São Francisco do Sul: diferenças entre revisões

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A descoberta de São Francisco do Sul
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=== O descobrimento ===
A teoria de que São Francisco do Sul foi descoberta pelos franceses nunca foi provada. Nem o nome da ilha ou mesmo a exata localização da portagem de Gonneville consta na relação completa da viagem escrita por ele mesmo.<ref>Ver livro47997857120o ''[[Duas Luas]]'' de Leyla P. Moyses</ref> Parte desta hipótese se deve a uma interpretação das discussões teóricas do [[historiador]] Costa Pereira em seu livro ''História de São Francisco do Sul'', que afirmou veementemente no mesmo livro, que "jamais se saberia com certeza aonde Gonneville aportou". A história documentada da viagem relata que em [[24 de Junho]] de 1503, partiu do porto de [[Honfleur]], [[França]], a expedição de [[Binot Paulmier de Gonneville]], a bordo do veleiro ''L'Espoir''. Seis meses após sua partida da França, a expedição descobriu uma grande terra, que devido a vento terral contrário, só puderam aportar na tarde do dia seguinte. Segundo o pesquisador [[Oswaldo Rodrigues Cabral]], em sua obra "História de Santa Catarina", a terra era descrita como fertilíssimo, abundante em animais, aves, peixes e árvores, e povoada por índios [[carijós]], que "procuravam apenas passar a vida alegre, sem grande trabalho, vivendo da caça e da pesca, e do produto espontâneo da terra, e de alguns legumes e raízes que plantavam".
 
[[Carlos da Costa Pereira]], nos diz que essa nação indígena era amistosa, e tinha por essa época como chefe o cacique [[Arosca]]. O capitão [[Binot Paulmier de Gonneville]], antes de regressar à França, ergueu uma enorme cruz de madeira, com mais ou menos 35 pés, em uma colina com vista para o mar, em uma bela cerimônia no dia da Páscoa de 1504. A cruz foi carregada pelo capitão e pelos seus principais auxiliares no comando do navio, com a ajuda do chefe Arosca e outros índios importantes da tribo. Após a cerimônia foram distribuídos vários presentes aos índios, que foram avisados por meio de sinais de que deveriam preservar aquela cruz, onde se encontravam gravados os nomes do papa [[Alexandre VI]], do rei [[Luís XII]], do Almirante da França [[Louis Mallet de Graville]], do Capitão Binot Paulmier de Gonneville e de todos os outros tripulantes do navio. Do outro lado da cruz foram gravadas as seguintes palavras: Hic Sacra Palmarivs Posvit Gonivilla Binotvs; Grex Socivs Pariter, Nevstraque Progenies - que significa: Aqui Binot Paulmier de Gonneville plantou esse objeto sagrado, associando em paridade a tribo com a linhagem normanda.