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[[Guilherme I de Inglaterra|Guilherme I da Inglaterra, conhecido como o conquistador]] (1027-1087), possuiu uma ''ménagerie'' pessoal após a conquista da [[Normandia]] pela Inglaterra em [[1066]]. Em sua mansão de Woodstock, em [[Oxfordshire]], ele começou uma coleção particular de animais exóticos. Em [[1129]], seu filho Henrique I (1068-1135) cercou a propriedade com um muro de pedras e aumentou a coleção, que passou a incluir leões, leopardos, linces e camelos<ref>{{citar web|url=http://www.bbc.co.uk/oxford/content/articles/2007/10/17/glyme_feature.shtml|autor=Simon Pipe|título=Woodstock's lost royal palace|data=23 Outubro 2007|publicado=BBC Oxford (em Inglês)|acessodata=16 de julho de 2015}}</ref>.
 
Mas a coleção animal mais marcante da Inglaterra medieval existiu na [[Torre de Londres]]. Sua existência remonta ao ano de 1204, e foi a ''ménagerie'' real da Inglaterra por 6 séculos. Ela foi estabelecida pelo rei [[João de Inglaterra|João sem Terra]], que reinou na Inglaterra entre 1199 e 1216<ref>{{citar web|url=http://news.bbc.co.uk/2/hi/science/nature/4371908.stm|autor=|título=Big cats prowled London's tower|data=24 Outubro 2005|publicado=BBC news (em Inglês)|acessodata=16 de julho de 2015}}</ref>. {{lknb|Henrique|III|de Inglaterra}} (1207-1272) recebeu, ali, em 1235, três [[leopardo]]s de presente de casamento de {{lknb|Frederico|II|do Sacro Império Romano Germânico}} (1194-1250), imperador do [[Sacro Império Romano-Germânico|Sacro Império Romano Germânico]]. Ele ganhou, do rei da Noruega, em 1251, um urso branco que pescava seu próprio alimento no [[rio Tâmisa]]. Em 1254, ele recebeu, de [[Luís IX de França|São Luís]], rei da França (1214-1270), um elefante trazido das [[cruzadas]] na [[Terra Santa|terra santa]]. A ''ménagerie'' real da Torre de Londres chegou a ser aberta ao público no {{séc|XVI}}, durante o reinado da rainha [[Isabel I de Inglaterra|Elisabete I]] (1533-1603)<ref>Wilfrid Blunt, The Ark in the Park : The Zoo in the Nineteenth Century. Hamish Hamilton, London (1976), p.15-17</ref>.
 
No {{séc|XV}}, durante a [[renascença]], a aristocracia italiana, os ricos e os [[Igreja|eclesiásticos]] começaram a organizar instalações para animais exóticos em suas residências situadas nas [[periferia]]s das cidades. É o caso dos [[Casa de Médici|Médicis]], que fundaram uma coleção de animais selvagens em [[Florença]]. [[Lourenço de Médici|Lourenço o magnífico]] (1449-1492) exibia, em sua ''ménagerie'', uma [[girafa]] dada pelo [[sultão]] do Egito em 1486. A coleção incluía também leopardos, tigres, ursos, elefantes e macacos. Seu filho, o [[papa Leão X]] (1475-1521), desenvolveu uma ''ménagerie'' no [[Vaticano]]. Na mesma época, a ''ménagerie'' do rei {{lknb|Manuel|I|de Portugal}} (1469-1521), dentro do castelo da Ribeira, em [[Lisboa]], era apreciado na Europa em razão dos seus enormes [[paquidermes]] que o rei mandava trazer da Índia. Um de seus elefantes, Hanão, e um rinoceronte, foram famosos presentes ao [[Papa Leão X]]. Porém, o rinoceronte morreu [[afogamento|afogado]], em virtude de um [[naufrágio]] sofrido durante a viagem de transporte até a Itália.<ref> Eric Baratay & Elisabeth Hardouin-Fugier, Zoos : Histoire des jardins zoologiques en Occident (XVIe-XXe siècle). Éditions La Découverte, Paris (1998), p.54-59. (Em Francês)</ref>