Joseph Stiglitz: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Resgatando 5 fontes e marcando 0 como inativas. #IABot (v2.0beta10)
Linha 37:
Crítico severo e contundente dos [[Fundamentalismo de livre mercado|''"fundamentalistas de livre-mercado"'']], Stiglitz tem permanentemente questionado o que chama de ''"bases ideológicas"'' que regem a maior parte das decisões econômicas mundiais. Isto torna-se mais evidente na sua polêmica com o [[Fundo Monetário Internacional|Fundo Monetário Internacional - FMI]], a quem acusa de "empurrar" os países subdesenvolvidos a abrir seus mercados à competição externa antes que possuam instituições estáveis e democráticas para proteger seus cidadãos. A teoria que desenvolveu, e pela qual recebeu o prêmio Nobel, contesta frontalmente [[Adam Smith]]: ''" O conjunto de ideias que eu vou apresentar aqui solapou as teorias de [[Adam Smith|Smith]] e a visão de governo que nela se apoiava. Elas sugeriram que a razão pela qual a [[mão invisível]] é invisível é por que ela não existe ou, quando existe, está paralítica"'' <ref name=NOTTHERE>[http://www.guardian.co.uk/comment/story/0,3604,863426,00.html#article_continue STIGLITZ, Joseph E. ''There is no invisible hand''. London: The Guardian Comment, December 20, 2002.]</ref> <small> Joseph E. Stglits, introdução à sua ''Aula Magna'', por ocasião do recebimento do Prêmio Nobel (Estocolmo, 8/12/2001).</small>
 
:: ''"Para a maior parte do [[Mundo]] a [[globalização]], como tem sido conduzida, assemelha-se a um pacto com o [[demônio]]. Algumas pessoas nos países ficam mais ricas, as estatísticas do [[PIB]] - pelo valor que possam ter - aparentam melhoras, mas o modo de vida e os valores básicos da sociedade ficam ameaçados. Isto não é como deveria ser."'' <small>Joseph E. Stiglitz</small> <ref name=PACT>[{{Citar web |url=http://www.beppegrillo.it/eng/2007/01/stiglitz.html# |titulo=STIGLITZ, Joseph E. ''The pact with the devil.'' Beppe Grillo's Friends interview] |acessodata=17 de abril de 2007 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20150124040716/http://www.beppegrillo.it/eng/2007/01/stiglitz.html# |arquivodata=24 de janeiro de 2015 |urlmorta=yes }}</ref><ref name=CROTTY3>[{{Citar web |url=http://www.peri.umass.edu/Publication.236+M5d11f567258.0.html# |titulo=CROTTY, James. ''Slow Growth, Destructive Competition, and Low Road Labor Relations: A Keynes-Marx-Schumpeter Analysis of Neoliberal Globalization''. PERI- Political Economy Research Institute, PERI Publications, 11/1/2000] |acessodata=17/04/2007 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20071115040327/http://www.peri.umass.edu/Publication.236+M5d11f567258.0.html# |arquivodata=15/11/2007 |urlmorta=yes }}</ref>
 
O foco de Stiglitz em [[Desenvolvimentismo|desenvolvimento econômico]] e no uso de [[déficit]]s para arrancar economias de recessões encontra paralelo em [[Amartya Sen]] e [[Keynes]]. Sua defesa da criação de uma moeda global de reserva - para evitar os problemas atuais do uso do dólar americano como moeda de reserva - é realmente inovadora e certamente atrairá críticas de outros economistas mais ortodoxos.
Linha 80:
:: "Uma vez que o conceito de informações imperfeitas e incompletas foi introduzido, os defensores do livre mercado da [[Escola de Chicago (economia)|Escola de Chicago]] já não podem mais sustentar sua tese descritiva da [[eficiência de Pareto]] no mundo real. Portanto o uso, por Stiglitz, das hipóteses do equilíbrio das expectativas racionais, que levam a um mais perfeito entendimento do capitalismo do que a visão comum entre os teóricos da expectativa racional, nos conduz, paradoxalmente, à conclusão de que o [[capitalismo]] se desvia do modelo de uma tal maneira que justificaria a ação do estado --[[keynesianismo]]-- como remédio." <ref name=BOETTKE>[http://www.the-dissident.com/Boettke_CR.pdf BOETTKE, Peter J. ''What Went Wrong with Economics?'', Critical Review Vol. 11, No. 1, P. 35. p. 58]</ref>
 
:: O efeito da influência de Stiglitz é tornar a [[Economia]] mais presumivelmente intervencionista do que [[Paul Samuelson]] propunha. Samuelson considerava as falhas de mercado como "exceções" à regra geral dos mercados eficientes. Mas os teoremas de Greenwald-Stiglitz postulam ser as falhas de mercado a "norma", e estabelecem que "os governos quase sempre podem potencialmente melhorar a eficiência da alocação de recursos em relação ao livre mercado." E o teorema de Sappington-Stiglitz "estabelece que um governo 'ideal' poderia atingir um maior nível de eficiência administrando diretamente uma [[empresa estatal]] do que [[privatização|privatizando-a]]." <ref name=SAPPINGTON>[{{Citar web |url=http://elsa.berkeley.edu/~yqian/econ260b/Sappington%20Privatization.pdf# |titulo=SAPPINGTON, David E. M. e STIGLITZ, Joseph E. ''Privatization, Information and Incentives.'' Columbia University; National Bureau of Economic Research (NBER) June 1988; NBER Working Paper No. W2196] |acessodata=15 de maio de 2007 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20060518062152/http://elsa.berkeley.edu/~yqian/econ260b/Sappington%20Privatization.pdf# |arquivodata=18 de maio de 2006 |urlmorta=yes }}</ref> (Stiglitz 1994, 179).<ref name="BOETTKE"/>
 
As objeções e críticas à adoção das políticas econômicas sugeridas pelas descobertas de Stiglitz não provém da [[Economia]] propriamente dita, mas têm origem principalmente dentre os cientistas políticos, e fazem parte do campo da [[Sociologia]]. Assim, David L. Prychitko, ao fazer uma resenha do livro de Stigltz ''Whither Socialism ?'', declarou que embora a visão econômica de Stiglitz seja substancialmente correta, ela deixa em aberto dúvidas de importante natureza constitucional e indaga quais seriam os mecanismos capazes de conter o poder coercitivo de um Estado intervencionista e como deveriam ser as relações entre esse Estado e a sociedade civil.<ref name=CRITIQUE1>[{{Citar web |url=http://www.cato.org/pubs/journal/cj16n2-10.html# |titulo=PRYCHITKO, David L. Book Reviews, ''Whither Socialism?'', The Cato Journal, Cato Institute, vol. 16, no. 2. <small> '''David L. Prychitko''' é o professor titular do Departamento de Economia da Northern Michigan University, e o autor de mais de uma dúzia de livros socio-econômicos, principalmente sobre socialismo e Marxismo. <small>] |acessodata=14 de maio de 2007 |arquivourl=https://web.archive.org/web/19970607112959/http://www.cato.org/pubs/journal/cj16n2-10.html# |arquivodata=7 de junho de 1997 |urlmorta=yes }}</ref>
 
==Livros==
Linha 105:
* [http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0101-31572006000100008&script=sci_arttext&tlng=en ALDRIGHI, Dante Mendes. ''Uma avaliação das contribuições de Stiglitz à teoria dos mercados financeiros.'' Rev. Econ. Polit. vol.26 no.1 São Paulo Jan./Mar. 2006 ISSN 0101-3157]
* [http://www.redetec.org.br/publique/media/LivroEra%20do%20conhecimentocap1.pdf LASTRES, Helena Maria Martins e FERRAZ, João Carlos. ''Economia da Informação, do Conhecimento e do Aprendizado'', Capítulo I, in: ''Informação e globalização na era do conhecimento'', Helena M. M. Lastres, Sarita Albagli (organizadoras). — Rio de Janeiro: Campus, 1999.]
* [https://web.archive.org/web/20150124040716/http://www.beppegrillo.it/eng/2007/01/stiglitz.html STIGLITZ, Joseph E. ''The pact with the devil.'' Beppe Grillo's Friends interview]
 
; Em inglês