Antipsiquiatria: diferenças entre revisões

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acrescentei a expressão ambiente patogênico ou hostil para não dar a impressão de que somente os pais são culpados de diagnósticos de transtornos mentais. O que gera bastante resistência e descrédito.
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Na [[década de 1950]], novos [[psicofármaco]]s, nomeadamente os [[antipsicótico]]s [[clorpromazina]] e [[haloperidol]], foram concebidos em laboratórios e lentamente passaram a ser preferidos pelos médicos. Embora geralmente aceitos como um avanço em alguns aspectos, houve alguma oposição, em parte devido a efeitos adversos graves, como a [[discinesia tardia]]. Os pacientes frequentemente se opõem à psiquiatria e se recusam a tomar ou param de tomar os [[medicamento]]s quando não estejam sujeitos a controle psiquiátrico. Houve também crescente oposição à utilização em larga escala dos hospitais psiquiátricos e instituições, e tentativas foram feitas à base de serviços na comunidade.
 
Chegando ao auge na [[década de 1960]], a "antipsiquiatria" (um termo usado primeiramente por [[David Cooper]], em [[1967]]) definiu um movimento que desafiou as práticas fundamentais da psiquiatria tradicional. Os psiquiatras [[Ronald Laing]], [[Theodore Lidz]], [[Silvano Arieti]] e outros argumentaram que a [[esquizofrenia]] poderia ser entendida como um autoprejuízo interior infligido por pais psicologicamente invasivos, ou "esquizofrenogênicos", ou como uma saudável tentativa de lidar com uma sociedade doente (ambiente patogênico ou hostil).
 
O psiquiatra [[Thomas Szasz]] argumenta que "[[doença mental]]" é uma intrinsecamente incoerente combinação de um conceito médico e um conceito psicológico, mas é popular porque legitima o uso da força psiquiátrica para controlar e limitar desvios de normas sociais. Adeptos desse ponto de vista se referem ao ''Mito da Doença Mental'', controverso livro de Szasz do mesmo nome. (Embora o movimento originalmente descrito como antipsiquiatria tenha se associado com o grande movimento de [[contracultura]] dos [[anos 1960]], Szasz, Lidz e Arieti nunca se envolveram neste movimento.) Paralelamente à produção teórica dos autores mencionados, o médico italiano [[Giorgio Antonucci]] questionou os próprios fundamentos da psiquiatria através do desmantelamento dos hospitais psiquiátricos Osservanza e Luigi Lolli e a libertação e restituição à vida das pessoas ali mantidas.