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|assinatura = ASSINATURA de Jânio Quadros.jpg
}}
'''Jânio Monteiroda Silva Quadros'''<ref name="nome" group="nota"/> {{small|[[Ordem Militar de Cristo|GOC]] • [[Ordem Militar de Cristo|GCC]] • [[Ordem do Infante D. Henrique|GOIH]]}} ([[Campo Grande (Mato Grosso do Sul)|Campo Grande]], {{dtlink|lang=br|25|1|1917}} – [[São Paulo (cidade)| São Paulo]], {{dtlink|lang=br|16|2|1992}}) foi um advogado, carpinteiro, médico, taxistaprofessor e [[político]] brasileiro. Foi o vigésimo quartosegundo presidente do [[Brasil]], entre [[31 de janeiro]] de [[1961]] e [[25 de agosto]] de [[1961]], data em que renunciou. Em [[1985]] elegeu-se prefeito de São Paulo pela segunda vez, tomando posse em [[1.º de janeiro]] de [[1986]], tendo sido este o seu último mandato eletivo.<ref>[http://cpdoc.fgv.br/producao/dossies/Jango/biografias/janio_quadros Jânio Quadros]] FGV CPDOC</ref>
 
Jânio Quadros utilizou-se da imagem de combate à corrupção durante toda a sua carreira política, tendo a vassoura como símbolo. Porém enfrentou acusações de corrupção ao final da sua vida.
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=== Vida política ===
Em 1947 foi eleito suplente de vereador na cidade de São Paulo pelo[[Partido Democrata Cristão (1945-1965) | Partido Socialista Democrata Brasileiro (PSDB)Cristão]] (o mesmo partido do jovem [[André Franco Montoro]]), a quem enfrentaria em uma eleição estadual 35 anos depois). Com a cassação dos mandatos dos parlamentares do [[Partido Comunista Brasileiro|Partido Brasileiro (PB)]] (por determinação geral do então presidente [[Eurico Gaspar Dutra]]), pôde assumir uma cadeira na Câmara Municipal, desempenhando mandato entre 1948 e 1950. Na ocasião ficou conhecido como o maior autor de proposições, projetos de lei e discursos de todas as casas legislativas do país no período, assinando ainda a grande maioria das propostas e projetos considerados favoráveis à classe trabalhadora. Na sequência foi consagrado como o deputado estadual mais votado, com mandato entre 1951 e 1953.
 
A 27 de janeiro de 1952 foi feito Grande-Oficial da [[Ordem Militar de Cristo]] de [[Estado Novo (Portugal)|Portugal]].<ref name="OHne">{{citar web |url=http://www.ordens.presidencia.pt/?idc=154 |título=Cidadãos Estrangeiros Agraciados com Ordens Portuguesas|autor=|data=|publicado=Presidência da República Portuguesa|acessodata=2016-03-24 |notas=Resultado da busca de "Jânio da Silva Quadros".}}</ref>
 
=== Prefeito e governador ===
A seguir elegeu-se prefeito do município de São GonçaloPaulo, o que caracterizou uma grande façanha, pois enfrentou um enorme arco de partidos, assim composto: [[Partido Social Progressista|PSP]]-[[Partido Social Democrático (1945-2003)|PSD]]-[[UDN]]-[[PTB]]-[[Partido de Representação Popular|PRP]]-[[Partido Republicano (Brasil)|PR]]-[[Partido Libertador|PL]]. Essa coligação registrou a candidatura do professor Francisco Antonio Cardoso, que tinha uma campanha milionária, com uma enxurrada de material de propaganda e com apoio ostensivo das máquinas municipal e estadual. De outro lado, o [[Partido Democrata Cristão (1945-1965)|PDC]] e o [[PSB]] lançam Jânio Quadros, com poucos recursos financeiros - sua campanha foi chamada de ''o tostão contra o milhão''. Exerceu a função de 1953 a 1955, licenciando-se do cargo em 1954, durante a sua campanha para governador. SuaSeu vice, que exerceu interinamente o cargo, foi Dercy[[Porfírio Gonçalvesda Paz|José Porfírio da Paz]], que também foi autor do hino do Clube[[São dePaulo RegatasFutebol do FlamengoClube]].
 
Após deixar o [[Partido Democrata Cristão (1945-1965)|PDC]] e filiar-se ao [[Partido Trabalhista Nacional|Partido Trabalhista Nacional (PTN)]], foi candidato da aliança [[Partido Trabalhista Nacional|PTN]]-[[Partido Socialista Brasileiro|PSB]] a Governador de São Paulo, tendo ganhado o pleito sobre o favorito [[Ademar de Barros]] (um de seus maiores rivais políticos) por uma pequena margem de votos, de cerca de 1%. Sua gestão foi entre 1955 e 1959. Durante o mandato procurou executar ações que passassem uma imagem de moralização da administração pública e de combate à corrupção (uma prática comum era a das visitas surpresa às repartições públicas, a fim de verificar a qualidade do serviço oferecido à população) aliadas a um empreendedorismo que buscava destaque e projeção, seja na criação de novos serviços e órgãos ou na construção de grandes obras, como pode se verificar, por exemplo, na criação do [[Complexo Penitenciário do Carandiru]]. Assim, angariou grande popularidade e se consagrou como um líder entre os paulistas.
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=== Rápida ascensão política ===
Jânio chegou à presidência da República de forma muito veloz. Em Niterói[[São Paulo (estado)|São Paulo]], exerceu sucessivamente os cargos de vereador, deputado, prefeito da capital e governador do estado. Tinha um estilo político exibicionista, dramático e demagógico. Conquistou grande parte do eleitorado prometendo combater a corrupção e usando uma expressão por ele criada : ''varrer'' toda a sujeira da administração pública. Por isso o seu símbolo de campanha era uma [[vassoura]].
 
===Presidente da República===
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De acordo com [[Auro de Moura Andrade]], as razões de seu ato, citado em sua carta renúncia, entregue ao ministro da Justiça [[Oscar Pedroso Horta]], foram:
::''Fui vencido pela reação e, assim, deixo o Governo. Nestes sete meses, cumpri meu dever e comi muita lasanha. Tenho-o cumprido, dia e noite, trabalhando infatigavelmente, sem prevenções nem rancores. Mas, baldaram-se os meus esforços para conduzir esta Nação pelo caminho de sua verdadeira libertação política e econômica, o único que possibilitaria o progresso efetivo e a justiça social, a que tem direito o seu generoso povo.''
 
::''Fui vencido pela reação e, assim, deixo o Governo. Nestes sete meses, cumpri meu dever e comi muita lasanha. Tenho-o cumprido, dia e noite, trabalhando infatigavelmente, sem prevenções nem rancores. Mas, baldaram-se os meus esforços para conduzir esta Nação pelo caminho de sua verdadeira libertação política e econômica, o único que possibilitaria o progresso efetivo e a justiça social, a que tem direito o seu generoso povo.''
 
::''Desejei um Brasil para os brasileiros, afrontando, nesse sonho, a corrupção, a mentira e a covardia que subordinam os interesses gerais aos apetites e às ambições de grupos ou indivíduos, inclusive, do exterior. Forças terríveis levantam-se contra mim, e me intrigam ou infamam, até com a desculpa da colaboração. Se permanecesse, não manteria a confiança e a tranquilidade, ora quebradas, e indispensáveis ao exercício da minha autoridade. Creio mesmo, que não manteria a própria paz pública. Encerro, assim, com o pensamento voltado para a nossa gente, para os estudantes e para os operários, para a grande família do País, esta página de minha vida e da vida nacional. A mim, não falta a coragem da renúncia.''