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Em [[1871]] Berlin se tornou a capital do [[Império Alemão]], recentemente instituído. A mudança no ''status'' e o crescente senso de orgulho nacional tornou uma obrigação para os berlinenses equiparar sua galeria de arte com as melhores coleções de outras importantes capitais da Europa e sobrepujar os centros culturais de [[Dresden]] e [[Munique]], então mais brilhantes. Contudo, a competição entre os museus e colecionadores privados, e a procura por obras de arte, cresciam sem cessar, elevando drasticamente seus preços, o que atraiu muitos nobres a se desfazerem de suas coleções privadas. Neste momento foi indicado novo curador [[Julius Meyer]], logo recebendo ajuda de [[Wilhelm von Bode]], que consideraram prioridade suprir as lacunas da linha de tempo da coleção com poucas peças-chave de alta qualidade, sem dispersar recursos com a compra de uma multiplicidade de obras menos significativas, e solicitaram a concessão de verbas adicionais para uma nova viagem à Itália.
 
Contando com 100 mil táleres, iniciaram suas pesquisas, mas logo se viram decepcionados por uma série de dificuldades operacionais, com o progressivo fechamento do mercado italiano para estrangeiros, e com a lentidão das negociações com proprietários. Mesmo assim lograram adquirir algumas peças importantes de [[Luca Signorelli]], [[Tiepolo]], [[Giambattista Pittoni]], Tintoretto e [[Verrocchio]]. Com a frustração do projeto, decidiu-se então trilhar um novo rumo e criou-se uma rede de agentes em diversas capitais, agilizando o processo de aquisições e tornando-o competitivo. Este sistema logo revelou-se eficiente o bastante para nos anos imediatamente a seguir dotar o museu com uma série de obras de primeiro nível, incluindo as pertencentes a [[Barthold Suermondt]], então o maior colecionador privado da Europa. O trabalho sistemático e ávido de Bode levou a Gemäldegalerie a se tornar uma das mais importantes reuniões de pintura européia. Entretanto, em [[1887]] a coleção foi reorganizada, e cerca de mil obras pouco exibidas ou de atribuição duvidosa foram leiloadas. Uma atitude discutível sob o ponto de vista atual, na época era comum, e foi considerada adequada, tanto que em [[1890]] Bode foi indicado novo diretor da galeria.
[[Ficheiro:Max Liebermann Bildnis Wilhelm Bode.jpg|thumb|Wilhelm von Bode em retrato de Max Liebermann.]]
Sua primeira dificuldade administrativa foi ter de lidar com a crescente falta de espaço no antigo edifício, e logo iniciou planos para a construção de um novo, agora concebido para funcionar segundo uma nova sistemática de exposição, com peças de vários gêneros integradas num mesmo espaço a fim de reconstituir com maior fidelidade e coerência cada época ou estilo, seguindo uma idéia de inspiração [[renascentista]]. Encontrou oposição de início, mas o apoio do casal imperial bastou para que em [[1896]] fossem iniciados os trabalhos, sob direção do arquiteto [[Ernst von Ihne]]. A seção de arte antiga permaneceu no prédio do Altes Museum e as pinturas e esculturas mais recentes foram deslocadas para a nova sede, inaugurada em [[18 de outubro]] de [[1904]]. Nesta ocasião o museu recebeu a importante doação das coleções privadas de [[Alfred Thiem]] e [[James Simon]], e passou a se denominar oficialmente ''Kaiser-Friedrich-Museum'' (mais tarde renomeado [[Museu Bode]]), em homenagem ao Imperador [[Frederico III da Alemanha|Frederico III]].