Boeing 717: diferenças entre revisões

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{{mais notas||tec|data=julho de 2005}}
{{Info/Aeronave
|nome = Boeing 717
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|legenda = 717 na pintura da [[Aerolíneas de Baleares|AeBal]]
|é civil = Sim
<!-- Descrição -->
|missao = Avião Comercial
|país de origem = {{USA}}
|fabricante = [[Boeing]]
|produção =
|quantidade =
|custo =
|desenvolvido de =
|desenvolvido em =
|primeirovoo = {{dtlink|2|9|1998|idade}}<ref name=The_Boeing_717>{{citar web|título=The Boeing 717 |publicado=Boeing Commercial Airplanes |url=http://www.boeing.com/commercial/717/index.html |acessodata=4 de Janeiro de 2011}}</ref>
|integraçao =
|aposentado =
|variantes =
|tripulaçao =
|passageiros = 106/117
|passag classes =
|carga util =
<!-- Especificações -->
|etiqueta espec =
<!-- Dimensões -->
|comprimento = 37.80
|envergadura = 28.47
|altura = 8.92
|area rotor/asa =
|volume m3 =
<!-- Pesos -->
|peso vazio =
|peso carregado =
|peso na decolagem = 49900
<!-- Motorização -->
|motores descriçao = 2x [[Rolls-Royce BR700|Rolls Royce BR715-A1-30]]
|potencia motor =
|força empuxo =
<!-- Performance -->
|velocidade max = 811
|velocidade cruze =
|velocidade mach =
|alcance normal = 2645
|autonomia voo/h =
|teto/tecto max = 15500
|razao subida m/s =
<!-- Notas dos dados -->
|notas = Dados do 717-200 ''Basic Gross Weight''
}}
O '''Boeing 717''' é um avião [[bimotor]] desenvolvido para o mercado de 100 assentos. A aeronave foi projetada e comercializada pela [[McDonnell Douglas]] como '''MD-95''', a terceira geração do [[McDonnell Douglas DC-9|DC-9]]. Com capacidade para até 117 passageiros, o 717 tinha um alcance máximo de 2.060 milhas náuticas (3.815 &nbsp;km). O avião era equipado com dois motores [[Rolls-Royce plc|Rolls-Royce]] BR715 [[turbofan]].
 
A primeira encomenda foi realizada em Outubro de 1995; A McDonnell Douglas e a Boeing juntaram-se em 1997,<ref name=merger>[http://www.boeing.com/history/chronology/chron16.html Boeing Chronology, 1997-2001], Boeing</ref> antes do início da produção, e os primeiros aviões a entrar em serviço em 1999 foram vendidos como Boeing 717. A produção foi encerrada em Maio de 2006, após um total de 156 aeronaves construídas.<ref name="last 717s">{{citar comunicado de imprensa|título= Boeing Delivers Final 717s; Concludes Commercial Production in California |publicado=Boeing |data= 23 de Maio de 2006 |url=http://www.boeing.com/news/releases/2006/q2/060523a_nr.html |acessodata= 9 de Dezembro de 2010}}</ref>
O '''Boeing 717''' é um avião [[bimotor]] desenvolvido para o mercado de 100 assentos. A aeronave foi projetada e comercializada pela [[McDonnell Douglas]] como '''MD-95''', a terceira geração do [[McDonnell Douglas DC-9|DC-9]]. Com capacidade para até 117 passageiros, o 717 tinha um alcance máximo de 2.060 milhas náuticas (3.815 km). O avião era equipado com dois motores [[Rolls-Royce plc|Rolls-Royce]] BR715 [[turbofan]].
 
A primeira encomenda foi realizada em Outubro de 1995; A McDonnell Douglas e a Boeing juntaram-se em 1997,<ref name=merger>[http://www.boeing.com/history/chronology/chron16.html Boeing Chronology, 1997-2001], Boeing</ref>antes do início da produção, e os primeiros aviões a entrar em serviço em 1999 foram vendidos como Boeing 717. A produção foi encerrada em Maio de 2006, após um total de 156 aeronaves construídas.<ref name="last 717s">{{citar comunicado de imprensa|título= Boeing Delivers Final 717s; Concludes Commercial Production in California |publicado=Boeing |data= 23 de Maio de 2006 |url=http://www.boeing.com/news/releases/2006/q2/060523a_nr.html |acessodata= 9 de Dezembro de 2010}}</ref>
 
[[Ficheiro:Midwest 717 N905ME 025.jpg|thumb|Traseira de um Boeing 717.]]
O Boeing 717 é o menor jato construído pela empresa depois do [[Boeing 737]]. Era uma opção de jato regional. Contudo, um dos fatores que contribuíram com sua saída do mercado de jatos regionais foi a saturação de oferta neste segmento, já atendido por aeronaves como o [[Embraer 170]], [[Embraer 190|190]], [[Embraer 195|195]], Bombardier [[Bombardier CRJ-700|CRJ-700]], [[Fokker F70]] e [[Fokker F100|F100]] e até mesmo a [[Airbus]], com o [[Airbus A320#A318|A318]]. O projeto foi lançado em [[1995]], sendo que os primeiros protótipos começaram a voar em [[1998]].<ref>[http://www.portalbrasil.net/boeing_717.htm]</ref>
 
==Projeto e Desenvolvimento==
===Antecedentes===
A terceira parte do [[século {{séc|XX]]}} foi difícil para os fabricantes de aeronaves. A fabricante que uma vez foi líder indiscutível do mercado, a [[Douglas Aircraft Company|Douglas]], enfrentou problemas com as vendas de sua aeronave, o Douglas [[Douglas DC-8|DC-8]] e a grande eficiência do [[Boeing 737]] contra seu [[McDonnell Douglas DC-9|DC-9]]. O trabalho de financiar o seu futuro trijato, o [[McDonnell Douglas DC-10|DC-10]], foi muito difícil, pelo qual a firma viu-se obrigada a fazer uma fusão com a especialista militar [[McDonnell Aircraft Corporation|McDonnell]], em [[1967]].
 
Depois da fusão corporativa, a McDonnell Douglas (MDC) continuou lutando por sua existência: a línha de produção do DC-8 fechou em [[1972]]; ao buscar entrar no mesmo mercado especializado com o DC-10 perdeu dinheiro, assim como o seu rival, o [[Lockheed]] Tristar. Somente o DC-9 continuou vendendo bem; para [[1982]] se haviam construído em torno de 1000 unidades, quando se alargou e renomeado como [[McDonnell Douglas MD-80|Série MD-80]]. Mais de 1100 MD-80s entraram em serviço durante a década de 1980 e ao princípio da década de 1990. Sem embargo, a próxima versão, o [[McDonnell Douglas MD-90|MD-90]], não vendeu muito, foram construídas apenas 117 unidades. Contudo, este número é maior que o das vendas do 737-600 e do [[Airbus]] [[Airbus A320#A318|A318]].
 
===Produção===
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A [[Douglas Aircraft Company|Douglas]] construiu o DC-9 para ser um avião para curtas distâncias (''short range'') para complementar sua linha de aeronaves, que ja contava com o grande quadrimotor [[Douglas DC-8|DC-8]] no final dos [[Década de 1960|anos 60]]. O DC-9 veio com novo design, sendo dois motores a [[jato]] montados atrás [[Pratt & Whitney JT8D]], uma pequena mas altamente eficiente asa , e uma [[cauda]] em formato de "T". O DC-9 voou pela primeira vez em 1965 e entrou para o serviço prestado a linhas aéreas [[1966|um ano depois]]. Quando a produção terminou em 1982, em torno de 976 DC-9 haviam sido produzidos.
 
O [[MD-80]] foi introduzido no mercado de transporte aéreo em [[1980]]. O design foi como uma segunda geração do DC-9. Foi uma versão maior do [[DC-9|DC-9-50]] com um grande [[MTOW]] (''Maximum Take-off Weight'' ou ''Peso Máximo de Decolagem'') e maior capacidade no tanque de combustível. Por volta de 1200 MD-80 Foram entregus de 1980 a 1999.
 
O [[MD-90]] foi produzido como uma nova geração da série MD-80. Foi lançado em 1989 e voou pela primeira vez em 1993. O MD-90 era mais longo e potente, empregando motores mais silenciosos e eficientes. No entanto, o MD-90 não foi considerado um sucesso de vendas com apenas 117 aviões comercializados.
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O MD-95 foi inicialmente anunciado em 1991, como o '''MD-87-105''', uma versão menor, com 105 assentos do MD-80.<ref name="douglas">{{citar livro|último = Norris |primeiro = Guy |autorlink = |coautor= Wagner, Mark |título= Douglas Jetliners |publicado= MBI Publishing|data=1999 |local= |isbn= 0-7603-0676-1 }}</ref> Ele foi concebido para substituir a série DC-9, que estava há trinta anos em produção. O projeto do MD-95 envolveu uma completa revisão do sistema, voltando para o ''design'' original [[McDonnell Douglas DC-9|DC-9-30]] e renovando-o com novos motores, ''cockpit'' e outros sistemas modernos.<ref name="douglas"/> Historicamente, a aeronave vendeu mal, assim como outras aeronaves deste tipo como o MD-87, o [[Boeing 747SP]], [[Boeing 737#737-600|Boeing 737-600]], [[Airbus A320#A318|Airbus A318]] e o [[Airbus A340|Airbus A340-200]]. O MD-95 não faz parte da série MD-80/MD-90, sendo apenas uma versão modernizada do DC-9-30.
 
O nome "MD-95" foi escolhido para homenagear o ano anterior a seu lançamento. Entretanto, a McDonnell Douglas não pôde encontrar um cliente (companhia aérea) que lançasse a aeronave. Por muito tempo a McDonnell Douglas serviu a companhia aérea ''[[Scandinavian Airlines System]]'' (SAS), mas esta optou pelo 737-600 para ser sua nova aeronave com mais de cem assentos antes do lançamento do MD-95 em março de [[1995]].<ref name="douglas"/> Também em outubro de 1995, a companhia de baixo custo norte-americana [[ValuJet Airlines|ValuJet]] encomendou cinquenta MD-95s, mais 50 opções.<ref name="douglas"/> Geralmente, os novos aviões têm uma ou mais companhias aéreas, grandes e bem estabelecidas como clientes de lançamento da aeronave. O lançamento do MD-95 foi visto como um reflexo da dificuldade da [[McDonnell Douglas]] em vender suas aeronaves.
 
===Reposicionamento da marca===
[[Ficheiro:JetstarBoeing717.jpg|thumb|direita|Boeing 717 da [[Jetstar]].]]
 
Depois que a McDonnell Douglas se fundiu com a Boeing, em agosto de [[1997]],<ref>{{en}}[http://www.boeing.com/history/narrative/n079boe.html "The Boeing Company ... The Giants Merge"], História da Boeing.</ref> muitos observadores industriais acreditaram que a Boeing iria suspender a produção do [[MD-95]]. Contudo, a Boeing foi além com o projeto e o renomeou como "Boeing 717". Acredita-se que o nome foi escolhido para cobrir o vazio existente na nomeclatura clássica de aviões da empresa, entre o [[Boeing 707|707]] e o [[Boeing 727|727]] {{Carece de fontes|data=Dezembro de 20082005}}.O nome "717" era um jargão da Boeing para se referir ao [[KC-135 Stratotanker]]{{Carece de fontes|data=Dezembro de 20082005}}. O 717 foi usado para dar um novo ''design'' para o Boeing 720 para modificar e renovar a aeronave, com o objetivo de atender os pedidos das [[companhia aérea|companhias aéreas]]. Uma nota sobre a história da Boeing diz que a partir do lançamento da [[aeronave]] comercial, foi usada a designação "717-100" para o modelo militar e "717-200" para a aeronave comercial.<ref>{{en}}[http://www.seattlepi.com/business/204720_air22.html "Aerospace Notebook: Orphan 717 isn't out of sequence"], seattlepi.com, December 22, 2004.</ref>
 
===Fim da Produção===
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== Incidentes ==
Até Abril de 2017, o Boeing 717 teve cinco incidentes,<ref name="717_incidents">[http://aviation-safety.net/database/dblist.php?Type=351-7 Boeing 717 incidents], Aviation-Safety.net, [[13 de Agosto]] [[2008]].</ref> sem nenhuma perda ou morte.<ref>[http://aviation-safety.net/database/type/type.php?type=351-7 Boeing 717 summary], Aviation-Safety.net, 2008.</ref> Os incidentes incluem uma colisão no solo durante o taxiamento, um [[pouso]] crítico e uma tentativa de [[sequestro]].<ref name="717_incidents"/>
 
{{referências}}
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{{Commons|Boeing 717}}
{{Portal3|Aviação}}
 
[[Categoria:Aeronaves da Boeing|717]]
[[Categoria:Aviões produzidos nos Estados Unidos]]