Carlos Brilhante Ustra: diferenças entre revisões

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Em maio de 2013, Ustra compareceu à sessão da [[Comissão da Verdade]], a primeira aberta ao público em geral e transmitida pela televisão. De posse de um ''[[habeas-corpus]]'' que lhe permitia ficar em silêncio, mesmo assim ele respondeu a algumas perguntas, negando que tivesse cometido qualquer crime durante seu período no comando do DOI-CODI paulista e que recebeu ordens de seus superiores no Exército para fazer o que foi feito, alegando em sua defesa que "combatia o terrorismo".<ref name="oesp">{{citar web|url=http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,nunca-fui-assassino-diz-coronel-ustra-a-comissao-nacional-da-verdade,1030540,0.htm|titulo=Nunca fui assassino, diz coronel Ustra à Comissão Nacional da Verdade|publicado=O Estado de S. Paulo|acessodata=11/05/2013}}</ref> Ustra também negou que qualquer pessoa tivesse sido morta dentro do DOI-CODI, afirmando que todos os mortos o "foram em combate nas ruas".<ref name="oesp"/> Acusou a presidente [[Dilma Roussef]] de participar de quatro organizações terroristas mas, quando questionado sobre a existência dos chamados instrumentos de tortura "[[Pau de arara (tortura)|pau-de-arara]]" e "[[cadeira do dragão]]" nas dependências do órgão, exerceu seu direito de manter-se em silêncio.<ref name=folha>{{citar web|url= http://www1.folha.uol.com.br/poder/2013/05/1276485-nunca-ocultei-cadaver-diz-coronel-ustra-a-membros-da-comissao-da-verdade.shtml|titulo=Ustra rebate acusações de mortes na ditadura e cita atuação de Dilma em grupo terrorista| publicado = Folha de S.Paulo|acessodata=11/05/2013}}</ref>
 
Mesmo quando confrontado com um documento exibido por um membro da comissão, Claudio Fonteles, um documento do próprio exército, listando a morte de pelo menos 50 pessoas dentro do DOI-CODI no período em que foi comandado por Ustra, o militar afirmou que o documento não provava que essas mortes tinham realmente acontecido nas dependências do órgão.<ref name=folha/> Convidado a uma acareação com o atual vereador paulista Gilberto Natalini, que se encontrava na plateia e já havia dado seu depoimento sobre as torturas que lhe foram infligidas pessoalmente por Ustra naquela época, o militar recusou-se gritando que "não fazia "acareação com ex-terrorista", o que provocou a reação do vereador aos gritos dizendo que era "um brasileiro de bem. O senhor é que é terrorista. Eu fui torturado pelo coronel Ustra!",<ref>{{citar web|url=http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2013-05-10/%E2%80%9Cfui-um-dos-torturados-pelo-coronel-ustra%E2%80%9D-diz-presidente-da-comissao-municipal-da-verdade-de-sp|titulo=“Fui um dos torturados pelo coronel Ustra”, diz presidente da Comissão Municipal da Verdade de SP|publicado=Agência Brasil|acessodata=11/05/2013}}</ref> levando ao encerramento da sessão.<ref name=folha/>
 
Ouvido também em audiência pública antes do coronel, o ex-sargento do Exército [[Marival Fernandes]], que trabalhou na análise de documentos do órgão, entre 1973 e 1974, e quatro meses sob o comando de Ustra, testemunhou que o ex-comandante, então capitão, era o "senhor da vida e da morte" do DOI-CODI e "escolhia quem ia viver e ia morrer".<ref>{{citar web|url=http://oglobo.globo.com/pais/ex-agente-do-doi-codi-diz-que-ustra-torturava-que-era-senhor-da-vida-da-morte-8350197|titulo=Ex-agente do DOI-Codi diz que Ustra torturava e que era ‘senhor da vida e da morte’ |publicado=O Globo|acessodata=11/05/2013}}</ref>