Mandel, Ernest]] (1987). "Marx, Karl Heinrich", ''The New Palgrave: A Dictionary of Economicsv. 3, pp. 372, 376.</ref> apesar de disfarçadas pela economia política "vulgar".<ref>Vianello, Fernando (1987). "labour theory of value," ''The New Palgrave: A Dictionary of Economics'', v. 3, pp. 111-12.</ref><ref>Baradwaj Krishna (1987). "vulgar economy," ''The New Palgrave: A Dictionary of Economics'', v. 3, p. 831.</ref>
 
O Livro I d'O Capital, discute sobre como os lucros tem origem na exploração do trabalho pelo capital, que acontece quando os valores produzidos pelos trabalhadores são maiores que seus salários. Marx recicla a teoria do valor-trabalho que existia até [[David Ricardo|Ricardo]], ao aplicar a dialética [[Georg Wilhelm Friedrich Hegel|hegeliana]] às categorias dos economistas clássicos, incluindo conceitos elaborados por [[Jean de Sismondi|Sismondi]] e [[William Petty|Petty]]. Além disso, Marx criticava os economistas que viriam a influenciar a teoria do valor-utilidade, como [[Jean-Baptiste Say|Say]] e [[Frédéric Bastiat|Bastiat]].<ref>{{citar livro|título=O capital|ultimo=Marx|primeiro=Karl|editora=BOITEMPO EDITORIAL|ano=2011|local=|páginas=|acessodata=}}</ref>. A teoria do valor-trabalho não é uma simples teoria dos preços, já que, na escola marxiana, valores e preços são coisas distintas. Em resumo a teoria do valor-trabalho mostra como, historicamente, o tempo de trabalho socialmente necessário se transformou em um método para medir o valor num sistema capitalista,<ref name="Roemer">[[John Roemer|Roemer, J.E.]] (1987). "Marxian Value Analysis". ''[[The New Palgrave: A Dictionary of Economics]]'', v. 3, 383.</ref><ref>[[Ernest Mandel|Mandel, Ernest]] (1987). "Marx, Karl Heinrich", ''The New Palgrave: A Dictionary of Economicsv. 3, pp. 372, 376.''</ref> apesar de todo esse processo ser deformado pela economia política "vulgar" e pelo que Marx chama de [[fetiche da mercadoria]].<ref>Vianello, Fernando (1987). "labour theory of value," ''The New Palgrave: A Dictionary of Economics'', v. 3, pp. 111-12.</ref><ref>Baradwaj Krishna (1987). "vulgar economy," ''The New Palgrave: A Dictionary of Economics'', v. 3, p. 831.</ref>
 
Durante todo O Capital e outras obras, Marx discutiu como o capitalismo gera sua autodestruição, ao criar sistematicamente crises de super produção e tendências de queda da taxa de lucro. Foi um dos primeiros economistas a se debruçar sobre os avanços tecnológicos, o setor financeiro, a exploração colonial, os monopólios, dentre outras questões que seriam objeto de análise dos economistas posteriores à sua morte.<ref>{{Citar livro|url=https://www.worldcat.org/oclc/742236917|título=O capital / 4, Livro Terceiro : O processo global da produção capitalista.|ultimo=1818-1883.|primeiro=Marx, Karl,|data=2008|editora=Civilização Brasileira|local=Rio de Janeiro|isbn=9788520007259|oclc=742236917}}</ref>
 
Atualmente, apesar de poucos economistas utilizarem o método materialista dialético, muitos utilizam as categorias criadas por Marx, como [[Mais-valia|mais-valor]], concentração e centralização do capital, ideologia, capital portador de juros e taxa de rotação do capital. Das discussões contemporâneas, se destacam na comunidade científica a discussão sobre a [[teoria da dependência]]<ref>{{citar web|url=https://jornalggn.com.br/blog/alfeu/a-teoria-marxista-da-dependencia-por-carlos-eduardo-martins|titulo=A teoria marxista da dependência, por Carlos Eduardo Martins|data=2017|acessodata=22/08/2018|publicado=GGN|ultimo=Nassif|primeiro=L}}</ref>, a [[Mercado financeiro|financeirização da economia]]<ref>{{Citar livro|url=https://www.worldcat.org/oclc/684129297|título=A mundialização do capital|ultimo=François.|primeiro=Chesnais,|data=1996|editora=Xamã|local=São Paulo|isbn=8585833149|oclc=684129297}}</ref>, o [[imperialismo]]<ref>{{citar web|url=https://thenextrecession.wordpress.com/2018/07/30/world-trade-and-imperialism/|titulo=World trade and imperialism|data=30/06/2018|acessodata=22/08/2018|publicado=the next recession|ultimo=Roberts|primeiro=Michael}}</ref>, as [[Crise econômica|crises modernas]]<ref>{{Citar livro|url=https://www.worldcat.org/oclc/903310248|título=Os limites do capital|ultimo=David,|primeiro=Harvey,|data=2013|editora=Boitempo|local=São Paulo|isbn=9788575593585|oclc=903310248}}</ref> e as novas relações trabalhistas<ref>{{citar livro|título=O Privilégio da servidão|ultimo=Antunes|primeiro=Ricardo|editora=BOITEMPO EDITORIAL|ano=28 de maio de 2018|local=|páginas=|acessodata=}}</ref>.
 
=== Economia neoclássica ===