Usuário(a):Camila dos Santos Simões/Testes: diferenças entre revisões

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==História dopor quadrotrás da pintura==
A pintura '''A Redenção de Cam''' é fruto de um momento [[Emancipação|pós-emancipação]]<ref name="TATIANA">{{citar web | autor=Tatiana H. P. Lotierzo, Lilia K. M. Schwarcz| titulo=Raça, gênero e projeto branqueador : "a redenção de Cam", de modesto brocos| publicado = Catálago USP| url=http://cral.in2p3.fr/artelogie/IMG/article_PDF/article_a254.pdf| acessodata=23 de outubro de 2018}}</ref>, trazendo desde o nome, uma crítica ao período. O nome faz alusão a [[Gênesis|Gênesis 9]], presente na [[Bíblia|Bíblia Cristã]]. No episódio, Cam expõe a nudez e bebedeira de seu pai, Noé, aos irmãos Sem e Lafet e, por isso, é condenado pelo pai para ser escravo juntamente com seu filho Canaã<ref name="TATIANA" />, que é amaldiçoado como "servo dos servos"<ref name="Itaú Cultural">{{citar web | autor=Enciclopédia Itaú Cultural| titulo=A Redenção de Cam| publicado = Enciclopédia Itaú Cultural| url=http://enciclopedia.itaucultural.org.br/obra3281/a-redencao-de-cam| acessodata=23 de outubro de 2018}}</ref>. Cam é apontado na Bíblia como suposto ascendente das raças africanas.<ref name="Itaú Cultural" /> A tela é crítica quando mostra um caminho para reverter a "maldição" (ser afro-descendente), branqueando os personagens. É perceptível o naturalismo presente na obra, que traz gradações de cores entre os personagens: do mais branco (o bebê) olhando para sua avó, negra, que tem suas mãos erguidas ao céu em agradecimento, no canto esquerdo da tela. Aqui, a representação do corpo feminino negro é mostrada como negativa, já que ela parece agradecer aos céus por seu neto ter nascido branco.<ref name="ANA PAULA" /> Há uma negação da cultura africana aparente quando reparamos nas vestes das personagens femininas, já que ambas usam roupas ocidentalizadas, e não trajes que remetem à cultura africana.<ref name="ANA PAULA">{{citar web | autor=Ana Paula Medeiros Teixeira dos Santos| titulo= Tranças, Turbantes e Empoderamento de Mulheres Negras: Artefatos de Moda como Tecnologias de Gênero e Raça no Evento Afrochic| publicado = UFTPR| url=http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/2712/1/CT_PPGTE_M_Santos%2C%20Ana%20Paula%20Medeiros%20Teixeira%20dos_2017.pdf| acessodata=23 de outubro de 2018}}</ref> O corpo da mulher sentada está todo coberto por roupas, fazendo com que seu corpo pareça mais europeu do que o realafricano.<ref name="ANA PAULA" /> Existe umaa teoria de que a mãe (sentada, ao centro da tela) seria a representação da Virgem Maria e o bebê, o menino Jesus.<ref name="TATIANA" /> Isso se deve graças a cor azul do xale em que a mãe está envolta, pois faz alusão ao manto usado pela Virgem Maria.<ref name="TATIANA" /> Sentados, estão a mãe da criança, que a carrega em cima dos joelhos e um homem com as pernas cruzadas, supostamente o marido branco e responsável pelo "branqueamento" do descendente. A posição das mãos e olhares entre os personagens trazem coerência à mensagem que [[Modesto Brocos]] quis passar.<ref name="Itaú Cultural" /> A obra lhe rendeu a medalha de ouro no [[Salão Nacional de Belas Artes]] de 1895 e mostra os rumos da arte brasileira no final do século XIX.<ref name="Itaú Cultural" />