Tibério (filho de Constante II): diferenças entre revisões

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[[Imagem:Iustinianus II solidus 691840.jpg|thumb|upright=1.05|[[Soldo (moeda)|Soldo]] de {{lknb|Justiniano|II}} datável de seu primeiro reinado {{nwrap|r.|685|695}}]]
 
Era o filho mais novo de {{lknb|Constante|II}} {{nwrap|r.|641|668}}. Sua mãe era [[Fausta (esposa de Constante II)|Fausta]], filha do [[patrício]] [[Valentino (usurpador)|Valentino]].{{sfn|Kazhdan|1991|p=496}} Apesar de seu irmão mais velho, {{lknb|Constantino|IV}} {{nwrap|r.|668|685}}, ter sido elevado à condição de coimperador em 654,{{sfn|Kazhdan|1991|p=500}} cinco anos depois, antes da partida de Constante à [[Exarcado de Ravena|Itália]], Tibério e outro irmão mais velho, [[Heráclio (filho de Constante II)|Heráclio]], também foram. Em 663, Constante tentou fazer com que os filhos se juntassem a ele em sua nova residência em [[Siracusa]], na [[Sicília (província romana)|Sicília]], o que provocou uma revolta popular em [[Constantinopla]] que terminou fazendo com que os meninos ficassem na capital;{{sfn|name=Win48|Winkelmann|2001|p=47-48}} ela foi encabeçada por [[Teodoro de Coloneia|Teodoro]] de [[Coloneia no Lico|Coloneia]] e [[André (cubiculário)|André]].{{sfn|name=Li2013|Lilie|2013}}
 
Com a morte de Constante&nbsp;II em 668, Constantino&nbsp;IV se tornou imperador sênior. Tentou demover seus irmãos pouco antes do [[Sexto Concílio Ecumênico]] (681), causando uma revolta militar no [[Tema Anatólico]].{{sfn|name=Mo1997|Moore|1997}} O exército marchou até [[Crisópolis]] e enviou delegação através do [[Helesponto]] até a capital exigindo que continuassem como coimperadores junto de Constantino.{{sfn|Bury|1889|p=308}} Os militares basearam sua demanda na crença que, como o [[céu (cristianismo)|céu]] seria governado pela [[Santíssima Trindade|Trindade]], o império deveria ser, do mesmo modo, governado por três imperadores.<ref name=Mo1997 /> Eles estavam sob liderança de [[Leão (estratego do Tema Anatólico)|Leão]].<ref name=Li2013 />
 
Confrontado pela situação, Constantino manteve-se vigilante em relação aos irmãos e enviou um emissário de confiança, o capitão de [[Coloneia no Licos|Coloneia]] Teodoro, com a delicada tarefa de elogiar os soldados por sua devoção e concordar com suas propostas, tudo com o objetivo de persuadi-los a voltar aos seus acampamentos na [[Anatólia]]. Teodoro também convidou os líderes da revolta até Constantinopla para se consultarem com o [[Senado bizantino|senado]] para ver se era possível confirmar seus desejos. Contente com o aparente final feliz, o exército partiu de volta ao interior da Anatólia e os líderes do movimento ficaram na cidade.{{sfn|Bury|1889|p=309}} Sem a ameaça das tropas, Constantino se aproveitou para atacá-los, capturando-os e enforcando-os em [[Sícas]].{{sfn|Stratos|1980|p=139}}
 
Apesar dessa turbulência, Heráclio e Tibério participaram no concílio de 681, como sua abertura em nome dos 3 imperadores indica. <ref name=Li2013 /> Em algum momento entre 16 de setembro e 21 de dezembro de 681, Constantino ordena a [[Mutilação política na cultura bizantina|mutilação]] dos irmãos, cortando-lhes o nariz e ordenando que suas [[efígie|imagens]] não mais fossem estampadas nas moedas e documentos imperiais.{{sfn|Grierson|1968|p=513}} Depois, Tibério e o irmão desaparecem do registro histórico.{{sfn|Haldon|2016|p=43–45}} Pensa-se que tais medidas tinham como finalidade assegurar a sucessão de seu filho, o futuro {{lknb|Justiniano|II}}.{{sfn|Hoyland|2012|p=173-174}}