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==== Escravidão e divisões sociais ====
As principais escolas jurísticas do islamismo tradicionalmente aceitaram a instituição da [[escravidão]]; a sociedade árabe do tempo, tal como grande parte de outras suas contemporâneas, dependia fortemente do trabalho escravo. A escravidão é reconhecida no Alcorão. Os fiéis podem coabitar com qualquer uma de suas escravas (''"as que a tua mão direita possui")'' (sura 4ː3) <ref>{{citar web|url=https://quranx.com/4.3|titulo=An Nisa (The women) 4ː3|data=|acessodata=11 de Novembro de 2018|publicado=QuranX|ultimo=|primeiro=}}</ref> ; e podem apossar-se de mulheres casadas se estas forem escravas (sura 4.24). <ref>{{citar web|url=https://quranx.com/4.24|titulo=An Nisa (The women) -4ː24|data=|acessodata=11 de Novembro de 2018|publicado=QuranX|ultimo=|primeiro=}}</ref> Maomé e vários dos seus companheiros tinham escravos.<ref name=":0">{{citar livro|título=Race and Slavery in the Middle East (Cap.1ːSlavery)|ultimo=Lewis|primeiro=Bernard|editora=Oxford Universuty Press|ano=1994|local=|páginas=|acessodata=}}</ref>
As principais escolas jurísticas do islamismo tradicionalmente aceitaram a instituição da [[escravidão]]. O islã, no entanto, tradicionalmente determina cinco maneiras de libertar um escravo, e punições severas para aqueles que escravizam pessoas livres, restringindo as ocasiões para obter escravos às [[guerra]]s - o que seria visto como uma maneira de poupar as vidas de tribos inteiras do assassinato, destino comum aos derrotados durante as batalhas do período pré-islâmico.{{Carece de fontes|data=setembro de 2017}}
 
A partir do momento em que o Islão se iniciou, foi proibido a um muçulmano escravizar outro muçulmano. Assim, os escravos tiverem de ser doravante obtidos no exterior do império, o que deu origem a um dos maiores comércio de escravos do mundo antigo. Contudo grande parte de historiadores, entre eles [[Bernard Lewis]], concorda que os escravos no Islão eram melhor tratados do que nas outras civilizações do tempo. O Alcorão recomenda, embora não ordene, a libertação de escravos, para expiação de pecados ou como um acto de simples bondade.<ref name=":0" /> <ref>{{citar web|url=https://quranx.com/4.92|titulo=An Nisa (The women) 4ː92|data=|acessodata=11 de Novembro de 2018|publicado=QuranX|ultimo=|primeiro=}}</ref> <ref>{{citar web|url=https://quranx.com/90.12|titulo=Al Balad (The city)- 90.12 e .13|data=|acessodata=11 de Novembro de 2018|publicado=QuranX|ultimo=|primeiro=}}</ref>
 
Para Bernard Lewis, é um triste paradoxo da história humana terem sido as reformas humanitárias trazidas pelo Islã que resultaram em um vasto desenvolvimento do tráfico de escravos dentro e ainda mais fora do império islâmico. <ref name=":0" />
 
A xaria atribui direitos legais diferentes para grupos diferentes. Há uma divisão clara, por exemplo, entre homens e mulheres, assim como entre os muçulmanos e os [[povos do livro]], como os [[Judaísmo|judeus]] e os [[Cristianismo|cristãos]], e os outros não-muçulmanos.<ref>{{citar livro|título=Reliance of the Traveller (Trad.inglesa de Nuh Ha Mim Keller) -Capitulo O1.2 Os seguintes (crimes) não estão sujeitos a retaliação:(...) 2- um muçulmano por matar um não muçulmano; -3- um judeu ou cristão do estado islâmico por matar um apóstata do Islã (porque um súbdito do Estado está sob sua proteção, enquanto matar um apóstata do Islã não tem consequências); -4- um pai ou mãe (ou seus pais e mães) por matar sua prole, ou descendência da sua prole;(...)|ultimo=Al-Misri|primeiro=Ahmad Ibn Naqib|editora=Amana Publications|ano=1997|local=|páginas=|acessodata=28 de Setembro de 2017}}</ref> Sob a Xaria, o testemunho de uma mulher vale metade da de um homem; um homem pode divorciar-se de sua esposa por repúdio, enquanto uma mulher deve apresentar justificações, algumas das quais são difíceis de obter. A custódia da criança reverte para o pai em uma idade predefinida; as mulheres que se casam novamente perdem a custódia de seus filhos, mesmo antes disso; e os filhos herdam o dobro da parcela das filhas.<ref>{{citar web|url=https://www.theguardian.com/law/2010/jul/05/sharia-law-religious-courts|titulo=What isn't wrong with Sharia law? (O que não está errado na Xaria? -em inglês)|data=5 de Julho de 2010|publicado=The Guardian|ultimo=Namazie|primeiro=Maryam}}</ref>