Afro-americanos: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Fosse considerada negra
Etiquetas: Editor Visual Edição via dispositivo móvel Edição feita através do sítio móvel
m Desfeita(s) uma ou mais edições de 138.185.9.20, com Reversão e avisos
Linha 19:
{{Tópicos Afro-americanos sidebar}}
 
Com o advento das leis discriminatórias, foi necessário definir quem era negro nos Estados Unidos. Foi aplicada a "[[One-drop rule]]" ("regra de uma gota") que dizia que qualquer pessoa com qualquer tipo de ancestralidade africana, mesmo que muito pequena, fosse consideradaconsiderado negra. O estado do [[Tennessee]] adotou a "regra de uma gota" em 1910, seguido pela [[Louisiana]]. Depois [[Texas]] e [[Arkansas]] em 1911, [[Mississippi]] em 1917, [[Carolina do Norte]] em 1923, [[Virgínia]] em 1924, [[Alabama]] e [[Georgia]] em 1927, [[Oklahoma]] em 1931. Antes disso, os [[mestiço]]s eram tratados como um grupo legalmente diferente dos negros. Muitos mestiços que "pareciam brancos" foram legalmente absorvidos pela população branca. Na Virgínia, a lei definia que um "[[mulato]]" era uma pessoa que tinha pelo menos um quarto de sangue africano (equivalente a um avô).<ref>Joshua D. Rothman, ''Notorious in the Neighborhood: Sex and Families across the Color Line in Virginia, 1787–1861'', Chapel Hill, NC: University of North Carolina, 2003, p.68. Quote: "To be defined as 'mulatto' under Virginia law in 1822, a person had to have at least one-quarter African ancestry."</ref> Mas em 1924 esse conceito já havia sido derrubado, pois uma pessoa com qualquer ascendência africana era tida como negra. Dessa forma, americanos, mesmo que não tivessem traços africanos evidentes, passaram a ser considerados negros, como por exemplo a atriz [[Lena Horne]].<ref>http://www.usatoday.com/life/books/reviews/2009-08-03-lena-horne-bio_N.htm</ref> Para evitar ser vítimas de discriminação, algumas pessoas que não tinham traços negros evidentes, mas que tinham ascendência africana, passaram a esconder suas origens. É o fenômeno denominado como "''passing''" ("passando"), pelo qual alguns americanos conseguiram esconder suas origens e foram assimilados pela população branca. Por exemplo, o [[cartunista]] [[George Herriman]] era de uma família [[Crioulo da Luisiana|creole]] da [[Luisiana]] e seus pais foram classificados como "mulatos" no censo de 1880. Porém, como negros não eram aceitos em seu meio profissional, ele inventou que tinha ascendência [[Grécia|grega]] para justificar a sua aparência e conseguiu "passar" a vida inteira como "branco".<ref name=telegraph>{{citar jornal|primeiro = Sarah|último = Boxer|título=Herriman: Cartoonist who equalled Cervantes |url=http://www.telegraph.co.uk/culture/books/3666365/Herriman-Cartoonist-who-equalled-Cervantes.html |citação=In 1971, however, the Krazy world changed. While researching an article on Herriman for the Dictionary of American Biography, the sociologist Arthur Asa Berger got a copy of Herriman’s birth certificate. Although Herriman died Caucasian, in Los Angeles in 1944, the very same George Herriman, the son of two mulatto parents, was born "colored" in New Orleans in 1880. If Herriman knew he was black, he certainly did not flaunt it. That’s no surprise. In 1880 Herriman would have been considered a "free person of color". But by the turn of the century, when he was a fledgling cartoonist, the newspaper bullpens "were open to immigrants but not to blacks". |obra=[[The Daily Telegraph]] |data=7 de julho de 2007|acessodata=2009-02-03 |local=London}}</ref> Outros americanos de aparência branca, porém, assumiam com orgulho uma identidade negra. Por exemplo, [[Walter Francis White]], que era [[loiro]] de olhos azuis, mas tinha alguma ascendência africana, tornou-se um ativista pelos [[direitos civis]] dos afro-americanos e se considerava "negro".<ref>[http://books.google.com/books?ie=UTF-8&vid=ISBN0820316989&id=bbMKSGD_TpUC&pg=PA3&lpg=PA3&dq=Walter+White+NAACP&sig=LIfEA99_uvt-pOy5yXKb1Q2Ey-s Walter White, ''A Man Called White'']</ref>
 
O presidente dos Estados Unidos, [[Barack Obama]], é filho de pai africano e de mãe branca, mas se considera negro.<ref>[http://articles.cnn.com/2008-06-09/politics/btsc.obama.race_1_black-candidate-black-father-barack-obama?_s=PM:POLITICS Behind the Scenes: Is Barack Obama black or biracial?]</ref><ref>[http://www.msnbc.msn.com/id/36157764/ns/politics-white_house/t/its-official-obama-black/ It’s official: Obama is black]</ref> A cantora [[Mariah Carey]], que é filha de mãe branca de origem [[Irlanda|irlandesa]] e de pai [[Negros|afro]]-[[venezuela]]no declarou: "Neste país (Estados Unidos) eu sou negra".<ref>[http://realtalkny.uproxx.com/2009/12/topic/topic/vixens/in-this-country-im-black-mariah-carey/ In this Country I'm Black]</ref> Porém, as visões raciais dos americanos têm mudado nos últimos anos e se distanciando da concepção do "one drop rule". Em uma pesquisa de 2006, após ser dito que o pai de Obama era negro e a mãe branca, foi perguntado a afro-americanos, brancos e hispânicos sobre em qual raça eles julgavam que o então Senador Barack Obama se encaixava. 66% dos afro-americanos disseram que Obama é negro, enquanto que apenas 9% dos hispânicos e 8% dos brancos deram a mesma resposta. 61% dos hispânicos e 55% dos brancos disseram que Obama é "birracial". A mesma pergunta foi feita sobre o jogador de [[golfe]] [[Tiger Woods]], cuja mãe é [[Tailândia|tailandesa]] e o pai descendente de negros, índios e brancos. 42% dos afro-americanos disseram que Woods é negro, contra 9% dos hispânicos e 7% dos brancos. 40% dos afro-americanos, 39% dos hispânicos e 27% dos brancos disseram que ele é "birracial" e 55% dos brancos, 49% dos hispânicos e 18% dos afro-americanos disseram que ele é "multirracial".<ref name="aboutmyidentity.com">[http://www.aboutmyidentity.com/shell.php?page=learning_wis_race Barack Obama and the Politics of Race]</ref> O próprio Woods se identifica como ''"cablinasian"'' (uma combinação das palavras branco, negro, índio e asiático).<ref name="Cablinasian">{{citar jornal|agência=Associated Press|título=Woods stars on Oprah, says he's 'Cablinasian'|jornal=[[Lubbock Avalanche-Journal]]|data=23 de abril de 1997|url=http://www.lubbockonline.com/news/042397/woods.htm|arquivourl=http://web.archive.org/web/20071212010355/http://www.lubbockonline.com/news/042397/woods.htm|arquivodata=12 de dezembro de 2007|acessodata=18 de junho de 2009}}</ref>