Orestes (Eurípides): diferenças entre revisões
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== Contexto ==
Tendo concordado com o
==Enredo==
A peça começa com um monólogo de [[Electra]] que descreve o enquadramento geral e os eventos que levaram até aquela situação, estando Orestes a dormir junto de si. Pouco depois, Helena sai do palácio sob o pretexto de que deseja fazer uma oferenda no túmulo de sua irmã Clitemnestra. Após a saída de Helena, um coro de mulheres de Argos entra para ajudar a avançar o enredo. Então Orestes, ainda enlouquecido pelas Fúrias, acorda.
[[Menelau]] chega ao palácio e ele e Orestes discutem o assassinato e a loucura resultante. Chega então [[Tíndaro]], avô de Orestes e sogro de Menelau, que repreende severamente Orestes, levando a uma conversa entre os três homens sobre o papel dos seres humanos na aplicação da justiça divina e da lei natural. Quando sai, Tíndaro adverte Menelau de que este vai precisar do ancião como aliado. Orestes suplica a Menelau, esperando ganhar a compaixão que Tíndaro não lhe concederia, na tentativa de convencê-lo a deixá-lo falar perante a assembleia dos homens de Argos. No entanto, Menelau, acaba por evitar o seu sobrinho, optando por não comprometer o seu poder ténue junto dos gregos, que o culpam a ele e a sua esposa pela [[Guerra de
[[Pílades]], o melhor amigo de Orestes e o seu cúmplice no assassinato de Clitemnestra, chega depois de Menelau ter saido. Ele e Orestes começam a formular um plano, acusando políticos e líderes populares que manipulam as massas para resultados contrários ao melhor interesse do estado. Orestes e Pílades saem depois para que possam apresentar o seu caso perante a assembleia da cidade, num esforço para salvar Orestes e Electra da execução, esforço que resulta infrutífero.
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Como em grande parte da sua obra, [[Eurípides]] usa a mitologia da [[idade do Bronze]] para defender uma ideia sobre a política de Atenas clássica durante a [[guerra do Peloponeso]]. ''Orestes'' foi apresentada pela primeira vez na [[Festas dionisíacas|Grande Dionísia]] nos anos de declínio da guerra, tendo tanto [[Atenas]] como [[Esparta]] como todos os seus aliados sofrido perdas tremendas.
Eurípides desafia o papel dos deuses, e talvez mais propriamente a interpretação pelo homem da vontade divina. Orestes e outros notam o papel subordinado do homem face aos deuses, mas a superioridade dos deuses não os torna particularmente justos ou racionais. Até mesmo Apolo, o Deus sinónimo da lei e da ordem, dá em última análise um argumento insatisfatório. Por exemplo, ele cita a razão para a guerra de
William Arrowsmith elogiou a peça enquanto condenação aguda da sociedade de [[Atenas Antiga|Atenas]], afirmando:
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