Império das Gálias: diferenças entre revisões

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== História ==
=== Origens ===
A [[crise do terceiro século]] romana continuava depois que o imperador [[Valeriano]] foi derrotado e capturado pelo [[Império Sassânida]], deixando seu filho [[GalienoGaliano]] no comando de um império muito instável. Logo depois, o [[Império de Palmira]], que abrangia as províncias no [[Egito romano|Egito]], [[Síria romana|Síria]], [[Judeia]] e [[Arábia Pétrea|Arábia]], declarou independência de Roma.
 
Os governadores na [[Panônia]] tentaram, sem sucesso, fazer o mesmo, obrigando o imperador a deixar a região do Danúbio para lidar com os rebeldes. Com isso, Póstumo, que era o governador da [[Germânia Superior]] e da [[Germânia Inferior]], encarregado da [[limes|fronteira do Reno]]. Um administrador brilhante, Póstumo já havia sido vitorioso contra os invasores [[francos]] no verão de 260. Ele os havia derrotado de forma tão conclusiva que não houve ali nenhum [[raide]] [[germanos|germânico]] nos dez anos seguintes. Todos estes fatores se combinaram para fazer de Póstumo um dos homens mais poderosos de todo o império.
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O herdeiro imperial, [[Salonino]], e o [[prefeito pretoriano]], Silvano, permaneceram em [[Colônia Agripina]] (moderna [[Colônia (Alemanha)|Colônia]], [[Alemanha]]) para manter o garoto fora de perigo e, provavelmente, para vigiar os movimentos de Póstumo. Não demorou, porém, para que ele [[cerco|cercasse]] a cidade e mandasse executar os dois, tornando a revolta oficial. Acredita-se que ele tenha estabelecido ali ou em [[Augusta dos Tréveros]] ([[Tréveris]]) sua capital,<ref>J.F. Drinkwater (1987), ''The Gallic Empire: Separatism and continuity in the north-western provinces of the Roman Empire'', Franz Steiner Verlag, Stuttgart, pp. 24-27.</ref> com [[Lugduno]] ([[Lyon]]) como a terceira cidade mais importante do novo império.
 
O Império das Gálias tinha sua própria [[guarda pretoriana]], dois [[Cônsul (Roma Antiga)|cônsules]] eleitos anualmente (nem todos os nomes sobreviveram) e, provavelmente, seu próprio [[Senado Romano|senado]]. Pelas evidências [[numismática]]s, o próprio Póstumo foi cônsul por cinco vezes. Ele também conseguiu repelir com sucesso a invasão de GalienoGaliano em 263 e não teve mais que enfrentá-lo novamente depois disso. Porém, no início de 268, foi obrigado a enfrentar [[Leliano]], provavelmente um de seus próprios oficiais, que foi proclamado imperador em [[Mogoncíaco]] ([[Mainz]]) pela [[legião romana|legião]] [[Legio XXII Primigenia|XXII ''Primigenia'']]. Póstumo rapidamente tomou a capital rebelde e Leliano foi morto, mas acabou pagando um alto preço, pois ele foi derrubado e morto por suas tropas, supostamente por não permitir que o exército saqueasse Mogoncíaco.<ref>[[Aurélio Vítor]] 33.8.</ref><ref>[[Eutrópio (historiador)|Eutrópio]] 9.9.1.</ref>
 
=== Depois de Póstumo ===
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| style="text-align:center;"|[[268]]
| style="text-align:center;"|Fundador do Império das Gálias, reinou durante a sua fase mais próspera.
| style="text-align:center;"|[[GalienoGaliano]]
| style="text-align:center;"|<ref name="chronol">Drinkwater (1987), p. 102.</ref>
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| style="text-align:center;"|[[268]]
| style="text-align:center;"|Usurpador
| style="text-align:center;"|[[GalienoGaliano]]
| style="text-align:center;"|<ref name="chronol"/>
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| style="text-align:center;"|[[268]]
| style="text-align:center;"|Reinou por um breve período depois de Póstumo
| style="text-align:center;"|[[GalienoGaliano]]
| style="text-align:center;"|<ref name="chronol"/>
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