Franklin D. Roosevelt: diferenças entre revisões

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O nome "Roosevelt" estava escrito como "Roosvelt".
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Nas [[Eleição presidencial nos Estados Unidos em 1932|eleições presidenciais de 1932]], em um período de grave [[recessão]] econômica, Roosevelt venceu nas urnas o então presidente republicano [[Herbert Hoover]]. Energizado por sua melhora da poliomielite, FDR usou seu otimismo e ativismo para renovar o debilitado espírito nacional americano. Nos seus primeiros 100 dias no cargo de presidente, que começou em 4 de março de 1933, Roosevelt lançou uma grande e sem precedentes agenda legislativa e assinou várias ordens executivas para implementar seu plano de recuperação econômica e desenvolvimento, conhecido como ''[[New Deal]]'' — um programa de ajuda governamental, de recuperação e crescimento econômico, gerador de emprego e de reformas (através de regulamentações sobre [[Wall Street]], [[banco]]s e transportes). Ele criou vários programas para apoiar os desempregados e fazendeiros, encorajou os sindicatos trabalhistas a crescer enquanto regulamentava os negócios empresariais e as grandes finanças. Ele assinou também a revogação da [[Lei seca nos Estados Unidos]] em 1933, o que aumentou sua popularidade. Assim ele conseguiu se reeleger facilmente [[Eleição presidencial nos Estados Unidos em 1936|em 1936]]. A economia americana se recuperou e cresceu exponencialmente entre 1933 e 1937, antes de voltar a recessão em 1937–38. A Coalizão Conservadora bipartidária foi formada em 1937 e bloqueou quase todas as suas propostas para novas legislações liberais progressistas (uma das novas leis que passou foi a do [[salário mínimo]]). Quando a [[Segunda Guerra Mundial]] começou, os conservadores conseguiram encerrar no Congresso vários programas de alívio econômico da administração Roosevelt. Contudo, eles mantiveram as regulamentações do governo sobre a economia. Entre os programas de FDR que sobreviveram ao longo do tempo estão a criação da [[Comissão de Títulos e Câmbio dos Estados Unidos]], leis trabalhistas (como o ''Wagner Act''), o [[Federal Deposit Insurance Corporation]] e as legislações de [[Seguridade Social]].
 
Em 1938, a sombra da [[Segunda Guerra Mundial]] pairava sobre o mundo. Com os [[Império do Japão|japoneses]] lançando a sua [[Segunda Guerra Sino-Japonesa|invasão da China]] e a [[Alemanha Nazista]] ameaçando a estabilidade e segurança na [[Europa]], Roosevelt decidiu dar grande apoio diplomático e financeiro para a [[República da China (1912–1949)|China]] e o [[Reino Unido]], embora mantivesse os Estados Unidos oficialmente neutros no começo das hostilidades. Seu objetivo era transformar a [[Estados Unidos|America]] no "[[Arsenal da Democracia]]", que iria fornecer enormes quantidades de suprimentos e equipamentos para os [[Aliados da Segunda Guerra Mundial|Aliados]]. Em março de 1941, Roosevelt, com apoio do [[Congresso dos Estados Unidos|Congresso]], aprovou o programa ''[[Lend-Lease]]'' de ajuda para os britânicos e chineses, empurrando os americanos cada vez mais para a guerra. Então, um dia após o [[Ataque a Pearl Harbor|ataque japonês]] contra a base aeronaval de [[Pearl Harbor]], em 7 de dezembro de 1941, Roosevelt exortou o Congresso dos Estados Unidos a declarar guerra contra o Japão. No seu famoso discurso, ele afirmou que o ataque japonês no Havaí foi "não provocado" e disse que o dia 7 de dezembro seria "um dia que viveria em infâmia". Os congressistas americanos, quase que em uníssono, apoiaram o presidente e declararam estado de guerra formal entre os Estados Unidos e o Japão. Quando [[Adolf Hitler]], o ditador alemão, declarou também o começo das hostilidades entre os dois países, RoosveltRoosevelt recebeu novamente apoio do Congresso e do [[Povo dos Estados Unidos|povo]] para fazer guerra contra as [[Potências do Eixo]]. Ele trabalhou de perto com o primeiro-ministro britânico [[Winston Churchill]], o líder soviético [[Joseph Stalin]] e o generalíssimo chinês [[Chiang Kai-shek]], para liderar os esforços dos [[Aliados da Segunda Guerra Mundial|Aliados]] para derrotar a [[Alemanha Nazista]], a [[Itália Fascista]] e o [[Império do Japão]] durante a [[Segunda Guerra Mundial]]. Ele supervisionou a reconstrução e o rearmamento maciço das [[forças armadas dos Estados Unidos]] e da transformação da [[Economia dos Estados Unidos|econômica americana]] para apoiar o esforço de guerra. Em um dos momentos baixos da sua presidência ele autorizou o [[Campos de concentração nos Estados Unidos|aprisionamento]] de mais de 100 000 civis [[Nipo-americano|americanos de origem japonesa]], algo que ele definiu como "um mal necessário". Como um líder militar ativo, Roosevelt implementou um plano de guerra em duas frentes, derrotando as forças do Eixo na Europa e [[Guerra do Pacífico|na Ásia]], e supervisionou o chamado [[Projeto Manhattan]], que desenvolveu a primeira [[bomba nuclear]] da história. Seu trabalho como diplomata também influenciou a criação da [[Organização das Nações Unidas]] e os [[Acordos de Bretton Woods]]. Durante a guerra, o desemprego nos Estados Unidos caiu para menos de 2%, os programas de ajuda econômica acabaram e o potencial industrial do país cresceu exponencialmente, com milhões de pessoas trabalhando nas fábricas ou indo servir nas forças armadas.<ref>Bureau of the Census, ''Statistical Abstract of the United States: 1946'' (1946) pp. 507, 629, 749, 755, 811.</ref> A saúde de Roosevelt eventualmente se deteriorou perto do fim do conflito e ele morreu três meses antes de começar seu quarto mandato.
 
Franklin Roosevelt é [[Classificações históricas dos Presidentes dos Estados Unidos|analisado]], por acadêmicos e historiadores, como um dos três grandes presidentes da história americana, junto com [[Abraham Lincoln]] e [[George Washington]]. Ele é um dos presidentes mais populares dos Estados Unidos.<ref>Arthur M. Schlesinger, Jr., "Ranking the Presidents: From Washington to Clinton". ''Political Science Quarterly'' (1997) 112#2 pp: 179–190. doi:10.2307/2657937.</ref>