Tradicionalismo: diferenças entre revisões

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Obras panfletárias do naipe de ''Dissertação a favor da monarquia'' (1799) do [[marquês de Penaiva]]; os escritos anti-franceses de [[José Acúrcio das Neves]] (1808-1817) e de [[José Agostinho de Macedo]] (1809-1812); a ''Refutação metódica das chamadas bases da Constituição política da monarquia portuguesa'' (1824); ''Os povos e os reis'' (1825), de [[Faustino da Madre de Deus]]; enquanto no Brasil, a obra propagou tais ideiais o [[Visconde de Cairu]].
 
Após a derrota do miguelismo, [[José da Gama e Castro]] (1795-1873) continua viva a chama tradicionalista lusitana com sua obra magna ''O Novo Príncipe ou o espírito dos governos monárquicos'' (Rio, 1841). Além da influência patente de [[Maquiavel]], inspirou-se em Burke, Vico e Montesquieu para justificar a monarquia absolutista com base na história e na experiência dos povos, rejeitando qualquer especulação de modo apriorista dedutivista. O autor que a monarquia originou-se diretamente das famílias, com seus chefe, os filhos e os fâmulos correspoderem ao rei ou monarca, nobres e plebe. Porém, dado as circunstâncias históricas, uma nação comerciante poderia organiza-se diferentemente que uma nação agrícola, além de fatores geográficos. Assim, a estabilidade e felicidade das nações não depende da forma de sua constituição mas das qualidades do príncipe. <Ref>MACEDO, U. Diferenças Notáveis Entre o Tradicionalismo Português e o Brasileiro</ref>
 
"A monarquia origina-se diretamente das famílias, tendo se verificado o mesmo por toda a parte. As famílias --que tiveram originariamente o chefe, os filhos e os fâmulos-- fizeram nascer os estados, onde as denominações passam a ser rei ou monarca, nobres e plebe. Examinando-se o curso histórico dos povos verifica-se que a particular organização política que chegaram a adotar dependia das circunstâncias concretas. Uma nação comerciante organiza-se de muito diferente maneira que uma nação agrícola; o mesmo podendo-se dizer da posição geográfica, se marítima ou continental. Assim, quando se diz fazer a constituição, trata-se de declarar direitos pré-existentes ou relações anteriormente formadas. A constituição de uma nação não faz a posição política dessa nação, explica-a.
Examinada a experiência européia verifica-se que a estabilidade e felicidade das nações não depende da forma de sua constituição mas das qualidades do príncipe." <Ref>MACEDO, U. Diferenças Notáveis Entre o Tradicionalismo Português e o Brasileiro</ref>
 
Em Portugal, no século XIX, distinguiram-se nesse campo autores como [[Camilo Castelo Branco]] e a generalidade dos [[integralistas]] como [[Luís de Almeida Braga]], [[António Sardinha]] ou [[Hipólito Raposo]], em que a [[tradição]] transformou-se na palavra-chave congregadora do [[Integralismo Lusitano]].