Ação Libertadora Nacional: diferenças entre revisões

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[[Imagem:ALN.jpg|thumb|250px|Cartaz da ALN.]]
 
'''Ação Libertadora Nacional''' ('''ALN''') foi uma organização revolucionária que exercia resistência à [[Ditadura militar no Brasil (1964–1985)|Ditadura Militar]] instaurada pelo [[Golpe de Estado no Brasil em 1964]].
 
== História ==
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Para o jornalista Luís Maklouff Carvalho, a ALN era a organização mais estruturada da guerrilha urbana, sendo também aquela em que a quantidade de mulheres vinculadas era proporcionalmente maior do que em outras organizações.<ref>Carvalho, Luis Maklouf. ''Mulheres que foram à luta armada''. São Paulo: Globo, [[1998]], p. 200</ref> Seus ideais eram a luta contra o [[regime militar]] e pela instalação de um governo popular revolucionário, mesmos objetivos do ao lado do [[Movimento Revolucionário 8 de Outubro]] (MR-8) e do [[Partido Comunista Brasileiro Revolucionário]] (PCBR).<ref name="cpdoc" >{{citar web|URL=http://www.fgv.br/cpdoc/acervo/dicionarios/verbete-tematico/acao-libertadora-nacional-aln|título=Ação Libertadora Nacional {ALN)|autor=Alzira Alves de Abreu|data=|publicado=CPDOC - FGV, Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil|acessodata=27 de agosto de 2018}}</ref>
 
Em seu programa de ação a Ação Libertadora Nacional audodefinia-se da seguinte forma: ''Todos nós somos guerrilheiros, terroristas e assaltantes e não homens que dependem de votos de outros revolucionários ou de quem quer que seja para se desempenharem do dever de fazer a revolução. O centralismo democrático não se aplica a Organizações revolucionárias como a nossa.''<ref>[http{{citar web|URL=https://www.marxists.org/portugues/tematica/1969/08/organizacao-revolucionarios.htm |título=Sobre a Organização dos Revolucionários: Aliança Libertadora Nacional (ALN)]</ref>
|autor=|data=agosto de 1969|publicado=Marxists Internet Archive |acessodata=27 de agosto de 2018}}</ref>
 
Segundo pesquisadores e militantes de esquerda, como [[Nilmário Miranda]] e [[Carlos Tibúrcio]] (ambos ex-guerrilheiros), a ALN tinha a proposta de uma ação objetiva e imediata de aniquilamento do regime militar, defendendo a [[luta armada]], a [[guerrilha]] e a guerra popular como instrumentos de ação política.
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Em [[1967]], a ALN iniciou ações para sua estruturação, denominadas de [[expropriação|expropriações]], como assaltos a bancos, carros, trens pagadores e outros métodos criminosos . Em seus melhores momentos, a maioria de seus militantes eram estudantes que foram a linha de frente da organização. Dos quatro sequestros de diplomatas realizados na história do país, a ALN participou da execução de dois. O primeiro, junto com o [[Movimento Revolucionário 8 de Outubro|MR-8]], foi o do embaixador estadunidense [[Charles Burke Elbrick]], em setembro de [[1969]], que conseguiu a libertação de 15 presos políticos, além de conquistar grande destaque na [[imprensa]], divulgando a sigla da organização e a ideia da luta armada. O segundo sequestro foi o do embaixador alemão [[Ehrenfried von Holleben|Ehrefried Von Holleben]], que libertou 44 [[presos políticos]].<ref name="cpdoc" />
 
Marighella foi morto em uma tocaia montada pelo delegado [[Sérgio Paranhos Fleury]], um dos principais suspeitos de tortura no Regime Militar, no dia [[4 de novembro]] de 1969, em [[São Paulo (cidade)|São Paulo]], na [[alameda Casa Branca]].<ref>[{{citar web|URL=http://www.carlos.marighella.nomfgv.br/vida.htm]<cpdoc/acervo/dicionarios/ref>.verbete-biografico/marighella-carlos|título=Carlos EleMarighella|autor=Mauro foiMalin|data=|publicado=CPDOC morto- comFGV, váriosCentro tirosde pelasPesquisa costas.e Documentação de História Contemporânea do Brasil|acessodata=27 de agosto de 2018}}</ref> [[Joaquim Câmara Ferreira]] (o "Velho" ou "Toledo"), [[jornalista]] e ex-membro do PCB desde a década de quarenta, dirigiu a ALN a partir daí até a sua morte, em [[23 de outubro]] de [[1970]], quando foi delatado por ''José Silva Tavares'', o "Severino", que teria sido torturado após ser preso. Joaquim Câmara foi torturado até a morte pelo Delegado Fleury e membros de sua equipe.<ref>{{citar web|URL=http://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/54450/noticia.htm?sequence=1|título=Espiões monitoravam brigas|autor=|data=9 de abril de 2012|publicado=Correio Braziliense, Política, p. 5|acessodata=27 de agosto de 2018}}</ref>
 
Em 1970, [[Eduardo Collen Leite]] (codinome Bacuri), um importante membro da ALN, foi preso pela equipe do delegado Fleury e morreu após 109 dias de confinamento.<ref>[http{{citar web|URL=https://wwwistoe.mepr.orgcom.br/cultura-popular142634_109+DIAS+DE+TORTURA/herois-do-movimento-estudantil/137-eduardo-collen-leite-.html]|título=109 dias de tortura|autor=Juliana Dal Piva|data=21 de janeiro de 2016|publicado=|acessodata=27 de agosto de 2018}}</ref>.
 
Em [[1971]], um grupo de dissidentes que havia efetuado treinamento de guerrilha em [[Cuba]] criou o [[Movimento de Libertação Popular]] (Molipo). A maior parte de seus militantes da linha de frente foi morta até [[1974]] e depois disso a ALN apenas sobreviveu ao cerco montado pela repressão.
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== Ver também ==
* [[Partido Comunista Brasileiro]]
* [[Regime militar no Brasil (1964-1985)]]
* [[Anos de Chumbo]]
* [[MR-8]]
* [[O Que É Isso, Companheiro?]]
* [[O Que É Isso, Companheiro? (filme)]]
 
{{Referências|col=2}}
 
== Ligações externas ==
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* [http://www.acaolibertadoranacional.org/ Site Oficial da nova ALN em formação]
* [http://www.marxists.org/portugues/tematica/1969/08/organizacao-revolucionarios.htm Sobre a Organização dos Revolucionários: Aliança Libertadora Nacional (ALN)]
 
 
{{Esboço-comunismo}}
{{Atividade paramilitar durante a ditadura militar no Brasil (1964–1985)}}
{{Controle de autoridade}}
 
{{DEFAULTSORT:Acao Libertadora}}