Sármatas: diferenças entre revisões

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Heródoto (4.110-117) relata um conto da origem dos ''Sauromatae'', como os descendentes de um bando de jovens citas e de um grupo de [[Amazonas (guerreiras)|amazonas]], desta forma explicando o que poderia ter sido a sua língua iraniana norte-oriental - uma forma impura do cita - e a forma pouco comum de liberdade das mulheres ''Sauromatae'', inclusive participando das guerras - uma herança de suas ancestrais amazonas. Escritores posteriores chamavam a alguns deles de "''Sarmatae'' governados por mulheres" (γυναικοκρατούμενοι). [[Hipócrates]] (''De Aere'', etc., 24) os classificou como citas.
 
[[Tácito]] menosprezou os sármatas (''[[GermaniaGermânia (Tácito)|Germânia]]'', cap. 46), colocando-os como habitantes das florestas, não das [[estepe]]s, tendo um "aspecto degradado"; sua visão dos sármatas como "vivendo montados e em vagões" soa mais apropriada.
 
Depois, [[Pausânias (geógrafo)|Pausânias]], vendo oferendas comemorativas próximo à [[Acrópole]] de [[Atenas]] no [[século {{séc|II]]}} (''Descrição da Grécia'' 1.21.5-6) encontrou entre elas
:"um peitoral sármata. Vendo isto um homem dirá que não menos que os gregos estes estrangeiros são hábeis nas artes: para os saurómatas (''Sauromatae'') que não têm ferro, nem o extraíram nem o importaram ainda. Eles não se comportam , na realidade, como os outros estrangeiros à sua volta. Para suprir essa deficiência eles têm planejado invenções. No lugar de ferro, eles usam ossos nas suas lanças cortantes, e madeira de cornel [um tipo de arbusto europeu] para seus arcos e flechas, com pontas de osso nas flechas. Eles lançavam um laço em volta de qualquer inimigo que eles encontrassem, e então giravam seus cavalos derrubando o inimigo capturado com o laço."
 
:"Seus peitorais eles faziam da seguinte forma: cada homem possui muitas éguas, e a terra não é dividida em lotes privados, nem possui qualquer coisa exceto árvores selvagens, sendo as pessoas. Essas éguas eles não usam apenas para a guerra, mas também em sacrifícios para os deuses locais e como fonte de comida. Seus cascos eles recolhem, limpam, e deles fazem chocalhos como o de cobras. Quem nunca viu uma cobra com chocalho ao menos deve ter visto uma pinha ainda verde. Quem os vir não se equivocará se comparar o produto dos cascos com os segmentos que são vistos numa pinha. Essas peças eles furam e costuram juntos com tendões de cavalos e bois, e então os usam como peitorais que são tão belos e fortes como os dos gregos. Para que eles possam se proteger dos objetos arremessados e das pancadas no combate corpo a corpo."