Pompeu: diferenças entre revisões
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Com a crescente hegemonia romana, as economias marítimas ainda independentes no Mediterrâneo se viram em posição cada vez mais marginal e um bom número delas pode de fato ter recorrido à pirataria. Enquanto elas conseguissem atender à demanda crescente de Roma por escravos, deixassem seus aliados e territórios em paz e não ajudassem seus inimigos, eram toleradas. Algumas delas desistiram.<ref name="books.google.co.uk"/> Mas medo da pirataria era forte — e estes mesmos piratas, como mais tarde se alegaria, haviam ajudado Sertório.
No final do inverno, os preparativos estavam encerrados. Pompeu alocou um [[legado]] em cada uma das treze áreas determinadas e enviou-lhes com suas frotas. Em quarenta dias, o Mediterrâneo ocidental estava livre.<ref name="Boak, History of Rome, pg. 160"/> [[Dião Cássio]] relata que as linhas de comunicação entre Hispânia, África e Itália foram re-estabelecidas{{efn|Provavelmente uma referência ao suprimento de cereais; a extensão desta interrupção antes da campanha de Pompeu é desconhecida. Esta referência à Hispânia pode estar relacionada com a revolta e resistência de Sertório — ajudado, em alguns relatos por "[[piratas cilicianos]]" — ou o resultado de seu fim.}} e que Pompeu, em seguida, voltou sua atenção para a maior e mais poderosa destas alianças marítimas, localizada na costa da [[Cilícia]]{{Efn|Uma região que compreende, a grosso modo, à costa sul da moderna Turquia. Antes uma província [[Império Selêucida|selêucida]], na época de Pompeu e por algum tempo ainda, era um território semi-independente cuja soberania era debatida pelos estados gregos vizinhos. A região resistia a qualquer reivindicação, mas acabou sendo incorporada à [[República Romana]].}}. Depois de derrotar sua frota, Pompeu forçou a região à rendição com promessas de perdão. Depois de assentar muitos piratas capturados em [[
De Souza afirma que Pompeu já havia oficialmente retornado os cilicianos às suas próprias cidades (e não a
Em Roma, porém, Pompeu virou um herói; novamente ele garantiu o suprimento de cereais da cidade. Segundo [[Plutarco]], no final do verão de {{AC|66|X}}, suas forças já haviam removido do Mediterrâneo todas as ameaças. Pompeu foi aclamado como o maior dos romanos, ''"[[primus inter pares]]"'' ("primeiro entre iguais"). [[Cícero]] não conseguiu resistir e escreveu um [[panegírico]]:
{{Citação2|Pompeu realizou seus preparativos para a guerra no final do inverno, iniciou-a no começo da primavera e terminou-a no meio do verão.|[[Cícero]]|''pro Lege Manilia'', 12<ref>[[Cícero]], ''pro Lege Manilia'', 12 ou ''De Imperio Cn. Pompei'' (favorável à [[Lex Manilia]]'' sob o comando extraordinário de Pompeu"''), 66 BC.</ref>}}
A rapidez e eficiência de sua campanha provavelmente garantiram a Pompeu seu próximo e ainda mais impressionante comando, o da antiga guerra contra [[Mitrídates VI do Ponto|Mitrídates VI]] do [[Reino do Ponto|Ponto]]. Na década de {{AC|40|x}}, [[Cícero]] comentaria de forma menos favorável sobre a campanha contra os piratas e, especialmente, sobre o fracassado "assentamento" em
== Pompeu no oriente ==
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