Haçane ibne Ali: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Linha 22:
Em sua juventude, Haçane testemunhou seu pais lutando para defender o Islã nos campos de batalha e pregando para uma grande congregação de crentes por ocasião do [[haje]] e como um missionário do Islã no [[Iêmem]] antes de se retirar para um para um papel mais passivo nos assuntos de estado durante o governo dos três primeiros califas após a morte de seu avô, Maomé. Há diversos [[hádice]]s que afirmam que Haçane e [[Huceine ibne Ali|Huceine]], seu irmão mais novo, são os "mestres da juventude no paraíso" e que ambos são [[imame]]s "sentados ou de pé". Haçane é uma das cinco pessoas citadas no [[Hádice do Manto]] e acredita-se que ele tenha sido o primeiro dos familiares do profeta a entrar no [[Ahl al-Kisa]] depois de Maomé e que ele estava junto de Maomé quando criança, testemunhando a verdade do Islã em [[Mubahala|Mubahila]].
 
Quando o terceiro califa foi assassinado por uma multidão em seu palácio em Madma, Ali foi eleito para liderar os [[muçulmanos]]. Haçane ajudou seu pai: ele foi até [[Cufa]] e levantou um exército contra os revoltosos, participando ativamente nas batalhas de [[{{ilc|Baçorá|Batalha de Baçorá|Baçorá]]Batalha do Camelo}}, {{ilc|Sifim||batalha de Sifim|Batalha de Siffin}} e [[Batalha de Naravã|Naravã]] junto com seu pai, mostrando habilidade como soldado e como líder. Ele viajou até [[Meca]] com {{ilc|Amar ibne IasirIassir||Ammar ibn Yasir}} para convocar mais soldados para lutar contra o exército de [[Aixa]] {{ref|1}}.
 
== Califado ==
Linha 30:
Com a morte de Ali em Cufa, um novo califa precisava ser eleito. Em acordo com desejo de Ali antes de sua morte, a escolha deveria se restringir entre Haçane e Huceine. Este, por sua vez, não reivindicou para si o califado, assim, os muçulmanos da cidade se colocaram do lado (''[[bay'ah]]'') de Haçane sem discussão.<ref>Madlong, (1997) p. 313 - 314</ref>
 
A maior parte das cronologias não incluem Haçane ibne Ali entre os califas ortodoxos, porém muitos historiadores sunitas, como {{ilc|Suiuti||Suyuti}}, {{ilc|ibne Alárabi||Abu Baquir ibne al-Arabi|Abu Bakr ibn al-Arabi|Ibn al-Arabi}} e {{ilc|[[ibne Catir||Ibn Kathir}}]] o aceitam como califa.<ref>[[SuyutiSuiuti]] em ''The Khalifas who took the right way'' [http://www.answering-ansar.org/answers/muawiya/en/chap5.php página 9] e ''[[History of the Caliphs]]'' [http://al-islam.org/twelve/5.htm#n21 volume 12]; [[Abu Bakr ibn al-Arabi|Ibn al-Arabi]] em ''Sharh Sunan al-Tirmidhi'' 9:68-69 [http://al-islam.org/twelve/5.htm ref]; [[Ibn Kathir]] in ''The Beginning and the End'' [http://al-islam.org/twelve/5.htm#n21 volume 6, página 249-250]</ref>
 
[[Moáuia I|Moáuia ibne Abi Sufiane]], que há muito mantinha uma disputa com Ali, convocou os comandantes de seus exércitos na [[Bilade Alxam|Síria]], [[Junde de Filastine|Palestina]] e na [[Cisjordânia]] para que se preparassem para a luta. Ele primeiro tentou negociar com Haçane, pedindo-lhe que renunciasse ao califado na esperança de evitar a morte de muçulmanos e as questões que ficariam se ele simplesmente assassinasse Haçane. A maior parte dos historiadores afirma que grandes quantidades de dinheiro, promessas de grandes propriedades de terra e cargos de governador de províncias foram oferecidos aos comandantes de Haçane para que eles o abandonassem.
Linha 53:
== Morte ==
 
Haçane ibne Ali morreu em Medina, no mês de [[Safar]], no dia 7 ou 28 de 50 AH (669). Ele está sepultado no famoso cemitério de [[Jannatul Baqee|Jannatul Baqee‘]], em frente à [[Masjid al-Nabawi]] ("Mesquita do Profeta"). De acordo com os historiadores, Moáuia desejava passar o califado para seu próprio filho [[Iázide I|Iázide]] e enxergava em Haçane um obstáculo. Ele secretamente contatou uma das esposas dele, {{ilc|Jada binte al-AxateAlaxate ibne Cais||Ja'da bint al-Ash'ath ibn Qays}}, e a convenceu a envenená-lo. Jada o fez, servindo mel com veneno ao marido.<ref>Mas'oodi, Vol 2: Page 47</ref><ref>Tāreekh - Abul Fidā Vol 1 : Page 182</ref><ref>Iqdul Fareed - Ibn Abd Rabbāh Vol 2, Page 11</ref><ref>Rawzatul Manazir - Ibne Shahnah Vol 2, Page 133</ref><ref>Tāreekhul Khamees, Husayn Dayarbakri Vol2, Page 238</ref><ref>Akbarut Tiwal - Dinawari Pg 400</ref><ref>Mawātilat Talibeyeen - Abul Faraj Isfahāni</ref><ref>Isti'ab - Ibne Abdul Birr</ref> Madelung<ref>Madelung, pp. 331–333</ref> cita outras tradições, sugerindo que Haçane possa ter sido envenenado por outro esposa, a filha de {{ilc|Suail ibne Amir||Suhayl ibn Amr}}, ou, talvez, por um de seus servos, e também cita os historiadores mais antigos ([[Baladuri]], [[Uaquidi]] etc.). Ele acreditava que Haçane fora mesmo envenenado e que o famoso historiador do início do período islâmico, [[Tabari]], suprimiu a história preocupado com a fé da população em geral.<ref>Madelung pp. 331–332</ref>
 
Os [[xiitas]] acreditam que a Jada foram prometidos ouro e um casamento com Iázide. Seduzida pelo poder e pela riqueza, ela envenenou o marido e correu para a corte de Moáuia, em [[Damasco]], para receber sua recompensa. Moáuia então renegou as promessas e a obrigou a se casar com outro homem.<ref>[http://www.ezsoftech.com/stories/infallible4.asp], [http://www.al-islam.org/kaaba14/5.htm], [http://www.shia.org/hasan.html], [http://www.al-imam.net/forums/lofiversion/index.php?t1056.html]</ref>