Historiografia marxista: diferenças entre revisões

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{{Candidatura-cabeçalho|1=Tema obviamente relevante e com remissões ao tema, mas artigo sem a menor objetividade ou fontes. Muita opinião, pouca exposição.<span style="color: #1B1B1B;font-family:Old English Text MT;">'''[[Usuário:Leefeni de Karik|Leefeni]]'''<sup>''[[Usuário Discussão:Leefeni de Karik|aures audiendi audiat]]''</sup></span> 16h29min de 25 de outubro de 2018 (UTC)}}
A '''historiografia marxista''', ou historiografia histórica, é uma escola de [[historiografia]] influenciada pelo [[marxismo]]. Os principais dogmas da historiografia marxista são a centralidade dos constrangimentos [de classe social] e [econômicos] na determinação dos resultados históricos.
{{Revisão|data=Fevereiro de 2008}}
[[Imagem:Karl Marx.jpg|thumb|right|300px|Karl Marx 1875]]
A [[teoria]] [[Karl Marx|marxista]] da [[História]] compreende entre várias teses a teoria da História Materialista, ([[materialismo histórico]]), que foi uma proposição efetuada por Marx e que institui uma abordagem [[economia|economicista]] para a história da Humanidade.
 
A historiografia marxista fez contribuições para a história da [[classe trabalhadora]], nacionalidades oprimidas e a [[metodologia]] de [[História do povo | história a partir de baixo]]. O principal aspecto problemático da historiografia marxista tem sido um argumento sobre a natureza da história como "determinada" ou "dialética"; isso também pode ser declarado como a importância relativa dos objetivos da [[Subjetividade | subjetividade]] e [[Objetividade (jornalismo)]] na criação de resultados.
A historiografia marxista ofereceu uma perspectiva importante para a compreensão do passado. Esta mostrou a importância das massas nos feitos históricos e mostrou que grandiosos homens hoje homenageados não fizeram a história sozinhos. Muito embora o marxismo tenha conseguido perceber as massas populares como integrantes ativos na construção da história, embora dominados ou alienados, não empregou um olhar que ia muito além das balizas teóricas e ideológicas pertinentes ao que se tinha como quase dogma entre os inspirados seguidores de Marx.
 
A história marxista é geralmente [[Determinismo|determinística]]:<ref>{{cite book|title=The Elgar Companion to Marxist Economics|author1=Ben Fine|author2=Alfredo Saad-Filho|author3=Marco Boffo|publisher = Edward Elgar Publishing|page=212|url=https://books.google.com/books?id=xe0VQArHt8sC&pg=PA212&dq=determinism#v=onepage&q=determinism&f=false|isbn=9781781001226|date=2012-01-01}}</ref><ref>{{cite book|url=https://books.google.com/?id=A2WSBgAAQBAJ&pg=PA5&dq=marxist+history+deterministic#v=onepage&q=marxist%20history%20deterministic&f=false|page=5|title=The Problem of Freedom in Marxist Thought: An Analysis of the Treatment of Human Freedom by Marx, Engels, Lenin and Contemporary Soviet Philosophy|first=J.J.|last= O'Rourke|publisher=Springer Science & Business Media|isbn=9789401021203|date=2012-12-06}}</ref><ref>{{cite book|url=https://books.google.com/books?id=9pem7Ip_WUgC&pg=PA247|first=Kenneth|last=Stunkel|page=247|publisher=Routledge|title=Fifty Key Works of History and Historiography|isbn=9781136723667|date=2012-05-23}}</ref> postula uma direção da história, em direção a um estado final da história como sociedade humana. A historiografia marxista, isto é, a escrita da história marxista de acordo com os princípios historiográficos, é geralmente vista como uma ferramenta. Seu objetivo é trazer os oprimidos pela história para [[auto-realização#auto-realização|autoconsciência]], e armá-los com táticas e estratégias da história: é tanto um projeto histórico quanto um projeto libertador.
 
Os historiadores que usam a metodologia marxista, mas discordam da corrente dominante do marxismo, frequentemente descrevem a si mesmos como historiadores "marxistas" (com um "M" minúsculo). Métodos da historiografia marxista, como a análise de classes, podem ser divorciados da intenção liberatória da historiografia marxista; tais praticantes referem-se frequentemente ao seu trabalho como "marxiano" ou "marxiano".
==Limitações==
No entanto, a ênfase econômica dos estudos realizados pelos historiadores marxistas não abarcou todos os aspectos da vida das sociedades ao longo da história. O fato é que aspectos também importantes da vida cotidiana das sociedades na história não estavam dentro do foco marxista e uma nova história passou a ser escrita.
Atualmente, com novos e ousados métodos de estudo, os aspectos ordinários, culturais, e não apenas os singulares também interessaram aos novos historiadores e aos historiadores pós-modernos. Atualmente há uma tendência nada produtiva de se partir para o desprezo a qualquer coisa que “pareça” marxista desde o “fim” da esperança do socialismo real. Seja como for, o fato é que a história que se produz hoje atingiu um espectro de abrangência fabulosa e colocou quase todos os segmentos sociais em seu âmbito.
 
{{Referências}}
O marxismo está grávido em grupos. Tem-se desde as concepções estruturalistas de Althusser até às concepções culturalistas de Thompson, passando é claro pelas concepções políticas de Gramsci. Assim, dizer que o método de análise marxista é puramente economicista é um erro grave de quem nunca leu o marxismo em sua amplitude. O marxismo como método de análise da realidade concreta deve considerar o tempo histórico como espiral, mas percebe-se que muitos autores - intitulados marxistas - tratam do tempo histórico com uma linearidade que muitas vezes parece positivista e evolucionista, negando, assim, sua dialética materialista.
O marxismo tem ser que analisado com bastante cuidado, principalmente na historiografia atual, mas esse modismo culturalista implementado pela 4ª geração da escola dos annales também. A cultura é importante, mas quando desenvolvida como modo de vida, que segue a lógica do que os próprios Marx e Engels - idealizadores do método - diziam em A Ideologia Alemã: a história da humanidade tem que ser analisada tendo como pressuposto real homens vivos, mas para que estes homens vivam eles precisam comer, beber, se vestir, ter moradia e relacionar-se numa espécie de intercâmbio com a natureza e com o próprio homem, criando os instrumentos de produção de sua vida material e perpetuando a espécie. Comer, beber, se vestir, em suma, viver, então, são aspectos da cultura de um povo e não somente da economia. Mas é bom lembrar que a cultura é produto da sociedade, e esta é estruturada (genericamente podemos usar o termo formada) pela economia. Ou seja, todos os costumes de um homem são produto de sua cultura, que é produto de sua sociedade, que é produto da economia.
 
==Ver também==