Jaime V da Escócia: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Desfeita a edição 53245838 de Stegop
Etiqueta: Desfazer
m revert (vandalism)
Etiqueta: Reversão
Linha 13:
|framestyle =
|title = ''ver lista''
|liststyle = text-align:left; display:none;
|1= [[Margarida Tudor]] {{small|(1513–1514)}}
|2 =[[João Stuart, Duque de Albany]] {{small|(1514–1524)}}
Linha 41:
 
== Reinado e religião ==
Assinou um tratado de paz com seu tio, o rei [[Henrique VIII de Inglaterra]], em [[1534]]. O tio ainda tentou fazer com que abjurasse a autoridade da Igreja Católica Romana, mas recusou e as relações se tornaram tensas.
 
Sempre esteve preocupado com a manutenção da lei, embora muito do que seu pai fizera tivesse caído em desuso. Um exemplo da falta de lei da época é a batalha, conhecida como 'Clear the Causeway', entre os Douglas e seus inimigos em Edimburgo, em [[1520]]. O primeiro que fez foi vingar-se dos Douglas pelo confinamento. Confiscou suas terras, tomou seus poderes, declarou-os proscritos. Mandou executar o senhor ou ''Master of Forbes'', cunhado de Angus, e queimar sua irmã, lady Janet Glamis, na colina do castelo (Castle Hill) de Edinburgh acusada de feitiçaria. Depois se considerou pronto a assumir o controle.
 
Prosseguiu limpando as terras de fronteira, ou ''Borders'', onde de novo havia conflito, assim como as Terras Altas (''Highlands'') e as Ilhas do Oeste (''Western Isles''). O clã dos Armstrong era um poderoso clã de fronteira, que incendiara já 52 igrejas na Escócia e arrancava as riquezas dos aristocratas ingleses que viviam ao sul da fronteira. Jaime V decidiu fazer deles um exemplo, e chefiou um exército para conquistá-los. Executou todos os Armstrongs que se haviam revoltado contra ele, executando os que estão imortalizados nas baladas (John Armstron e 36 de seus seguidores) e prendeu, embora por pouco tempo, gente dos clãs Bothwell, Home, Maxwell e Johnston.
Linha 51:
O Arcebispo de Glasgow, Gavin Dunbar, ajudou-o na reforma do tribunal conhecido como 'Council and Session' . Separou com isso as funções do tribunal em um Colégio de Justiça (''College of Justice''), em que juízes experientes recebiam salários - embora o rei ainda ficasse com parte deles. O que se pagaria por um novo imposto sobre a Igreja. O parlamento passou a se reunir regularmente e promulgou leis que se destinavam a aperfeiçoar a saúde econômica do reino.
 
Depois de uma rebelião de Donald Gorm of Sleat em [[1540]] em que Donald foi morto no castelo de Eilean Donan o rei fez uma jornada pelo norte do país e onde pernoitasse, exigia obediência e fazia prisões, apreendendo terras e executando criminosos.
 
Tratou a nobreza de modo rude, como já mostrava o caso em [[1537]], raro, de mandar queimar uma aristocrata, lady Glamis, alegadamente por traição. Suspeitou sempre da aristocracia mas sempre teve simpatia pelo povo, e às vezes ia passear nas ruas ''incognito'', hábito que sua filha adotou com muito menos sucesso. Era por vezes chamado "''the poor man's king''" ou o rei dos pobres, por se disfarçar de camponês. Mas o povo de verdade lhe era grato por ter restaurado a paz.
 
Depois que assumiu o governo, apoiou o catolicismo contra os nobres [[Protestantismo|protestantes]] e aliou-se à [[França]]. Pelos barões e magnatas era visto como cruel, vingativo. Um exemplo foi o ''Act of Revocation'' de [[1537]]/[[1540]] em que exigiu grandes somas, em compensação, dos que tinham se apropriado de terras reais. Também tomou o título de Senhor das Ilhas (''Lord of the Isles'') para si, aprisionando os chefes das principais famílias se se atrevessem a lhe criar obstáculos. Outros viram retiradas suas propriedades, e introduziu também o enforcamento e esquartejamento, castigo inglês, visto na Escócia como bárbaro. Com isso, perdeu o apoio da aristocracia.
 
Tinha capacidade e certo encanto pessoal, e acima de tudo, sorte. Começou a restaurar as finanças, aumentando a política paterna de transformar a Igreja em mero depto estatal. O Papa, ansioso por não alienar a Escócia, cedeu a nomeações eclesiásticas "''in commendam''", e como resultado cinco das seis grandes casas religiosas (Charterhouse em Perth, abadias de Coldingham e Holyrood, Priorado de St.Andrews), foram dadas a bastardos reais. Temerosa de que seguisse o exemplo do tio, na [[Reforma Protestante]], a Igreja o apoiou em tudo. Depois de usar seu poder para nomear filhos para a Igreja, em posições poderosas, o rei ainda impôs à Igreja o chamado grande imposto ou ''Great Tax'' mas ao mesmo tempo o clero se tornou mais poderoso e importante em seu conselho.
 
Teve também sorte em política externa. A Inglaterra e a França eram aliadas, porque a França precisava do apoio inglês e Henrique VIII precisava do apoio francês a seu divórcio de Catarina de Aragão. Assim, por sua aliança com a França, Jaime foi cortejado pelos dois países ao mesmo tempo (por certo tempo). As relações com a Inglaterra começariam a se deteriorar em [[1536]], e quando faltou a um encontro em [[York]] em [[1541]] com o rei Henrique, começou a guerra. Jaime apoiou a França contra a Inglaterra e na rebelião os confederados tomaram posse dos cargos do governo, do tesouro real, das joias reais.
 
Quando se olha de longe seu reinado vê-se que tinha muitos dons, mas lhe faltava persistência e os cálculos de um grande rei. Quando estava em período de prosperidade, agia bem; quando as coisas se viravam contra ele, não aguentava o curso dos acontecimentos. Às vezes visto como o mais desagradável dos reis Stuart, quebrou tradições não-escritas. De grande talento, os monumentos de seu reino são os trabalhos literários de sua corte – poemas e peças de sir David Lindsay, a ambiciosa transformação arquitetural de [[Castelo de Stirling]], dos palácios de Holyrood, Falkland, Linlithglow.
Linha 70:
Henrique VIII temia que a Escócia passasse a servir como base de ataques contra terras inglesas. Muitos nobres escoceses pensavam também que havia demasiada aliança com a França. Os nobres se dividiram em dois partidos, o que agradava enormemente à Inglaterra.
 
Henry e seus partidários escoceses conseguiram fazer com que Jaime concordasse num encontro em York, mas Jaime foi persuadido pelo clero a não aparecer. O que enfureceu seu tio. Henrique atacou a Inglaterra em [[1542]], Jaime levantou um exército, dividido pelas facções entre católicos e protestantes. Muitos senhores não apareceram, quando convocados. O exército era chefiado por Oliver Sinclair (embora Maxwell fosse o chefe oficial) e custeado pela Igreja.
 
Foram derrotados na Inglaterra, na batalha conhecida como de Solway Moss em 24 de novembro de 1542. O rei não participava, por doença fora deixado em [[Lochmaben]]. Lord Wharton saiu vitorioso. Como apenas depois do primeiro ataque inglês Sinclair anunciou que o rei o fizera líder do exército, descontentando Maxwell, não se deram ordens e a batalha foi um desastre, morrendo centenas de soldados e milhares de escoceses se rendendo. O desastre uma humilhante derrota, embora não derrota nacional como fora antes Flodden, em 1513. Mas fez com que tivesse um colapso mental, ou lhe faltou vontade de viver. Perambulou ainda antes de retornar ao palácio em Falkland onde foi posto na cama, e teria sabido que era pai antes de morrer, profetizado (o que é famoso mas inverífico) - "Começou com uma mulher, passará com outra". Ou seja: ''It came wi a lass and it will pass wi a lass''.
Linha 77:
 
=== Casamento e posperidade ===
Ele, buscado para alianças, que quase casou com [[Catarina de Médici]] por negociações intermediadas por Albany, foi para a França casar-se com Maria de Bourbon-Vendôme, casou na igreja de Notre-Dame em Paris em [[1537]] com [[Madalena de França]], com quem não teve filhos.
 
Casou outra vez em 1538 na Escócia com [[Maria de Guise]] ou Marie de Guise-Lorraine ([[1515]]-[[1560]]).
* 1 - Jaime Stuart, Duque de Rothesay (22 de maio de 1540, em St Andrews, – 21 de abril de 1541).
* 2 - Arthur ou Roberto Stuart (12 de Abril de [[1541]], no Palácio de Falkland – 20 April 1541), Duque de Rothesay e Duque de Albany. Enterrado no Palácio de Holyrood, Edimburgo.
* 3 - [[Maria Stuart]] (Palácio de Linlithgow [[1542]]-[[1586]]), rainha da Escócia em [[1543]].
 
=== Filhos ilegítimos ===
* 1 - [[Jaime Stuart, Conde de Moray|Jaime Stuart]], conde ou Earl of Moray ou Murray, morto em [[1570]], regente da Escócia quando sua meia-irmã [[Maria Stuart]] abdicou ao trono em [[1567]]. Tronco dos condes de Mar e Moray.
* 2 - Roberto Stuart ([[1533]]-[[1592]]), filho de Euphame Elphinstone. Foi Conde de [[Orkney]] e abade de Holyrood, de quem descendem os Condes de Orkney. Opressor tirânico das ilhas Órcades e [[Xetlândia]]. Meio-irmão de Maria Stuart, a rainha ([[1542]]-[[1587]]), benevolente para com ele e tolerante de seus excessos. Recebeu terras e rendas da abadia de Holyrood, reformada por seu pai. Maria lhe deu terras em Orkney e Shetland. Mais tarde exerceu pressão sobre o bispo Adão Bothwell (c. [[1530]]-[[1593]]) interessado em aumentar suas terras em Orkney em troca de interesses de Stuart em Holyrood. Stuart foi preso por traição por Jaime Douglas, Regente da Escócia e Conde ou Earl of Morton (c. [[1516]]-[[1581]]), mas vingou-se quando ocasionou a queda de. Apesar de protestos dos habitantes das ilhas contra suas opressões, seu sobrinho o rei Jaime VI ([[1566]]-[[1625]]) gostava dele e o fez Conde ou Earl of Orkney ([[1581]]). Deixou um belo palácio em Birsay, em Orkney. Seu filho Patrick Stuart, pior ainda, e cruel para os moradores das ilhas, acabou enforcado por traição em [[1615]].
* 3 - João Stuart ([[1531]]-[[1563]]), Lord Darnley, Prior de Coldingham. Casado em [[1562]] com Lady Janet Hepburn, irmã de [[James Hepburn]], conde de Bothwell, o terceiro marido de Maria Stuart. Foram pais de Francis Stuart, que em [[1581]] foi feito por Jaime VI, Conde de Bothwell.
* 4 - Jean Stuart, que casou com [[Archibald Campbell, 5º Conde de Argyll|Arcibaldo Campbell, Earl of Argyll]] ([[1530]]-[[12 de setembro]] de [[1573]]), primogênito de Archibald (morto em [[1558]]), 4º Conde de Argyll. Era um dos chamados ''lords da congregação'', um dos principais tenentes de Jaime V na guerra entre os reformadores e a regente Maria de Guise-Lorena. Mais tarde se separou do partido de Knox, por sua amizade a Maria Stuart. Embora desaprovasse seu casamento com Darnley, tomou seu partido contra [[Isabel I de Inglaterra|Isabel de Inglaterra]]. Cúmplice no assassinato de David Rizzo, consentiu no assassinato de Darnley. Em [[1572]] era ''lord high chancellor''.
* 5 - Adam Stuart, filho da Lady Elizabeth Stuart (filha de João Stuart, 3º Conde de Lennox). Prior de Charterhouse, Perth. Enterrado em St. Magnus, Kirkwall, Orkney; a lápide ainda existe.
* 6 - Jaime Stuart, filho de Christine Barclay.
* 7 - Jaime Stuart, filho de Elizabeth Shaw. Comandador de Kelso e Melrose.
* 8 - Roberto Stuart, juniorjúnior, mãe desconhecida. Foi Prior de Whithorn.
 
{{referências|col=2}}
Linha 104:
 
{{Commons category| James V of Scotland}}
 
 
{{Começa caixa}}