Nióbio: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Kaktus Kid (discussão | contribs)
Ajuste
Danilomath (discussão | contribs)
Adequações ortográfico-gramaticais
Etiquetas: Possível mudança indevida de nacionalidade Editor Visual
Linha 1:
{{Elemento/Nióbio}}
O '''nióbio''' é um [[elemento químico]], de [[símbolo químico|símbolo]] ''Nb'', [[número atômico]] 41 (41 [[próton]]s e 41 [[elétron]]s) e [[massa atómica|massa atômica]] 92,9 [[unidade de massa atómica|u]]. É um elemento de [[metal de transição|transição]] pertencente ao [[Grupo da Tabela Periódica|grupo 5 ou 5B]] da [[Tabela Periódica|classificação periódica dos elementos]]. O nome deriva da deusa grega [[Níobe]], filha de [[Dione]] e [[Tântalo]] — este último, por sua vez, deu nome anomeou outro elemento da família 5B, o [[tântalo (elemento químico)|tântalo]].<ref>{{citar web|url=http://www.infoescola.com/elementos-quimicos/niobio/|título=Nióbio|formato= url|obra=Elementos Químicos|acessodata=14 de setembro de 2014 }}</ref> É usado principalmente em [[liga metálica|ligas]] de [[aço]] para a produção de tubos condutores de fluidos. Em condições normais, é [[sólido]]. Foi descoberto em [[1801]] pelo inglês [[Charles Hatchett]].<ref>{{en}} {{citar web|URL=https://www.phase-trans.msm.cam.ac.uk/2006/Nb/Nb.html|título=Niobium and Ferro-Niobium Production|autor=|data=|publicado=Department of Materials Science & Metallurgy / [[Universidade de Cambridge|University of Cambridge]]|acessodata=}} '''·''' "''Niobium was discovered first by [[Charles Hatchett]] in [[1801]]; [[Anders Gustaf Ekeberg]] discovered tantalum in [[1802]].''"</ref>
 
O nióbio tem propriedades físicas e químicas similares ao do elemento químico [[Tântalo (elemento químico)|tântalo]] e os dois, portanto , ambos são difíceis de distinguir. Em 1801, o químico inglês Charles Hatchett relatou a descoberta de um material similar ao tântalo e o denominou colúmbio. Em 1809, o químico inglês William Hyde Wollaston erroneamente concluiu que o tântalo e o colúmbio eram idênticos. OEm 1846 o químico alemão [[Heinrich Rose]] estabeleceu em 1846 que os minérios de tântalo continham um segundo elemento que foi batizado como nióbio. Entre 1864 e 1865, ficou esclarecido que "nióbio" e "colúmbio" eram dois nomes do mesmo elemento., Porsendo assim, por quase um século estesadotados nomes foramestes utilizadostermos de forma intercambiável. O nióbio foi oficialmente reconhecido como um elemento químico em 1949, mas o termo colúmbio ainda é utilizado na metalurgia [[Estados Unidos|estadunidense]].
 
As primeiras aplicações comerciais deste elemento datam de começos do século XX. Existem poucas minas de nióbio com viabilidade econômica. O [[Brasil]] é historicamente o primeiro produtor mundial de nióbio e [[ferronióbio]] (uma liga de nióbio e ferro) e é responsável por 75% da produção mundial do elemento.<ref>{{citar web|url= http://g1.globo.com/economia/negocios/noticia/2013/04/monopolio-brasileiro-do-niobio-gera-cobica-mundial-controversia-e-mitos.html?fb_action_ids=437803089642924&fb_action_types=og.recommends&fb_source=other_multiline&action_object_map=%7B%22437803089642924%22%3A594292470582777%7D&action_type_map=%7B%22437803089642924%22%3A%22og.recommends%22%7D&action_ref_map=%5B%5D|título='Monopólio' brasileiro do nióbio gera cobiça mundial, controvérsia e mitos |acessodata= 14 de setembro de 2014|data=09/04/2013|publicado=Globo}}</ref><ref>{{citar web|url= http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=metais-mais-raros-terra-lista-risco&id=010125110915|título=Metais mais raros da Terra entram para "lista de risco" |acessodata= 14 de setembro de 2014|data=15/09/2011 |obra=Meio ambiente|publicado=Inovação Tecnológica}}</ref>
Linha 8:
É muito utilizado nas [[Liga metálica|ligas metálicas]], em especial na produção de [[aço]]s especiais utilizados em tubos de [[gasodutos]]. Embora estas ligas contenham no máximo 0,1 % de nióbio, esta pequena porcentagem confere uma grande resistência mecânica ao aço.
 
A estabilidade térmica das superligas que contêm nióbio é importante para a produção de motores de aeroplanos, na [[propulsão de foguete]]s e em vários materiais [[supercondutores]]. As ligas supercondutoras do tipo II, também contendo [[titânio]] e [[estanho]], são geralmente usadas nos [[ímã]]s supercondutores usados na obtenção das [[imagem por ressonância magnética|imagens por ressonância magnética]]. Outras aplicações incluem a soldagem, a indústria nuclear, a eletrônica, a óptica, a numismática e a produção de [[joia]]s. Nestas duas últimas aplicações ele é utilizado pela sua baixa toxicidade e pela possibilidade de coloração por [[anodização]].
 
== História ==
Linha 26:
| caption2 = Fotografia de uma escultura helenística representando [[Níobe]] por [[Giorgio Sommer]].
}}
As diferenças entre o tântalo e o nióbio foram confirmadas em 1864 por [[Christian Wilhelm Blomstrand]],<ref name="Ilmen" /> [[Henri Etienne Sainte-Claire Deville]], e [[Louis Joseph Troost|Louis J. Troost]], que determinaram as fórmulas de alguns dos compostos em 1865<ref name="Ilmen">{{citar periódico|título= Tantalsäure, Niobsäure, (Ilmensäure) und Titansäure|periódico= Fresenius' Journal of Analytical Chemistry|volume = 5|número= 1|ano= 1866|doi = 10.1007/BF01302537|páginas= 384–389|autor = Marignac, Blomstrand, H. Deville, L. Troost und R. Hermann}}</ref><ref name="Gupta" /> e, finalmente, pelo químico suíço [[Jean Charles Galissard de Marignac]]<ref>{{citar periódico|periódico= [[Annales de chimie et de physique]]|título= Recherches sur les combinaisons du niobium|páginas= 7–75|autorlink = Jean Charles Galissard de Marignac|língua=Francês|primeiro = M. C.|último = Marignac|url = http://gallica.bnf.fr/ark:/12148/bpt6k34818t/f4.table|ano= 1866|volume = 4|número= 8}}</ref> que em que 1866, comprovou a existência dos dois elementos químicos. Os artigos sobre o ''ilmênio'' continuaram a aparecer até 1871.<ref>{{citar periódico|título= Fortgesetzte Untersuchungen über die Verbindungen von Ilmenium und Niobium, sowie über die Zusammensetzung der Niobmineralien (Pesquise mais sobre os compostos de ilmênio e nióbio, como também na composição dos minerais de nióbio)|primeiro = R.|último = Hermann|periódico= Journal für Praktische Chemie|língua=Alemão|volume = 3|número= 1|páginas=373–427|doi = 10.1002/prac.18710030137|ano= 1871}}</ref>
 
De Marignac foi pioneiro na redução de nióbio, com o aquecimento do cloreto de nióbio em atmosfera modificada de [[hidrogênio]] em 1864.<ref name="nauti">{{Citar web|url = http://nautilus.fis.uc.pt/st2.5/scenes-e/elem/e04100.html|título = Niobium|publicado = Universidade de Coimbra|acessodata = 05/09/2008}}</ref> Embora ele fosse capaz de produzir o nióbio sem tântalo em larga escala em 1866, somente no início do século XX é que o nióbio passou a ser utilizado em escala comercial , nos filamentos das [[lâmpada incandescente|lâmpadas incandescentes]].<ref name="Gupta" /> Ele rapidamente tornou-se obsoleto com a substituição do nióbio pelo [[tungstênio]], que tem um elevado ponto de fusão, e, assim, étornou-se o preferido para a utilização em lâmpadas incandescentes. A descoberta que o nióbio melhora o micro aços-ligas foi produzidarealizada em 1920, eonde esta aplicação permanecepredominou-se com a sua aplicação predominante.<ref name="Gupta" /> Em 1961, o físico americano [[Eugene Kunzler]] e seus colaboradores da [[Bell Labs]] descobriram que a [[folha de flandres]] de nióbio apresentaapresentam supercondutividade na presença da corrente elétrica e dos campos magnéticos,<ref>Geballe ''et al.'' (1993) tem o ponto crítico da corrente de 150&nbsp;[[ampere|kiloamperes]] e os campos magnéticos de 8,8&nbsp;[[tesla (unit)|tesla]].</ref> fazendo o primeiro material pararesistente suportarà agrandes alta correntecorrentes e os campos necessários para ímãs e maquinários de alta potência. Esta descoberta levarálevariam, duas décadas depois, à produção de longos cabos multivertentes que poderiam ser utilizados nas bobinas, poderosos eletroímãs para máquinas rotativas, aceleradores de partículas ou detectores de partículas.<ref name="geballe">{{citar periódico|último = Geballe|primeiro = Theodore H.|título= Superconductivity: From Physics to Technology|periódico= Physics Today|volume = 46|número= 10|data=Outubro de 1993|páginas=52–56|doi=10.1063/1.881384|bibcode = 1993PhT....46j..52G }}</ref><ref>{{citar periódico|volume = 95|páginas= 1435–1435|ano= 1954|título= Superconductivity of Nb<sub>3</sub>Sn|primeiro = B. T.|último = Matthias|coautor= Geballe, T. H.; Geller, S.; Corenzwit, E.|doi = 10.1103/PhysRev.95.1435|periódico= Physical Review|bibcode = 1954PhRv...95.1435M|número= 6 }}</ref>
 
=== Desenvolvimento etimológico do elemento ===
O ''Colúmbio'' (símbolo ''Cb''<ref>{{citar periódico|título= Reaction of Tantalum, Columbium and Vanadium with Iodine|primeiro = F.|último = Kòrösy|periódico= Journal of the American Chemical Society|ano= 1939|volume = 61|número= 4|páginas= 838–843|doi = 10.1021/ja01873a018}}</ref>) foi o primeiro nome dadoadotado pelo seu descobridor, Hatchett, cujo nome era utilizado pelas publicações norte-americanas, comcomo a [[Sociedade Americana de Química]], até o ano de 1953,<ref>{{citar periódico|título= Photometric Determination of Columbium, Tungsten, and Tantalum in Stainless Steels|primeiro = Luther|último = Ikenberry|coautor= Martin, J. L.; Boyer, W. J.|periódico= Analytical Chemistry |ano= 1953|volume = 25|número=9|páginas= 1340–1344|doi = 10.1021/ac60081a011}}</ref> enquanto a Europa já utilizava o termo ''nióbio''. Para evitar confusões, o termo ''nióbio'' foi escolhido para ser o elemento 41 da 15° Conferência da União de Química em [[Amsterdã]] em 1949.<ref name="Contro">{{citar periódico|primeiro = Geoff|último = Rayner-Canham|autor2 =Zheng, Zheng |título= Naming elements after scientists: an account of a controversy|periódico= Foundations of Chemistry|volume = 10|número= 1|ano= 2008|doi = 10.1007/s10698-007-9042-1|páginas= 13–18}}</ref> Um ano após este termo ser oficialmente instituído pela [[União Internacional de Química Pura e Aplicada]]
(IUPAC) após um século de controvérsia, muitas sociedades químicas , organizações governamentais, egrande a maioriaparte dos metalúrgicos e produtores comerciais do metal, em especial, asàs norte-americanas, referem-se ao elemento 41 como ''Colúmbio''.<ref name="Contro" /><ref>{{citar periódico|periódico= Science|ano= 1914|título= Columbium Versus Niobium|páginas= 139–140|primeiro = F. W.|último = Clarke|jstor = 1640945|volume = 39|número= 995|doi = 10.1126/science.39.995.139|pmid = 17780662|bibcode = 1914Sci....39..139C }}</ref> Não é oexclusividade únicodo elemento quenióbio temter apenasmais um termo, por exemplo, a IUPAC aceita que o [[tungstênio]] seja chamado volfrâmio, em deferência a utilização deste termo nos Estados Unidos e o nióbio como alternativa de colúmbio, em deferência a utilização deste termo na Europa.<ref name="Contro" /> Não sendo universal, e que muitas lideranças das sociedades de química e organizações governamentais referem-se utilizando assim como oao termo nióbio que é, adotado pela IUPAC, enquanto muitas lideranças do setor da metalurgia e o Serviço Geológico dos Estados Unidos ainda referem para o metal pelo nome original de "''colúmbio''".<ref name="patel" /><ref name="Gree">{{citar periódico|periódico= Catalysis Today|ano= 2003|título= Vanadium to dubnium: from confusion through clarity to complexity|páginas= 5–11|último = Norman N.|primeiro = Greenwood|doi = 10.1016/S0920-5861(02)00318-8 |volume = 78|número= 1–4}}</ref>
 
== Produção de nióbio no Brasil ==
Linha 92:
===Controvérsias===
 
A discussão sobre a subfaturamento sob os [[royalties]] e o valor de mercado, além da ausência do controle do preço do nióbio, já é comentado nas instâncias políticas desde 2005, quando [[Marcos Valério]] afirmou na [[CPI dos Correios]], queonde o [[Banco Rural]] conversou com [[José Dirceu]] a respeito de uma mina do Amazonas. O político [[Eneas Carneiro]] (1938-2007) afirmou que só a riqueza produzida pelo nióbio no [[Brasil]] correspondia ao [[Produto Interno Bruto|PIB]], que na época era R$ 2,6 trilhões em 2007.<ref>Comunicação Social, Disponível em:<http://saladeimprensa.ibge.gov.br/noticias?view=noticia&id=1&busca=1&idnoticia=1106></ref>
 
Em 2010, vazou um documento pela [[Wikileaks]] que, incluía as minas e [[jazida]]s de nióbio no [[Brasil]] como recursos e infraestrutura estratégicos e imprescindíveis aos [[Estados Unidos]].<ref>Darlan Alvarenga; '''Monopólio' brasileiro do nióbio gera cobiça mundial, controvérsia e mitos'' ;Disponível em: <http://g1.globo.com/economia/negocios/noticia/2013/04/monopolio-brasileiro-do-niobio-gera-cobica-mundial-controversia-e-mitos.html\></ref> A CPRM ([[Serviço Geológico do Brasil]]), defendeu a política dos preços utilizados na venda do nióbio, indicando como exemplo a [[China]], que perdeu mercado desta [[commodity]] quando reduziu a oferta de terras-raras e elevou os preços, o mercado da mineração iniciou a investir em novos cinquenta projetos, do qual o [[Brasil]] tomasse a mesma atitude, também teriateriam as mesmas consequências.
 
Além disso, Elmer Salomão, Presidente da Associação Brasileira das Empresas de Pesquisa Mineral - ASPM comentou a respeito das denúncias:
Linha 100:
::''Nosso nióbio tem um preço “praticamente imbatível" e se ele for elevado outras jazidas no mundo todo entrarão em produção. (Lembrando da China quando ela decidiu reduzir a oferta e aumentou o preço das terras-raras, acarretando no surgimento de 50 novos projetos de produção desses bens minerais.)''
 
E, advertiu:
 
::'' O setor mineral tem contribuído para os investimentos no país e para o superávit da balança comercial, e não deve ser utilizado como combustível ideológico para políticas intervencionistas. ''<ref>Pércio de Moraes Branco, ''Nióbio Brasileiro'', Disponível em: <http://www.cprm.gov.br/publique/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=2616&sid=129> , acessado no dia 03 de novembro de 2014.</ref>
 
E, defendeu:
 
:: '' Se o Brasil não está aproveitando hoje suas riquezas minerais como deveria é porque não tem uma política industrial nesse sentido. O que não podemos fazer é guardar toneladas de minério sem saber se no futuro isso será tecnologicamente utilizado ou não. Somos obrigados a aproveitar os nossos recursos minerais justamente devido à revolução tecnológica. A idade da pedra não acabou por causa da pedra, mas porque a pedra foi substituída por outra coisa. ''<ref>´Monopólio´ brasileiro do nióbio gera cobiça mundial, controvérsia e mitos; Autor desconhecido; Disponível em: < http://www.crea-pi.org.br/noticias/ler/1261 ></ref>
Linha 110:
===Pesquisas===
 
Algumas universidades brasileiras, como a [[USP]], [[UNESP]] e da [[UFRJ]], pesquisam sobre as características do nióbio, a fim de desenvolver tecnologias no setor de supercondutores, na geração e transmissão de energia elétrica, no sistema de transporte e na mineração, sendo amplamente empregados na construção de equipamentos químicos, mecânicos, aeronáuticos, biomédicos e nucleares.<ref>Brasileiros avançam rumo às superligas de nióbio; Com informações da Agência USP; Disponível em: <http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=superligas-de-niobio&id=020160130218#.VGk-ynkfg1U></ref>
 
Com os objetivos dePara aumentar o valor agregado e o consumo do nióbio, vieram às pesquisas no Brasil, vieram as primeiras pesquisas com a fundação do Programa de Engenharia Metalúrgica e de Materiais no [[Coppe]] (Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia) em 1967.<ref>Vários Autores;Engenharia Metalúrgica e de Materiais comemora 40 anos;Disponível em: <http://www.planeta.coppe.ufrj.br/artigo.php?artigo=710></ref>
 
O ''Projeto Nióbio'' no Departamento de Engenharia de Materiais - DEMAR da Escola de Engenharia de Lorena - EEL da Universidade de São Paulo - USP Lorena em 1975-1976 sob comando do Dr. José Walter Bautista Vidal, secretário de tecnologia industrial do então Ministério da Indústria e do Comércio do Brasil. Atualmente, os institutos de física e de materiais pesquisam sobre o nióbio.<ref>Disponível em: <http://www.demar.eel.usp.br/historico_pesquisa.html></ref>
Linha 214:
|}
 
O nióbio tornaTorna-se um material [[supercondutor]] sob temperaturas [[Criogenia|criogênicas]]. Sob pressão atmosférica, ele tempossui-se a [[temperatura crítica]] mais elevada dos elementos supercondutores: 9.2&nbsp;[[Kelvin|K]]., <ref name="Pein">{{citar periódico|título= A Superconducting Nb<sub>3</sub>Sn Coated Multicell Accelerating Cavity|primeiro = M.|último = Peiniger|autor2 =Piel, H. |periódico= Nuclear Science|ano= 1985|volume= 32|número= 5|doi = 10.1109/TNS.1985.4334443|página= 3610|bibcode = 1985ITNS...32.3610P }}</ref> Ele temtendo a melhor supercondutividade.<ref name="Pein" /> Além disso, ele é um dos três elementos supercondutores Tipo 2, junto com o [[vanádio]] e o [[tecnécio]]. As propriedades supercondutoras são fortemente dependentes de sua pureza.<ref name="Moura">{{citar periódico|título=Melting And Purification Of Niobium|primeiro =Hernane R.|último = Salles Moura|coautor=Louremjo de Moura, Louremjo |periódico=AIP Conference Proceedings|ano=2007|número=927(Single Crystal – Large Grain Niobium Technology)|páginas=165–178|publicado=American Institute of Physics|issn=0094-243X|url=http://link.aip.org/link/?APCPCS/927/165/1}}</ref> Quando mais puro, mais mole e dúctil, porém as impurezas do nióbio o tornam mais duro.<!--awkward; this either contains redundancy or is leaving something out--><ref name="Nowak" />
 
O metal tem uma baixa captação de nêutrons térmicos <ref>{{citar periódico|título= Columbium Alloys Today|último = Jahnke|primeiro = L.P.|coautor= Frank, R.G.; Redden, T.K.|ano= 1960|periódico= Metal Progr.|volume = 77|número= 6|páginas= 69–74|osti = 4183692}}</ref> e,consequentemente, por causa isso ele é utilizadoutiliza-se nas indústrias nucleares.<ref>{{citar periódico|primeiro = A. V.|último = Nikulina|título= Zirconium-Niobium Alloys for Core Elements of Pressurized Water Reactors|periódico= Metal Science and Heat Treatment|volume = 45|número= 7–8|ano= 2003|doi = 10.1023/A:1027388503837|páginas= 287–292}}</ref>
 
=== Isótopos ===
 
O nióbio na natureza existente é composto de um [[isótopo]] estável, o <sup>93</sup>Nb.<ref name="NUBASE">{{citar periódico|primeiro = Audi|último = Georges|título= The NUBASE Evaluation of Nuclear and Decay Properties|periódico= Nuclear Physics A| volume = 729|páginas= 3–128|publicado= Atomic Mass Data Center|ano= 2003| doi=10.1016/j.nuclphysa.2003.11.001| bibcode=2003NuPhA.729....3A|último2 = Bersillon|primeiro2 = O.|último3 = Blachot|primeiro3 = J.|último4 = Wapstra|primeiro4 = A.H.}}</ref> Em 2003, pelo menos 32 radioisótopos também foram sintetizados, comonde a massa atômica variandovariam entre 81 até 113. O mais estável entre eles é o <sup>92</sup>Nb com uma meia-vida estimada de 34,7&nbsp;milhões de anos, enquanto, o menos estável tem a meia-vida de 30&nbsp;milisegundos. Quanto à tendência a decaimento, os isótopos com massa atômica com até <sup>93</sup>Nb, têm decaimento [[Partícula beta#Decaimento .CE.B2.2B|beta positivo]] (β<sup>+</sup>), enquanto os mais pesados têm decaimento [[Partícula beta#Decaimento .CE.B2.E2.88.92|beta negativo]] (β<sup>-</sup>), com algumas exceções. Os isótopos <sup>81</sup>Nb, <sup>82</sup>Nb, e<sup>84</sup>Nb têm β<sup>+</sup> decaindodecaem pela [[emissão protônica|emissão de prótons]], enquanto o <sup>91</sup>Nb decai pela emissão protônica e a [[captura eletrônica]] e o <sup>92</sup>Nb decai tanto por [[Pósitron|β<sup>+</sup>]] e [[elétron|β<sup>-</sup>]].<ref name="NUBASE" />
 
Pelo menos 25 [[isomeria nuclear|isômeros nucleares]] tenham sido descritos, baldeando-se a massa atômica entre 84 até 104. Com esta ordem, somente os isótopos <sup>96</sup>Nb, <sup>101</sup>Nb e <sup>103</sup>Nb não são classificados como isômeros. Entre eles, o isômero mais estável é o <sup>84m</sup>Nb com meia-vida de 16 anos e 47 dias, enquanto, a menos estável tem meia-vida de 103&nbsp;ns. Todos os isômeros de nióbio decaem pela transição isomérica ou pelas partículas beta, exceto <sup>92m1</sup>Nb, que tem um elétron menor capturado pela cadeia de desintegração.<ref name="NUBASE" />
 
=== Ocorrência ===
Linha 228:
{{VT|Categoria:Minerais de nióbio}}
 
Estima-se que o nióbio seja o 33° elemento mais abundante da Terra, com concentração de 20&nbsp;[[partes por milhão|ppm]].<ref>{{citar livro|título= Nature's Building Blocks: An A-Z Guide to the Elements|último = Emsley|primeiro =John|publicado= Oxford University Press|ano= 2001|local= Oxford, England, UK|isbn = 0-19-850340-7|capítulo= Niobium|páginas= 283–286}}</ref> Alguns pensam que a abundância do nióbio no planeta é muito maior, porém não é possível encontrar mais fontes dos elementos porque esteestes estáestão no núcleo terrestre por causa da sua elevada densidade.<ref name="patel" /> O elemento nunca foi encontrado [[Estado nativo|livre]] na natureza.<ref name="Nowak">{{citar periódico|título=Niobium Compounds: Preparation, Characterization, and Application in Heterogeneous Catalysis|autor =Nowak, Izabela; Ziolek, Maria|periódico=Chemical Reviews|ano=1999|volume=99|número=12|páginas=3603–3624|doi=10.1021/cr9800208|pmid=11849031}}</ref> Os minérios que contêm nióbio também contém tântalo., Comocomo a [[niobite]] (columbita) ([[Ferro|Fe]], [[manganês|Mn]])(Nb, [[tântalo (elemento químico)|Ta]])<sub>2</sub>[[oxigênio|O]]<sub>6</sub> e o [[coltan]] [(Fe, Mn)(Ta, Nb)<sub>2</sub>O<sub>6</sub>].<ref name="ICE"/> Os minerais de columbita-tantalita são geralmente os minerais mais encontrados nas intrusões alcalinas e de [[pegmatito]]. Nos niobatos também se encontram elementos como o [[cálcio]], [[urânio]], o [[tório]] e [[terras raras|metais de terras raras]]. Os exemplos de niobatos são: os minerais de [[pirocloro]] ([[sódio|Na]]CaNb<sub>2</sub>O<sub>6</sub>[[flúor|F]] ), e [[euxenita]] [([[ítrio|Y]], Ca, [[cério|Ce]], U, Th) (Nb, Ta, [[titânio|Ti]])<sub>2</sub>O<sub>6</sub>]. Grandes depósitos de nióbio foram encontrados associados aà rochas de [[carbono]] – [[silicato]]s, e, como constituinte do pirocloro.<ref name="Pyrochlore">{{citar periódico|título= Geochemical alteration of pyrochlore group minerals: Pyrochlore subgroup|ano= 1995|primeiro = Gregory R.|último = Lumpkin|autor2 =Ewing, Rodney C. |periódico= American Mineralogist|url = http://www.minsocam.org/msa/AmMin/TOC/Articles_Free/1995/Lumpkin_p732-743_95.pdf|volume = 80|páginas= 732–743}}</ref> <!--http://minmag.geoscienceworld.org/cgi/content/abstract/64/4/683 -->
 
Os dois maiores depósitos de pirocloro foram descobertos em 1950 ,no Brasil e no Canadá, e ambos os países são até hoje os maiores produtores de minério de nióbio.<ref name="Gupta" /> O maior depósito de intrusão de carbonatita está localizada em [[Araxá]], [[Minas Gerais]], no Brasil, que está sendo extraída pela CBMM ({{lang|pt|Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração}}) e o outro depósito está localizado em [[Goiás]] que está sendo extraída pela [[Anglo American]] (por meio da subsidiária Mineração Catalão), tambémonde se extraindoextraí uma intrusão subterrânea de carbonatita.<ref name="tesla" /> Estas duas minas brasileiras produzem cerca de 75% da demanda mundial de nióbio. A terceira maior produtora de nióbio é a mina subterrânea de carbonatita de Niobec , em [[Saint-Honoré, Quebec|Saint-Honoré]] próximo de [[Chicoutimi]], [[Quebec]], sendo extraída pela [[Iamgold|Iamgold Corporation Ltd]], que produz cerca de 7% da demanda mundial.<ref name="tesla">{{Citar web|url = http://tesla.desy.de/new_pages/TESLA_Reports/2001/pdf_files/tesla2001-27.pdf|título = Niob für TESLA|acessodata = 9 de outubro de 2014|primeiro= J|último = Kouptsidis|autor2=Peters, F. |autor3=Proch, D.|autor4= Singer, W. |publicado = Deutsches Elektronen-Synchrotron DESY|língua = Alemão}}</ref><ref>{{Citar web|url=http://minerals.usgs.gov/minerals/pubs/commodity/niobium/colummcs06.pdf|título=COLUMBIUM (NIOBIUM)|publicado=USGS|data=Janeiro de 2006|acessodata=7 de janeiro de 2015}}</ref> Os depósitos do [[Quênia]], em [[Kwale]], estão na sexta colocação entre os maiores produtores do mundo.<ref>GEORGE NGIGI, Mining firm to build Sh12.8bn factory, Disponível em:<http://www.businessdailyafrica.com/Cortec-Mining-to-build-Sh12-8bn-factory-/-/539552/1882130/-/158j4v2z/-/index.html>, escrito no dia 13 de Julho de 2013, acessado dia 17 de novembro de 2014.</ref>
 
Novas minas de nióbio podem ser extraídas nos próximos anos. Segundo estudos geológicos, foram descobertos potenciais depósitos de extração viável nas regiões de [[Elk Creek, Nebraska]] e de [[Rondônia]].<ref>{{Citar web|url=http://journalstar.com/news/state-and-regional/nebraska/area-residents-dig-the-prospect-of-niobium-mine/article_bfe14646-b161-5295-8b4d-f382beabb7db.html|título=Area residents dig the prospect of niobium mine|publicado=JornalStar|data=11 de julho de 2014|acessodata=7 de janeiro de 2015}}</ref>
Linha 236:
 
=== Químicas ===
O metal tem uma coloração azulada quando exposto ao ar em temperatura ambiente por um longo tempo.<ref name="Rubber">{{citar livro|título= CRC Handbook of Chemistry and Physics|primeiro = David R.|último = Lide|publicado= CRC Press|ano= 2004 |isbn = 978-0-8493-0485-9|páginas= '''4'''–21|edição= 85|capítulo= The Elements}}</ref> Apesar de ter um alto ponto de fusão (2,4682468&nbsp;°C), ele tem uma densidade menor se comparado com outros metais refratários. Além disso, tem resistência à corrosão, apresentaapresentam propriedades supercondutoras, e nas camadas de óxidos - propriedades dielétricas.
 
O nióbio é ligeiramente menos eletropositivo e mais denso do que o seu predecessor da tabela periódica, [[zircônio]], sendo-o virtualmente idêntico com os átomos de tântalo, devido à [[contração dos lantanídeos]].<ref name="Nowak" /> Como resultado, as propriedades químicas do nióbio são similares ao do tântalo, que aparece diretamente abaixo do nióbio na tabela periódica.<ref name="Gupta">{{citar livro|título= Extractive Metallurgy of Niobium|primeiro = C. K.|último = Gupta|autor2 =Suri, A. K. |publicado= CRC Press|ano= 1994 |isbn = 0-8493-6071-4|páginas= 1–16}}</ref> Embora a sua resistência aà corrosão não seja tão proeminente como no tântalo, seu preço baixo e a sua abundância faz do nióbio um produto atrativo para reduzir a demanda de revestimentos nas indústrias químicas.<ref name="Nowak" />
 
== Compostos ==