Binot Paulmier de Gonneville: diferenças entre revisões
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Inserção da menção ao município de São Francisco do Sul, como local em que Paulmier de Gonneville interagiu com os indígenas carijós. |
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== História ==
Binot Paulmier de Goneville, nobre da [[Normandia]] (região norte da França), partiu do porto de [[Honfleur]] em [[24 de junho]] de [[1503]], no comando do navio l'Espoir (o Esperança), com destino às [[Índias Orientais]]. Após escala nas [[Cabo Verde]] e em vários trechos do litoral africano, chegou ao [[Cabo da Boa Esperança]], onde uma tempestade desviou seu navio da rota original e o fez vagar durante semanas pelo [[Atlântico]]. Em [[6 de janeiro]] de [[1504]], o capitão Gonneville ancorou nas proximidades do estuário de um pequeno rio, que ele compara ao Orne, no litoral sul do [[Brasil]]. Neste local, que muitos identificam como sendo a Praia da Tainha e Canto Grande, mas mais frequentemente identificado como sendo o município de São Francisco do Sul<ref>{{Citar web|url=http://portal.iphan.gov.br/pagina/detalhes/1546/|titulo=Página - IPHAN - Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional|acessodata=2018-11-12|obra=portal.iphan.gov.br|lingua=pt-br}}</ref><ref>{{Citar periódico|ultimo=Verliden|primeiro=Charles|data=1959-09-30|titulo=Paulmier de Gonneville e os Índios do Brasil em 1504|url=http://www.revistas.usp.br/revhistoria/article/view/119712|jornal=Revista de História|lingua=pt|volume=19|numero=39|paginas=3–17|doi=10.11606/issn.2316-9141.rh.1959.119712|issn=2316-9141}}</ref><ref>{{Citar web|url=http://www.saofranciscodosul.sc.gov.br/l/historia|titulo=História {{!}} Prefeitura de São Francisco do Sul|acessodata=2018-11-12|obra=www.saofranciscodosul.sc.gov.br|lingua=pt-br}}</ref>, ilha localizada ao norte de [[Santa Catarina]], permaneceu durante seis meses, estabelecendo amizade com os indígenas locais, liderados por um ancião chamado Arô Içá, a que os franceses, pelas características de sua língua natal, chamavam Arosca. Ao partir, Gonneville levou consigo o filho do [[cacique]] Arosca, Içá Mirim, então com 14 anos de idade, para "ensinar-lhe a arte da artilharia e mostrar-lhe a vida entre os cristãos", conforme assinala o escritor Carlos da Costa Pereira, em Um Capítulo da Expansão Bandeirante. Prometeu a Arosca que o traria de volta em 20 meses, mas o naufrágio do Espoir já no litoral da França o impediu de cumprir a palavra empenhada.
Içá-Mirim, acompanhado por um guerreiro da tribo Carijó, chamado Namoa, embarcou para a França e recebeu o batismo a bordo do Espoir, adotando o nome de Binot. Namoa faleceu na viagem, provavelmente de [[escorbuto]]. Içá-Mirim foi educado na França, e casou-se com Suzanne, uma das filhas do Capitão Binot Paulmier, com a condição de que os descendentes do casal usassem o nome e o brasão de armas da tradicional família francesa. Içá Mirim, ou Binot entre os franceses, nunca mais retornou ao Brasil, mas tornou-se um homem de grande importância e cultura, tendo recebido o título de [[Barão]]. Faleceu aos noventa e seis anos de idade. Tornou-se célebre o abade Jean de Gonneville, bispo de Saint Pierre de Lissieux, em Calvados, que era neto de Essomeric e que tentou localizar a Declaração de Viagem de seu trisavô Binot Paulmier, empreendimento no qual não teve sucesso. O documento da viagem foi encontrado no [[século XIX]], por [[Paul Gaffarel]], no Almirantado da Normandia. Foi graças a ele que se pôde reconstruir boa parte da história da heróica e ousada viagem do Conde Binot Paulmier de Gonneville, certamente o maior dos navegadores franceses do [[século XVI]].
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