Neoarqueano: diferenças entre revisões

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<u>Orógeno Rio das Velhas</u>
 
O Greenstone Belt Rio das Velhas é conhecido por hospedar depósitos de ouro de classe mundial e caracteriza-se como uma estrutura pertinente a arco magmático, e, sua evolução transcorreu dentro do ciclo orogênico Jequié. O produto desta evolução orogênica ocorreu em três estágios distintos entre 2,9 Ga - 2,69 Ga. O primeiro estágio (ambiente extensional) teve início com o rifteamento de uma protocrosta de idade Mesoarqueana evoluindo até abertura oceânica por volta de 2,90 Ga. No segundo estágio (ambiente compressivo), houve subducção de placa oceânica, fusão parcial de crosta e geração do arco vulcânico e de plútons tonalíticos intrusivos na margem continental, entre 2,78 Ga - 2,75 Ga, sendo esta, a principal fase de acresção crustal. Já o terceiro estágio (ambiente colisional), entre 2,75 Ga - 2,69 Ga, com fusão de crosta, intrusão de granitos potássicos, erosão e sedimentação. O modelo de evolução do Orógeno Rio das Velhas evidencia um ciclo de Wilson completo, compreendendo estágios de evolução tectônica-magmática: (i) geração de crosta oceânica; (ii) geração de arcos magmáticos plutônico-vulcânico relacionados à subducção; (iii) geração de granitos potássicos relacionados à colisão; e (iv) geração de granitos subalcalinos a alcalinos e diques máficos.<ref>http://www.cprm.gov.br/publique/media/recursos_minerais/livro_geo_tec_rm/cap_V_a.pdf</ref>
 
<u>Orógeno Jequié</u>
 
O Orógeno Itabuna-Salvador-Curaçá foi formado entre 200 Ma - 300 Ma de anos durante o Paleoproterozóico. O Bloco de mesmo topônimo foi prensado pelos Blocos Arqueanos (Gavião, Jequié e Serrinha), tendo como consequência à gênese de importante cadeia montanhosa. Atualmente, este Orógeno, exibe rochas de alto grau metamórfico estando inteiramente desnudado na parte central (rochas raízes), e constitui umas das províncias de afloramento de granulitos mais importantes do mundo. Este orógeno representa um extenso segmento de crosta neo-arqueana formada durante a orogenia Jequié dividido em dois domínios: (i) domínio norte pertinente ao Cinturão Salvador-Curaçá; e (ii) domínio sul, correspondente ao Cinturão Itabuna. Apesar do intenso controle tectônico/metamórfico que amalgamou a orogenia Riaciana (Transamazônica), o bloco Jequié preservou registros que sugerem eventos oriundos do Arqueano, como por exemplo: dobras recumbentes (foliação granulítica arqueana); dobras em bainha suborizontais associadas com lineação mineral norte-sul e indicadores de vergência para norte. Dados geológicos, geoquímicos e isotópicos apontam para uma constituição mista de crosta mesoarqueana e de material crustal juvenil neoarqueano bloco Jequié. Os principais registros magmáticos da orogenia Jequié, identificados no Orógeno Itabuna-Salvador-Curaçá e no bloco Jequié, compreendem: (i) magmatismo máfico-ultramáfico (plutono-vulcânico) préorogênico, interpretado como remanescentes de crosta oceânica, com idade mínima de 2,7 Ga e máxima de 2,9 Ga; (ii) plutonismo e vulcanismo calcialcalino, juvenil, marcando o estágio acrescionário do orógeno, com intervalo de tempo entre 2,81 Ga a 2,69 Ga, portanto Neo-arqueana; (iii) magmatismo calcialcalino potássico, sobretudo peraluminoso e picos de metamorfismo em 2,69 Ga e 2,61 Ga, sinalizando distintos episódios colisionais; e (iv) magmatismo tardi a pós-colisional orogênico, potássico, entre 2,6 Ga e 2,55 Ga, que marca a estabilização dos crátons Neoarqueano e início da fase extensional e transicional para o Paleoproterozóico.<ref>http://www.cprm.gov.br/publique/media/recursos_minerais/livro_geo_tec_rm/cap_V_a.pdf</ref>
 
{{Referências}}