Louis de Loczy: diferenças entre revisões

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'''Louis de Loczy''' ([[Budapeste]], [[5 de junho]] de [[1897]] - [[Rio de Janeiro (cidade)|Rio de Janeiro]], [[9 de junho]] de [[1980]]) foi um [[geologia|geólogo]] [[Hungria|húngaro]] [[naturalização|naturalizado]] [[brasil]]eiro e o filho de [[Lajos Lóczy]], provavelmente o mais famoso geologista húngaro.
 
LajosEra filho de Loczy[[Lajos foiLóczy]], provavelmente o primeiromais famoso geologista dohúngaro. ocidenteLouis parafez descreverestudos asuperiores [[estrutura]]em Zurique e Lausanne, [[geomorfologia]]obteve o doutorado em 1919 e no ano seguinte passou a trabalhar para o Instituto Geológico Húngaro. Foi contratado em 1922 pela gigante petrolífera [[estratigrafiaShell]], dasfazendo cadeiasprospecções geológicas em muitos países. Em 1926 sucedeu ao pai na cátedra de montanhaGeologia queem bordamBudapeste, e no mesmo ano casou-se com oMadelene [[PlanaltoGomperz, que lhe daria um filho, Louis Neto. Em 1933 assumiu a presidência do Tibete]]Instituto queGeológico. ligaComo osprofessor [[Montesformou Kunlun]]muitos comgeólogos oe cintocomo orientadoprofissional aocontribuiu nortepara a descoberta de jazidas de petróleo, carvão, bauxita, ferro e aomanganês, sulalém dasde montanhascolaborar em projetos de irrigação e gargantasde naconstrução [[Chinade Central]]represas.<ref name="Biografia">Brito, Ignácio Aureliano Machado. [http://www.anuario.igeo.ufrj.br/anuario_1997/vol20_309%20_310.pdf "Biografia do Professor Louis de Loczy"]. In: ''Anuário do Instituto de Geociências da Universidade Federal do Rio de Janeiro'', 1997; (20):309-310</ref>
 
PassouDepois entãoda [[II Guerra Mundial]] passou a trabalhar como consultor do Instituto de Pesquisas do Subsolo, órgão do governo grego, fazendo prospecção de petróleo na Trácia e no Épiro. Em 1951 assumiu trabalhos para os governos do Paraguai e do Brasil. Com a criação da [[Petrobras]], passou a ser colaborador permanente, realizando pesquisas geológicas no Paraná e Santa Catarina. Durante a [[Revolução Húngara de 1956]], ocorrida quando estava fora do país, foi intimado a retornar sob pena de perder a cidadania e ter seus bens confiscados. Não chegou tomar conhecimento da intimação, e de fato veio a perder seus direitos. Encerrado seu contrato na Petrobras em 1958, empregou-se na companhia petrolífera nacional do Irã, passando também a dar aulas na [[Universidade de Teerã]].<ref name="Biografia"/> Neste ínterim, recebeu a cidadania brasileira e foi requisitado pela [[Universidade Federal do Rio de Janeiro]] para lecionar [[Geologia Estrutural]], não havendo na época ninguém no país qualificado para ministrar a disciplina.<ref>Peyerl, Drielli. [http://repositorio.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/286634/1/Peyerl_Drielli_D.pdf ''A contribuição do Conselho Nacional do Petróleo e da Petrobras na formação de profissionais para a exploração do petróleo no Brasil'']. Doutorado. Unicamp, 2014, p. 176</ref> Permaneceu na UFRJ até se aposentar em 1974, quando recebeu homenagens pelas suas relevantes contribuições.<ref name="Biografia"/>
Seu filho Louis fez estudos superiores em Zurique e Lausanne, obteve o doutorado em 1919 e no ano seguinte passou a trabalhar para o Instituto Geológico Húngaro. Foi contratado em 1922 pela gigante petrolífera [[Shell]], fazendo prospecções geológicas em muitos países. Em 1926 sucedeu ao pai na cátedra de Geologia em Budapeste, e no mesmo ano casou-se com Madelene Gomperz, que lhe daria um filho, Louis Neto. Em 1933 assumiu a presidência do Instituto Geológico. Como professor formou muitos geólogos e como profissional contribuiu para a descoberta de jazidas de petróleo, carvão, bauxita, ferro e manganês, além de colaborar em projetos de irrigação e de construção de represas.<ref name="Biografia"/>
 
Passou então a trabalhar como consultor do Instituto de Pesquisas do Subsolo, órgão do governo grego, fazendo prospecção de petróleo na Trácia e no Épiro. Em 1951 assumiu trabalhos para os governos do Paraguai e do Brasil. Com a criação da [[Petrobras]], passou a ser colaborador permanente, realizando pesquisas geológicas no Paraná e Santa Catarina. Durante a [[Revolução Húngara de 1956]], ocorrida quando estava fora do país, foi intimado a retornar sob pena de perder a cidadania e ter seus bens confiscados. Não chegou tomar conhecimento da intimação, e de fato veio a perder seus direitos. Encerrado seu contrato na Petrobras em 1958, empregou-se na companhia petrolífera nacional do Irã, passando também a dar aulas na [[Universidade de Teerã]].<ref name="Biografia"/> Neste ínterim, recebeu a cidadania brasileira e foi requisitado pela [[Universidade Federal do Rio de Janeiro]] para lecionar [[Geologia Estrutural]], não havendo na época ninguém no país qualificado para ministrar a disciplina.<ref>Peyerl, Drielli. [http://repositorio.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/286634/1/Peyerl_Drielli_D.pdf ''A contribuição do Conselho Nacional do Petróleo e da Petrobras na formação de profissionais para a exploração do petróleo no Brasil'']. Doutorado. Unicamp, 2014, p. 176</ref> Permaneceu na UFRJ até se aposentar em 1974, quando recebeu homenagens pelas suas relevantes contribuições.<ref name="Biografia"/>
 
Foi membro de diversas sociedades científicas nacionais e estrangeiras, como a [[Sociedade Brasileira de Geologia]], a [[Sociedade Brasileira de Paleontologia]], a [[Academia Brasileira de Ciências]], e academias de ciências de Budapeste, Stuttgart e Helsinqui. Deixou grande obra publicada, destacando-se importantes trabalhos sobre as bacias paleozoicas brasileiras, e contribuiu para a elaboração do Mapa Tectônico da América do Sul.<ref name="Biografia"/> Segundo o professor e pesquisador [[José Raymundo Andrade Ramos|José Raymundo Ramos]], a contribuição que deu à geologia brasileira foi "importantíssima", fazendo parte de um reduzido grupo de especialistas contratados pelo Departamento Nacional de Produção Mineral que a partir dos anos 1950 deram um grande impulso às pesquisas, produziram bibliografia em português antes inexistente, e foram pedras basilares da "catedral da Geologia" nacional.<ref>Ramos, José Raymundo Andrade. [http://mineralis.cetem.gov.br/bitstream/cetem/692/1/500anos_BLOCO%20I.pdf "Mineração no Brasil Pós-Colônia"]. In: Lins, Fernando Antônio de Freitas; Loureiro, Francisco Eduardo de Vries Lapido; Albuquerque, Gildo de Araújo Sá Cavalcanti de (eds.). ''Brasil 500 Anos: a construção do Brasil e da América Latina pela mineração''. Centro de Tecnologia Mineral/Ministério da Ciência e Tecnologia, 2000, p. 62</ref> Em parceria com [[Eduardo Antônio Ladeira]] escreveu ''Geologia Estrutural e Introdução à Geotectônica'', publicado em 1976, que se tornou uma referência na bibliografia nacional neste campo.<ref>Almeida, Efigênia Soares. [https://core.ac.uk/download/pdf/30362547.pdf ''Utilização Subterrânea dos Maciços Rochosos: uma alternativa de preservação ambiental na Ilha de Santa Catarina'']. Doutorado. Universidade Federal de Santa Catarina, 2001, p. 76</ref> Seu nome batiza uma rua em Petrópolis.<ref>[http://www.consultarcep.com.br/rj/petropolis/independencia/rua-professor-louis-de-loczy/25645445 ''Rua Professor Louis de Loczy'']. Consulta CEP </ref>